Por Trás do Véu

O dia do casamento

Ando tão aflita com o coração em constante agitação ,não sei o que fazer , simplesmente não paro de pensar neste casamento, no egoísmo de minha irmã em fugir e não   se preocupar com ninguém, ja eu penso em todos ,no meu tio, em minhas primas e sei que uma recusa minha pode significar problemas para todos e não quero isto .Pensei ouvindo a minha tia falando sobre os preparativos para o casamento 

Tudo na cultura árabe é tão diferente do modo como as coisas acontecem no Brasil ,para começar as festividades e essa coisa do exibir a todos a prova da virgindade da noiva é algo tão medieval  arcaico mesmo , mas sobre outros aspectos a sociedade árabe é bem antiquada e medieval, a mulher é sempre tão relegada a sua condição de servir sem ter liberdade para nada nem se que pode estudar, tudo muito difícil ,nunca pensei sobre a condição de vida dessas pessoas sempre tive uma vida livre e tranquila ao lado da minha mãe cuidando da loja de tecidos sem me preocupar com nada , mas desde que cheguei aqui tenho pensando sobre tudo o que estou vivendo uma realidade tão diferente da minha .

E ela como sera que esta na Grecia .Pensei tensa .

Grecia 

— Não gosto do jeito que você olha para ele Nicole ,porque você é minha mulher.Ele falou todo ciumento 

— Não gosto quando agi assim me assusta .Falei olhando para ele .

— Queridinha sou assim, acostume-se não teça ilusões sobre o meu precioso irmão, nunca que ele vai se quer olhar para uma mulher estrangeira como voce . Ele falou com ironia.

Estamos juntos ,não tem porque falar assim comigo. Ela falou furiosa ,não fugiu do seu país para voltar a não ter liberdade e o namorado era bem controlador. Pensou tensa.

É hoje o dia do tal temido casamento estou toda arrumada para a cerimônia depois de passar por todos os rituais de preparação os desenhos de rena nas mãos , estava aflita e claro que se eu fosse pensar racionalmente sairia correndo daquele lugar e fugiria para bem longe, mas pensar nas consequências do que poderia acontecer me fez aceitar o meu destino e tomar o lugar dela.
Não quero ver pessoas sofrendo por minha causa, a pouco mesmo tive que fazer uma das coisas que mais abomino na vida que é mentir para a minha mãe, tadinha ela acredita que meu tio ja sabe da minha existência e que estou convivendo com a família dele e o pior que logo voltarei para  o Brasil ,se ela soubesse da loucura que pretendo fazer, não ficaria em paz e tranquila ,quis poupa-la daquela preocupação, afinal Úrsula sempre  fez tudo por mim, eu a amo é  a mulher que me deu a vida. Pensei ouvindo o meu tio me chamando para me levar até o local da cerimônia, onde o Sheik estará me esperando ,pensando que sou a Najila, se ele soubesse que eu sou a Nicole. Pensei sorrindo para o meu tio em uma tentativa de esconder a minha aflição e desespero diante de tudo aquilo.
Preciso ser determinada e forte ,seja o que tiver que ser. Pensei caminhando em direção ao salão onde aconteceria o casamento que era no palácio ,todos de minha família ficaram em uma ala no Palácio.
Meu tio e a tia não cabem em si diante desse casamento que me faria ser parte da família real do país. Pensei vendo ele me esperando.
Quando me aproximei ele me olhou com um brilho no olhar e o velho ancião começou  a fazer o sermão.
Fui ficando emocionada diante de palavras que falavam de amor e família.
Quando dei por mim estava sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto e me vi casada com ele segundo proclamou o ancião.
— Finalmente casados. Ele falou segurando a mão dele enquanto caminhávamos para a sacada do Palácio onde ele iria fazer um pronunciamento ao povo que ele governava em sua condição de sheik.
Fiquei do lado dele tensa durante todo aquele pronunciamento ,pensando se realmente fiz a coisa certa em levar esse casamento adiante ,mesmo sem ser a minha irmã gêmea.
Sempre penso em como teria sido as nossas vidas sebtivessemos crescido juntas ao invés de separadas como fomos pelo  nosso tio e por essa Leia árabe que priva uma mãe de seu filho.
Uma lei arbitrária e cruel ,nunca uma mãe deve ser obrigada a entregar um filho, como sua mãe foi pobre Úrsula sofreu muito.
Pensei desejando que neste momento ela estivesse aqui comigo.
No Brasil.
Úrsula viu no site do cunhado as fotos do casamento com o sheik ao ver aquela imagem soube que embora o nome descrito fosse o de Najila  naquela foto era Nicole sua filha querida, aflita pegou seu celular e ligou para ela e nada ficou preocupada e muito aflita ,se não conseguisse contato no dia seguinte iria até aquele país para buscar a filha não  podia  deixar que aquele homem dispusesse da filha da sua maneira como bem conviesse . Pensou preocupada com a imagem que via da filha com aquele tradicional vestido de noiva árabe.
No Palácio as festividades continuavam com músicas típicas e danças.
Muita comida e animação.
Mas quando chegou a hora de deixar aquela festa e segui-lo por aquele corredor  ficou  aflita e ansiosa também muito assustada.

— Sabe que por mim podíamos pular essa tradição do lavar os pés. Ele falou derrubando a água sobre os pés dela que secou com a toalha branca.
— Esta com medo de mim vejo nem seus olhos isto. Ele falou a olhando com os olho a cheios de desejo.
— Desculpe estou muito nervosa. Falei olhando para ele me sentindo protegida pelo véu.

— Não  fique ,sabe que farei de tudo para a nossa primeira vez ser perfeita. Ele falou tirando o véu que cobria o rosto dela e em seguida o vestido que foi ao chão.
Ele começou a acaricia-la com delicadeza mesmo se esforçando muito não perder o controle e ser carinhoso com ela.
Olhei para ele que me beijou neste instante, até esqueci que todos estavam naqueles salões esperando pela evidente prova da minha pureza.
Para os arabes mulçumanos era uma tradição  e motivo de orgulho exibir o lençol  com a marca do sangue. Pensei sentindo a paixão me tomando e correspondendo-o.
Sentindo todo prazer que um ato como aquele poderia causar.
Eu finalmente me tornei mulher nos braços dele e me sentia tão plena..........................

Queridos leitores capítulo novo saindo espero que gostem comentem e deixem votos beijosssssdd