- Hey bebê. - Billie fala assim que concedo a chamada de vídeo.
- Oi Bills. - Sorrio me apoiando sobre meus braços após arrumar o macbook em minha frente.
Estava deitada de bruços na cama, era tarde e haviam se passado longos meses, era Setembro estava próximo do recesso de inverno e, praticamente, prestes a me encontrar com Billie pessoalmente novamente.
- Como você 'tá? - Pergunta após dar longos goles na garrafa com água em suas mãos.
Era engraçado como aquela chamada estava me levando a mais de dois anos atrás, no dia do meu aniversário. O conjunto cinza de moletom era parecido com as roupas que usou naquele dia, o jeito que o celular estava posicionado me dando a visão da mesma sentada em uma cadeira, disponível em seu quarto de hotel, com as pernas afastas também me faziam recordar do mesmo.
- Bem.. Só preocupada com as mesmas coisas das últimas semanas. - Finalizo após suspirar. - E você? - Jogo outra pergunta.
- Morrendo de saudades de você, se ficar mais dois meses sem te abraçar vou ficar doente. - Diz e dou risada.
- Não seja boba. O combinando é você ficar bem e saudável, não o contrário. - Me ajeito novamente sobre a cama.
- Engordei cinco quilos. Me sinto tão ansiosa 'pra te ver que tenho fome todo o tempo como consequência. - Revela.
- Ah isso é bom, amor, o esperado é que emagreça pela variação de comida, o esforço físico e toda a sua restrição. Deveria estar feliz. - A incentivo.
Era verdade, estava preocupada com que perdesse peso. Na sua casa e na minha, não tínhamos problema nenhum com o tipo de alimentação que Billie levava mas isso mudava levando em compensação que ela foi passar dias em várias partes dos continentes do mundo inteiro.
- Deveria se meus peitos não tivessem enormes, por que tirou minhas pílulas da mala? - Indaga e começo a rir.
- Faz seis meses, a recém foi perceber?
- Digo incrédula após controlar o meu riso. - Não precisa delas. - Sorrio satisfeita.- Finalmente conseguiu. - Revira os olhos. - Falando em conseguir, pegou as papeladas das universidades? - Questiona curiosa.
Estava me preocupando muito com isso ultimamente e falar com ela era uma distração, me arrependia de ter contado sobre isso já que todas as nossas ligações terminavam nisso, não a culpava mas queria espaço para respirar.
- Peguei. Estão todos aqui. - Conto.
- Escolheu suas favoritas? - Retira a blusa de moletom que usará.
- Depende.. Se escolher veterinária tenho três e se escolher medicina duas.
- Falo baixo.- Não decidiu? - Franze suas sobrancelhas.
- Você sabe que por mim faria medicina mas mesmo que consiga uma bolsa os custos continuam altos, não quero incomodar os meus pais com esse tanto de dinheiro além do mais a Emília é pequena precisa mais do que eu. - Desabafo.
- Neném se esse é o seu sonho ser médica, ser cirurgiã, eu pago 'pra você, toda sua faculdade. - Diz imediatamente.
- Não. Não posso pedir isso de você, é um abuso. - Discordo.
- Não me pediu Olívia, é algo que eu quero fazer de todo o coração. Faço o que amo e sei como essa sensação é incrível e me completa todos os dias, se é isso que quer fazer, vamos fazer. - Fala calma.
- Ser cirurgiã é muito difícil, talvez seja muito sobrecarregante 'pra mim, não quero gastar o seu dinheiro tendo a possibilidade de querer trancar depois e sabendo que será muito mais fácil e cômodo fazer veterinária. - Argumento.
- O que é cômodo se torna infeliz ao passar do tempo. - Rebate e continua a falar antes de me permitir dizer algo. - Se te faz sentir melhor, não te dou presentes nas datas comemorativas, como costumo fazer, apenas pago a sua faculdade. Ela fica como um presente em todas as comemorações do ano. - Sugere.
- Não sei Billie, tenho tempo, vou pensar. - Sorrio.
- Quanto tempo? - Indaga.
- Posso entregar os formulários até o último dia de aulas antes do recesso 'pras festas de final de ano. - Explico.
- Certo, assim posso garantir que vai fazer medicina na melhor faculdade da Califórnia. - Sorri satisfeita e reviro os olhos. - Que puta saudade de te ver revirar os olhos ao vivo. - Diz maliciosa.
- Mas não perde uma. - Dou risada, involuntariamente revirando os olhos novamente.
- Tinha pensado em não falar coisas assim, sei que anda preocupada ultimamente, mas essa visão 'tá ótima. - Ri.
- 'Tava olhando 'pros meus peitos? - Digo em um fingido tom de raiva.
- Chega a ser inconsciente. - Sorri prendendo o lábio inferior entre os dentes.
Esses últimos meses estavam sendo tão difíceis. Estava com tantas saudades do seus toques e de como fazíamos barulho juntas.
- Pois torne consciente. - Falo a vendo ficar confusa.
Me sento rapidamente me livrando do fino suéter que usava a deixando ter livre visão dos meus peitos descobertos.
- Olívia. - Deixa um sorriso se instalar no canto da sua boca.
- Não imagina como tem sido minhas noites sem você. - Sussurro voltando a posição anterior.
- Não preciso imaginar, as minhas têm sido iguais. - Rebate e sorrio. - Estou cansada de imaginar a sua boca e os seus dedos quando na verdade não são eles. - Devaneia.
- Meu vibrador implora que você volte. - Digo e começamos a rir. - Tenho feito muito 'pra desestressar, essas provas 'tão me deixando louca, acontece que ele não bate na minha bunda e nem puxa o meu cabelo. - Admito.
- Para de falar essas coisas, meu coração acelera. - Ri.
- Mas não acelerou quando me mandou aquele vídeo ontem a noite. - Rebato estreitando os meus olhos.
- Oh, acelerou, tinha sonhado com você e com a sua boca, Deus do céu. - Fecha os olhos jogando a cabeça para trás para logo retomar a posição anterior. - Precisava me tocar e queria que soubesse disso. - Dá de ombros.
- Percebi que precisava, espero que pense muito em mim, se colocar a mão dentro da calça desligo a chamada. - Falo.
- Olívia.. - Pondera.
- Deixa as mãos aonde eu possa ver, quando eu gozar vou desligar então guarde na memória a visão e depois se divirta sozinha. - Proponho antes de retirar o restante das minhas roupas.
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Pirata • Billie Eilish [SENDO REESCRITA]
FanficSegunda temporada: https://my.w.tt/71qd9Y28z8 · Quando me pedem para definir e/ou algum sinônimo para loucura, digo a minha vida. Minha vida não era perfeita, nunca foi e talvez nunca seja. Mas loucuras aconteceram. Não devia ter mandando aquela men...