- Anna... Como foi hoje?
Tomei um susto com tia Johanna sentada em minha cama quando abri a porta.
- Agradável. — Dei de ombros. —
- Tem certeza? — Henry nem sequer fez questão de dizer se vocês estão, ou estavam, não sei, juntos. — Olhei para a tia Johanna, que me olhava cinicamente. —
- Tia, não quero falar sobre isso agora. — Tirei o salto dos meus pés, agradecendo mentalmente. —
- Ele só vai te usar, quando for fazer o próximo filme vai esquecer de você. — Ela se levantou vindo em minha direção. — Esqueça Henry Cavill. Se apaixonar por um colega de trabalho é uma faca de dois gumes.
Revirei os olhos.
- Tia Johanna, eu não tenho sombra de dúvidas que você se importa comigo, mas por favor, eu não quero falar sobre isso agora. — Sentei na cama. —
- Não diga que eu não avisei. — Ela deu as costas e saiu do quarto. —
- Eu hein... — Deitei na cama. — SERÁ POSSÍVEL QUE EU NÃO TENHO UM MINUTO DE PAZ?
Meu telefone estava tocando.
- O que foi? — Era Henry. —
- Anna, eu não quero dormir sabendo que briguei com você.
- Problema seu. — Desliguei o telefone, em questão de segundos ele voltou a tocar novamente. — Porra, eu não quero falar com você hoje.
Desliguei meu celular de uma vez.
- Ótimo, nem ele nem ninguém vai me incomodar.
Coloquei o celular embaixo do travesseiro, fui ao banheiro tomar banho e retirar a maquiagem. Na volta encarei a enorme janela no meu quarto, a lua estava belíssima. Eu lembrei de casa, dos meus pais e de como tudo era tão tranquilo e fácil em Miami.
- Minha vida virou de cabeça pra baixo em alguns meses. Não sei se consigo entender esse mundo de famosos. — Falei para mim mesma. — Henry, protagonista em uma saga enorme, fama.... Será que a Anna de treze anos imaginaria que isso ia acontecer? — Sorri. — Claro que não.
Deitei na cama e em segundos dormi. Acordei com o despertador e tia Johanna batendo na porta. Ela estava com suas malas prontas.
- Aonde você vai? — Cocei o olho. —
- Vou embora. Para Miami.
- E eu?
- Você vai ficar aqui. Já está na reta final do filme, você não precisa mais de mim. Quando acabar, compro sua passagem e você volta para casa. — Ela se virou e foi andando pelo corredor. —
- Tia...
- Fala. — Ela se virou para mim. —
- Obrigada por tudo. — A abracei. —
- Não me agradeça, você fez isso com seu próprio esforço. — Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. — Agora eu preciso ir.
- Espera! — Corri em direção ao meu quarto, abri minha mala e peguei um envelope. Voltei até tia Johanna e a entreguei. —
- O que é isso? — Ela abriu o envelope e contou as cédulas. — Tem mais de mil aqui.
- Entrega para os meus pais, por favor. — Ela me olhou com cautela. —
- Pode deixar. — Ela enfiou o envelope dentro da bolsa. — Te vejo quando acabar o filme.
Ela acenou e pegou o elevador. Ótimo, sozinha em Londres, o que eu faço agora? Eu poderia ligar pra Henry e dizer que estava indo visitá-lo, mas o meu orgulho sempre fala mais alto. Estou com saudade das mensagens de bom dia dele e também das vídeo chamadas com Kal. Ai, que saco, eu me apeguei a esse troço.
- Talvez umas comprinhas me façam relaxar um pouco.
