Pra você guardei o amor - Sam e Cait (Outlander)

Epílogo

- Porque você faz isso comigo, amor? - disse enquanto a beijava a boca de Cait e, puxando-a para mais perto, descobri que estava apenas de camiseta e calcinha.

Eu estava pronto para ir a um evento. E quando digo pronto, era pronto mesmo, de terno e com o cabelo arrumado, mas como simplesmente sair pela porta depois de ver Caitriona daquele jeito?

Ela riu muito da minha reação.

Desde aquela noite em que conversamos com Angela e decidimos recomeçar, as coisas parecem que foram de encaixando. E eram assim algumas de nossas viagens quando não podíamos aparecer juntos em público. Cait me acompanhava e muitas vezes ficava no hotel enquanto eu ia nos eventos e a mesma coisa acontecia comigo quando era ela que tinha algum compromisso profissional.

- Estou apenas à vontade para curtir minha noite nesse hotel já que não posso te acompanhar no evento. - riu mais um pouco ao me abraçar e perceber que eu já estava pronto e que seria muito difícil eu sair assim.

- Ainda tenho tempo... isso se eu não demorar para me vestir novamente. - Disse com malícia. Cait sabia muito bem como me deixar louco e fazia isso com uma certa frequência. 

- Sam.... - Caitriona puxou a própria camiseta deixando seus seios à mostra. - Tem certeza? Você não vai se atrasar? - Mordia os lábios e caminhava de costas devagar em direção à cama.

- Não vou me atrasar senhorita Balfe. Porque você me fez me arrumar bem mais cedo e agora a senhorita está fazendo eu me desarrumar novamente. - Meus olhos já ardiam de desejo. 

- Eu???? - Ela perguntou cinicamente colocando o dedo indicador em volta da calcinha.

- Você, sim!!! - Desapertei a gravata do meu pescoço e tirei minha roupa com cuidado para que não amassasse, sob o olhar de Cait, que ria muito com a cena. - Não ouse tirar essa calcinha agora.

Quanto mais eu pedia, mais ela brincava.

- Ah é!? Por quê? - perguntou em tom provocativo.

- Porque quem vai tirá-la sou eu.

Cait soltou uma risada e se ajeitou nos travesseiros enquanto eu, de pé à sua frente, a observava. Ela continuava linda, como desde a primeira vez que eu a vi e entre a gente continuava existindo aquele fogo e aquela paixão de sempre. Nada do que passamos havia mudado isso, mas nós sim. Nós éramos outros.

Nossa história, nosso término, nossa volta. As nossas escolhas e claro, as consequências de cada uma delas tinha mudado quem nós éramos, a nossa visão da carreira, do amor e da vida. Estávamos mais tranquilos e maduros e escolhemos simplesmente viver nossa história, desde então, mas as coisas eram bem difíceis lá fora.

Tivemos que aprender a lidar com diferentes situações que fugiam do nosso controle, mas talvez não estarmos juntos nos momentos mais importantes, como naquela noite, era o que mais mexia com nós dois. Nossa vida, não a da rede social ou a da mídia, nossa vida de verdade era linda, intensa e cheia de amor. E claro, planos! Tínhamos muitos planos.

Ter Cait na minha vida novamente e com as coisas mais esclarecidas, me dava uma força e uma certeza de que estávamos no caminho certo. 

- Ahh Balfe, como está cheirosa, babe. Amo esse seu perfume! - Disse, inalando o cheiro acentuado em sua pele.

- Eu sei, por isso eu passei! - Piscou pra mim.

- Ah sua danada... - beijei seu pescoço descendo pelo seu corpo até chegar na calcinha. Suspendi a alça com a língua e agarrei bem com os dentes a puxando para baixo. Depois voltei para sua boca enquanto empurrava a calcinha para fora do seu corpo com as duas mãos.

- Ahhh, Sam! - Foi a única coisa que ela conseguiu dizer antes de fazermos amor.

E apesar do horário apertado, fizemos um amor calmo, sem pressa. Fazíamos de tudo para viajarmos juntos, mas nem sempre nossa agenda batia e algumas ausências mais longas eram inevitáveis. Então nosso lema era sempre o de aproveitar todos os momentos juntos, de todas as maneiras. Eu fazia carinho com a ponta dos dedos em toda a extensão do seu corpo, enquanto via sua pele arrepiar sutilmente. Sorri com a cena. 

