— Quê?! — Lavando da cama a encarando meio incrédula. — Tenho plena consciência que falei e fiz coisas erradas, mas você não pode falar coisas como se tivesse jogando a culpa 'pra cima de mim! — Repreendo. — Não me culpa por estar brava, não reprime meus sentimentos como se não tivesse parte no cartório. — Retruco.
— Não 'tô te culpando por estar brava ou triste, só que era isso que queria evitar. E naquele momento pareceu uma decisão certa, e não era, sinto muito, mas só tenho dezoito anos e nunca fiz algo assim antes... Com ninguém, tem coisas que não sei como fazer e pensei que seria tudo bem, mas não foi. Me desculpa. — Pede.
— Quando você vai? — Pergunto passando a mão direita pelos meus cabelos após deixar um longo suspiro escapar.
— Daqui a exatas três semanas. — Responde baixo e concordo com a cabeça. — Olha, Olívia, por mais que esteja brava, por favor, vou viajar de lugar à lugar por nove meses. Não sei se volto 'pra casa viva, não quero morrer brigada com você. — Diz.
— Cala a boca. Você não vai morrer. — Nego imediatamente.
— Sou um ser humano normal e corro riscos como qualquer outra pessoa no mundo. Para qualquer lugar que for, não importa qual, posso não voltar. — Afirma.
— Não vou deixar você ir! — Digo convicta a vendo rir. — 'Tá rindo do quê?
— Indago brava.— Olívia, é algo hipotético. Nunca saio 'pra viagens brigada com ninguém, não sei se vou voltar. Essa é a realidade, lide com ela. — Diz rude e concordo.
— Nove meses? — Questiono baixo com os olhos lagrimejando.
— Sim bebê. — Levanta da cama e vem em minha direção me abraçando.
Passo meus braços pelos seus ombros a apertando.
— Vou tomar cuidado, vai dar tudo certo.
— Assegura e deixa um beijo demorado em minha bochecha.— Eu te amo. — Falo assim que a encaro.
— Também te amo, muito. — Me puxa para um breve beijo. — Sei que é errado depositar muitas responsabilidades nas pessoas, mas agora, vejo, que você é a razão que me mantém respirando. — Revela assim que nos afastamos, mesmo que minimamente.
Não digo nada, até porque, não tinha o que dizer. A puxo para um abraço apertado.
Uma de suas mãos, que estava em minha cintura, sai de lá e seus dedos se entrelaçam nos cabelos em minha nuca usando isso ao seu favor para levar meu rosto para perto do seu e juntar nossas bocas.
Comecei a retribuir rapidamente sentindo sua língua se esfregar na minha devagar, não era carinhoso como se imagina em um beijo lento, era excitante. Não demoro a aumentar as investidas ainda lentas apenas bem mais intensas.
Prendo o lábio inferior de Billie, entre meus dentes em uma mordida lenta para então finalizar contato. Nos encaramos por rápidos segundos antes de iniciar um novo e apressado beijo.
Seus dedos puxaram uma das últimas peças que usava, uma camiseta larga, a mesma é deixada no chão para que voltassemos a nos beijar.
Minha boca recebe uma mordida de sua parte e escorrego a mesma para o seu pescoço deixando sucções e beijos no mesmo.
— Meninas, o jantar chegou. — A voz do meu pai no outro lado da porta nos interrompe.
— Tudo bem, já vamos pegar. — Respondo ouvindo seus passos se afastarem da porta.
— 'Tava morrendo de fome, mas é de um prato que começa com O e termina com Lívia. — Billie fala me fazendo rir.
— Esse prato é de sobremesa. — Sorrio de lado recebendo uma mordida em minha bochecha esquerda.
[...]
Olhava para o teto no escuro, estava deitada por cima dos cobertores, assim como Billie, que fazia desenhos imaginários na minha barriga com uma das mãos já que estava mexendo no celular com a outra.
— Comprei uma coisa. Faz um tempo, desde que mudei 'pra casa do meu pai. — Conto.
— O que comprou? — Pergunta curiosa deixando o celular sobre a cama.
Não falo nada e sento na cama estendendo meu braço a gaveta no criado mudo pegando a caixa retangular.
— Comprou um vibrador? — Billie fala surpresa.
— Como sabe? — Rebato.
— Tenho um. — Diz e a encaro ouvindo sua risada. — Vai me mostra. — Pede animada.
— Queria ter comprado um rosa 'pra falar que tenho um dildo rosa no meu armário que nem a Cardi B, mas o azul é mais bonito. — Digo dando de ombros rindo quando Eilish riu.
Abro a caixinha pegando o mesmo, parecia um bastão médio e não muito espesso, tinha textura legal e era curvado minimamente na ponta. O azul, que lembrava algodão doce, o deixava mais inocente do que realmente era.
— O meu é roxo, vou mudar de cor, muito chamativo. — Diz me fazendo rir.
— Quero um pink. — Falo.
— Já usou? — Questiona.
— Não. — Respondo.
— Fala sério?! — Me empurra levemente pelo ombro.— Se eu tivesse isso já teria testado em todas as posições e velocidades possíveis. — Diz sugestiva.
— Achei que fosse gostar de me ajudar nisso. — Falo devagar.
— Será um prazer. — Responde me fazendo rir baixo.
A entrego, Billie estava apertando todos os botões.
— Isso faz um estrago Olívia. Você não tem ideia. — Comenta.
— Me mostra. — Sussurro e me aproximo sentando em sua barriga.
— A noite toda. — Sorri antes de levar a mão a minha nuca e juntar nossas bocas apressadamente.
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Pirata • Billie Eilish [SENDO REESCRITA]
Fiksi PenggemarSegunda temporada: https://my.w.tt/71qd9Y28z8 · Quando me pedem para definir e/ou algum sinônimo para loucura, digo a minha vida. Minha vida não era perfeita, nunca foi e talvez nunca seja. Mas loucuras aconteceram. Não devia ter mandando aquela men...