Fui até o banheiro, tomei banho e escovei os dentes, fiz minha Skincare que agora era obrigatório ter uma pele sem defeitos e vesti uma roupa confortável. Aguardei o Uber por alguns minutos, cheguei ao enorme shopping Westfield Stratford, me perguntando o que eu iria comprar, se é que eu iria conseguir entrar em todas as lojas. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi fome. Olhei para uma placa que mostrava o andar da praça de alimentação. Peguei o elevador e fui até a mesma, me arrependi amargamente. Estava CHEIA. São dez da manhã, quem tem fome de hambúrguer uma hora dessas? Desisti completamente e desci para o andar anterior. Dei de cara com uma loja da Chanel. Eu sempre quis ter uma bolsa Chanel. Meus instintos falaram mais alto e entrei na loja.
- AI QUE INFERNO. — Assim que entrei, dei de cara com Henry, que quando me ouviu falar alto, se virou para olhar. Ele sorriu. —
- Anna!
Ele abriu os braços e veio me abraçar. Todas as vendedoras estavam nos olhando. Eu não podia deixar ele no vácuo, por mais que eu estivesse com raiva dele naquele momento.
- Oi Henry. — O abracei. — O que você está fazendo aqui? Você está me seguindo, né? Que ódio, você implantou algum chip no meu corpo?
- Seja discreta. — Ele apontou com os olhos para as vendedoras, que continuavam nos encarando. — Há pessoas aqui.
Revirei os olhos.
- Você. — Apontei para uma das meninas. — Vem me ajudar aqui.
- O que você está fazendo aqui? — Henry me seguia pela loja. —
- Talvez comprar minha primeira Chanel. — Parei de andar e o encarei. — E você? O que faz aqui? — Perguntei, aumentando ainda mais meus pensamentos de que Henry Cavill estava me seguindo. —
- Hoje é aniversário da minha mãe, quero dar algo especial a ela. — Ele sorriu. Meu coração se derreteu completamente quando ele disse isso. —
- Você é um ótimo filho. — Sorri para o mesmo, por alguns segundos parecia que toda a minha raiva havia passado. Depois de alguns instantes recuperei minha postura e voltei a fechar a cara pra Henry. Pigarreei. — Não faz mais que sua obrigação, afinal, ela que te trouxe para o mundo.
- Claro. Te vejo por aí. — Ele deu de ombros e foi até o caixa da loja. Ele pegou uma enorme caixa e falou algo inaudível para a moça. Ela assentiu positivamente com a cabeça. —
- Senhorita Anna? — A, atendente interrompeu todos os meus pensamentos enquanto via Henry sair da loja. —
- Sim? — Me virei para a mesma, que me mostrava uma Chanel preta do modelo clássico. A segurei em minhas mãos e decidi que ela foi feita para mim, sem dúvida alguma. Provei a mesma e me olhei no espelho. —
- Ela combina muito com você, ficou linda.
- Agradeço. Eu vou levá-la. — Entrei a bolsa para atendente e fomos até o caixa. Antes disso, a chamei em um canto — Me desculpe se fui grossa com você, não era minha intenção.
- Não se preocupe, nem todos nós está em um bom dia. — Ela deu um sorriso. —
A bolsa foi embrulhada e colocada em uma linda caixa preta com laço.
- Obrigada, mas não precisa. — Falei enquanto entregava meu cartão. —
- O senhor Cavill disse que é por conta dele, é um presente. — Ela sorriu para mim. —
- Eu não acredito que ele fez isso. — Bufei. — Obrigada. — Peguei a caixa e saí da loja. Peguei meu celular e comecei a digitar pra Henry. —
Anna: EU ODEIO VOCÊ! Sério!
Henry: Espero que tenha gostado do presente. ;)
Anna: ...
Henry: Hoje à noite quero ver você, vamos jantar em algum lugar. Depois te mando o endereço.
Anna: Que garantia você tem que eu vou?
Henry: Quero te ver com essa bolsa. Até mais tarde.
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London Boy | Henry Cavill
FanfictionEm meio a uma trajetória de perdas e desafios no mundo da atuação, Anna encontra uma chance que redefine sua jornada. Ao cruzar caminhos com Henry, um astro admirado, ela descobre um novo universo que promete virar sua vida de cabeça para baixo. Det...