Por Trás do Véu

Quando ele a faz prisioneira

— Meu amor que brincadeira é esta? Perguntei rindo do que ele tinha acabado de dizer .
— Acontece que não tem brincadeira nenhuma Nicole ,acreditou mesmo   que eu pudesse esquecer o que fez. Ele falou com cinismo.
 Droga esse não é o homem apaixonado que se declarou para mim no Brasil ,há raiva e desprezo em seu olhar, mas qual é a lógica de tudo isto ,porque me enganou com tantas mentiras para me trazer para cá  ,se ele mesmo tinha me manda do ir embora , tudo está tão confuso para mim simplesmente não sei o que pensar. Fiquei pálida sem ação assustada sem palavras mesmo.
— Qual é Nicole o gato comeu a sua língua ,não vai dizer nada. Ele falou ainda mais irônico.
— Cadê todos desse Palácio? Foi tudo que consegui perguntar naquele momento conhecendo muito bem a resposta.
— Estamos vamos continuar sozinhos para todos os efeitos estamos  retomando o nosso casamento. Ele falou.
— Mas isto não faz o menor sentido ,porque você me atraiu para cá se pensa tão mal de mim ,se me acha a pior das mulheres ,quando meu único erro foi ama-lo tanto. Falei aflita e ao mesmo tempo chocada com tudo aquilo me sentindo uma tola ,no fundo a minha irmã é que estava certa e a tola aqui fantasiando um final feliz. Pensei tentando me manter calma.
— Faz todo sentido ,querida ficará presa aqui pelos próximos meses até que meu filho nasça.

 Ele falou com frieza como que fala sobre um negócio e isto me machucava  demais porque eu vim por ama-lo ,não fazia a menor ideia de que estivesse grávida, mas agora fazendo uma conta rápida e me dando conta de que nem se quer me lembro quando vieram as minhas regras ,ainda tinha os enjoos e tonturas ,o médico real ele deve ter dito a ele sobre o meu estado, como pude ser tão descuidada. Pensei dizendo.
— Acontece  que sou uma cidadã brasileira e você não pode me manter aqui contra a minha vontade ,isto seria um crime. Falei tensa com a voz trêmula.
— Querida aqui no Marilem a minha palavra é uma ordem e você como minha esposa tem que me obedecer. Ele falou com frieza.
— Obedecer, você só pode ter enlouquecido se pensa que vou deixa-lo me separar do meu filho ,isto não vai acontecer porque vou embora daqui agora mesmo. Falei nervosa indo apressada até a porta ,mas antes que eu a alcança-se os seguranças apareceram e a trancaram.
— Não pode ser isto ,só pode ser um pesadelo, você é um louco bárbaro insano se pensa que vou deixa-lo fazer o que o meu tio fez com a minha mãe. Falei tomada pela dor.
— Mas o seu tio falhou quando se deixou enganar pela sua mãe que só lhe entregou um dos bebês ,porque o acerto seria ele ter criado vocês duas e não deixar que fosse contaminada pela vida do Ocidente. Ele falou com dureza e frieza parecia não ter sentimentos falando aquelas coisas sobre minha mãe furiosa e descontrolada falei.
— É um cretino  se pensa assim ,como pode ser bom para uma criança ser criada longe da mãe ,tirar um filho dos braços de uma mãe a força como quer fazer comigo é uma enorme crueldade reflita e me deixei ir embora. Falei rezando para ele me ouvir.
— Isto nunca vai acontecer será minha pelo tempo que eu quiser. Ele falou a puxando para si e a beijando.
Como queria manter meus lábios selados para não corresponder aquele beijo, não era justo ama-lo tanto é ver que tudo havia sido um plano para machuca-la ,porque não tinha outro nome para aquilo que ele queria fazer afasta-la de seu filho. Pensou se o empurrando com força e dizendo.
— Não quero que me toque nunca mais, vou embora agora mesmo não sou sua prisioneira não pode me manter aqui presa. Falei indo correndo em direção a porta e fiquei batendo nela e gritando por ajuda . 

Mas ele se aproximou e me segurou em seus braços com força .
— Não pode ser isto não está acontecendo. Falei aflita sendo levada para o andar de cima por ele.
— Jamal por favor não faz isto comigo. Ia implorando sendo levada por ele que só parou na porta do quarto e entrou colocando-a no chão.
Olhei em volta e me vi no mesmo quarto que ocupei  no início do casamento, aquele que tinha ligação com o quarto dele, então ele pensa que podemos manter intimidades físicas ,se ele está me fazendo sua prisioneira, esse homem é louco daquele casamento onde me passava por Najila. Pensei arrasada.
— A sua prisão será de luxo ,terá uma vida de rainha aqui comigo enquanto estiver carregando o meu bebê. Ele falou.
— Você quer dizer o nosso bebê. Falei brava.
— Você conhece as leis do meu país que são totalmente a favor dos homens e como minha esposa está sobre minha mercê. Ele falou em tom machista.
— Me assusta quando fala isto, não conhecia como você realmente, era agora percebo que a Najila tinha toda razão é um verdadeiro monstro. Gritei furiosa transtornada.
— Para de gritar, ninguém vai ouvi-la  e se ouvirem ninguém vai se arriscar a me desobedecer para ajudá-la, sou o Emir minha palavra aqui é lei. Ele falou deixando o quarto pela porta de comunicação.
Fiquei desesperada ouvindo o barulho da chave girando na porta.
E fora de mim comecei a chorar desesperada.
No outro lado da parede Jamal ouvia ela chorando parecia tão aflita e desesperada como queria abrir aquela porta e torná-la em seus braços e abraça-la dizer o quanto a amava, mas que droga era o Emir o Sheik não um fraco guiado pelos sentimentos, seus mentores o ensinaram a colocar sempre a lógica na frente da razão, a ser 100% cabeça em suas decisões e nada de ouvir o coração ,era um líder não um escravo de seus desejos ,aquela mulher o traiu e o enganou não podia ter clemência com ela,  seria seu carrasco ,o homem que a manteria do seu lado pelo tempo que fosse necessário sem deixar seus sentimentos falarem em suas ações ,ela precisa entender quem ele era...... . .

Queridos leitores capítulo novo saindo espero que gostem comentem e deixem votos beijossssssssssssssss