- Cait!? - Disse colocando fim naquele nosso momento de silêncio, relaxamento e entrega. - Mal posso esperar para te ter como esposa. 

Tínhamos decidido casar apenas com a presença de nossas famílias e os amigos mais íntimos em um final de semana durante as gravações. Queríamos muito celebrar nosso amor e selar nossos desejos. Queríamos a benção e as boas vibrações das pessoas que nos amavam e que nós amávamos. Eu sabia o quanto isso era importante pra ela e sendo assim, era muito importante para mim também. 

Cait sorriu e olhou pra mim antes de dizer. 

- Eu também, marido! Começar essa nova fase da nossa história. É engraçada a certeza que tenho de que tudo dará certo! Assim como tenho a certeza do que carrego aqui dentro por você! - Dizia ele com calma e paz. Aliás, paz era uma coisa muito presente em nosso relacionamento. 

Entretanto, algumas coisas não haviam mudado. Sempre que aparecíamos juntos em eventos oficiais e entrevistas, novas especulações sobre estarmos ou não juntos surgiam. Também estávamos aprendendo a lidar com isso com o tempo e não nos deixar abalar como antes.

Muito mais que amar Caitriona, eu era nitidamente apaixonado por ela, e mesmo tomando os cuidados necessários, eu simplesmente gostava de cuidar dela. Isso era facilmente perceptível. Cait também tentava, mas era sempre tão doce e gentil comigo, tinha um olhar quente pra mim, víamos nas fotos e vídeos depois, era instintivo, mas também aprendemos a seguir adiante. A certeza de que eu a amava e era amado na mesma intensidade e de que agora as coisas estavam em pratos limpos, sem joguinhos, fazia as coisas ficarem, não mais fáceis, mas mais leves com certeza.

Quando voltei do evento, Cait dormia com um livro no colo. Parei na entrada do quarto do hotel e fiquei fitando-a. Havia paz e serenidade em sua feição, e claro, a beleza incomparável dela.

Naquela noite, eu tinha observado tantos casais no tapete vermelho e confesso, senti uma pontada de inveja, não deles, mas talvez da liberdade que eles tinham. Senti uma tremenda saudade de Cait, mesmo tendo acabado de estar com ela, então voltei o quanto antes para o hotel.

E ao vê-la dormindo assim, vi que era uma grande bobagem tudo aquilo. A mulher da minha vida estava bem ali na minha frente, eu podia simplesmente me deitar ao lado dela e estar com ela. Quantas pessoas realmente tinham o privilégio de ter uma história como a nossa?

- Sam!? - Ela abriu os olhos quando sentiu meu corpo se aproximar do dela.

- Oi babe, estou aqui! - Disse tirando o livro do seu colo e a ajeitando no meu abraço.

- Como foi o evento? - Cait perguntou ainda com os olhos meio fechados.

- Foi bom, foi muito bom! Mas não consegui ficar mais, a saudade apertou e eu quis voltar pra ficar com você.

Enquanto minha mão deslizava pelo seu corpo e eu me aproximava mais para encaixá-la melhor no meu peito, ela abriu os olhos e sorriu com minha declaração.

- Eu também já estava com saudades, mas não precisava se preocupar meu amor, eu não vou a lugar algum.

Logo nosso momento chegaria. Eu sabia que logo, logo essas privações iriam acabar e poderíamos tornar tudo mais lindo do que já era, porque seria possível demonstrar todo aquele amor para o mundo. Mas naquele momento, não importava muito o que pensavam que éramos lá fora, eu e Caitriona sabíamos que era real, puro e verdadeiro.

Beijei sua boca e olhei bem em seus olhos. Nada precisava ser dito. Não mais! Eu sabia que Cait não iria mais a lugar algum e eu também não arredaria o pé de junto do amor da minha vida.

Enfrentaríamos tudo e qualquer coisa, porque tínhamos os braços um do outro para voltar. Ter para onde voltar é uma das coisas mais fortes, maravilhosas e recompensadoras dessa vida.

E voltar para os braços de Caitriona, era sempre como voltar pra casa!