Depois disso as coisas mudaram, Billie e eu sempre que estávamos desocupadas trocávamos durante o dia mensagens e a noite, pelo menos por aqui, religiosamente fazíamos chamadas via Skype. Falávamos bobagens, ouvíamos música, víamos vídeos e até filmes.
Por conta desse contato, a ensinei palavras e frases em português para a mesma dizer no show, que inclusive era hoje.
Dia vinte e dois de outubro havia chegado. Foi muito, muito difícil conseguir ingresso, juntei dinheiro por quase dois meses. Tentei comprar junto com Billie em mais uma de nossas chamadas de vídeo, porém, dois dos três sites já estavam com tudo esgotado, fiquei chateada, óbvio.
Meus pais ouviram tudo e resolveram comprar o ingresso VIP, que por ser mais caro estava com a demanda mais baixa que os demais.
E nunca me vi tão feliz.
Nesta manhã de sábado, dia do show, tive uma crise de ansiedade e acabei passando mal por isso. E ainda bem que meus pais não consideraram a possibilidade de me pedir para ficar em casa, acho que teria um ataque de pânico.
Pode parecer historinha para boi dormir, mas ver a Billie significa demais para mim. Lutei todos esses meses contra a minha ansiedade, apesar de Eilish já ser um dos motivos da minha doença. Mas não vê-la é algo fora de qualquer possibilidade, faria o que fosse preciso.
[...]
Já estava a caminho meu pai estava a me levar de carro, o evento começava as 19h30, eram 18h00, como me manter sã até lá?
Optei por roupas confortáveis até porque a intensão é me divertir e não parecer uma blogueira. Coloquei um short jeans de cor clara com cintura alta, em um estilo bem retro, por dentro do mesmo deixei a barra da camiseta que havia ganhado de Billie. Por fim um All Star laranja que combinava com os detalhes alaranjados da blusa.
Desmanchei as ondas naturais em meus cabelos, já que o queria prender em um coque despojado com algumas mechas soltas, pelo calor intenso e especifico nesse dia, e assim o fiz. Não passei muita maquiagem, mas o que coloquei foi a prova d'água, panda aqui não.
A única regra dos meus pais era mandar mensagens, seja com vídeos ou fotos, mas que mandasse a cada duas horas pelo menos.
Os portões se abriam as 19h00 em ponto interrompendo meu papo animado com algumas meninas. Peguei minha identificação e segui para área VIP. O local era bem localizado para o palco fazendo com que quem estivesse lá tivesse uma visão ampla de tudo que iria acontecer naquela noite.
Como cantar todas as músicas "junto" á ela era bom e reconfortante. Parecia surreal, sendo bem sincera acho que tudo que envolve nós duas juntas se torna surreal, parece uma realidade alternativa. Bom, se for, que nunca me tirem dela.
Foi tão incrível que fiquei rouca no final. O tempo foi relativamente tão pouco, acho que nem todo o tempo do mundo me deixaria satisfeita, mas esse realmente parecia uma piada.
Eu sou uma pessoa bem perdida no fator de andar sozinha nos lugares, então segui o fluxo de pessoas que iriam para o Meet&Greet, era uma fila relativamente grande, não era a última mas não estava tão perto assim para ser uma das primeiras.
Um segurança, com uma lista passou por cada uma das garotas conferindo coisas como documentos e dando a elas pulseiras. Quando estava em minha frente acabou parando de rolar os olhos pela lista me encarando.
- Olívia Victória Becker Rucci. - Questiona.
- Sim. - Confirmo nervosa.
- Você será a última de todas as meninas, não precisa ficar na fila. Pode sair, comer algo se quiser. - Me comunica passando a pulseira pelo meu pulso.
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Pirata • Billie Eilish [SENDO REESCRITA]
FanfictionSegunda temporada: https://my.w.tt/71qd9Y28z8 · Quando me pedem para definir e/ou algum sinônimo para loucura, digo a minha vida. Minha vida não era perfeita, nunca foi e talvez nunca seja. Mas loucuras aconteceram. Não devia ter mandando aquela men...