3.1 Put your 'legs' on my shoulders

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Estava deitada com a cabeça sobre o peito de Billie, ouvindo o seu coração bater ritmadamente calmo, uma de suas mãos usavam os dedos para fazer carinhos sobre meu pulso e a outra se encontrava em minha cintura traçando desenhos aleatórios com a pontinha dos dedos.

Era engraçado, quanto transavámos me enchia de tapas fortes e doloridos mas quando estávamos nesses momentos nenhuma das suas mãos desciam um centímetro sequer para abaixo da minha cintura.

Sorrio boba.

Depois da nossa sessão de sexo que estava se tornando algo feito religiosamente todos dias dependendo do tempo que tínhamos livre, juntas e claro sozinhas.

Tomamos um rápido banho e obviamente trocamos os lençóis. Tomei um analgésico e aqui estamos, esperando o remédio fazer efeito apesar de já estar se passando das três da manhã.

Os dedos quentes de Billie passeando pela minha cintura enquanto a dor se dissipava aos poucos foram o suficiente para me fazer cair no sono.

[...]

Abro os olhos, sonolenta, sendo obrigada a fazê-lo pela insana vontade de beber um enorme copo de água.

Estava na mesma posição demonstrando que poderia ter dormido por um curto período de tempo e assim que ergo minha cabeça fazendo com que meus olhos alcançassem o despertador sobre o criado mudo vi que o mesmo marcava exatas cinco e trinta e cinco.

Quando faço mensão de levantar volto quase que imediatamente para a posição anterior gemendo alto de dor.

Aquelas horas que fiquei com os pulsos imóveis pelo efeito do remédio e por estar dormindo pioraram as coisas. A analgesia passou e era como se eles tivessem travados apesar do direito doer menos que o esquerdo ainda era uma dor consideravelmente forte das outras que já tinha sentido.

Billie acorda na hora.

- O que foi? O que 'tá doendo? - Pergunta imediatamente.

- Meus pulsos. Sério, não costumo fazer drama com isso, mas dessa vez está insuportável. - Digo baixo. - Preciso de um favor. - Peço envergonhada.

- Qual? - Questiona rapidamente.

- Um enorme copo de água, 'tô morrendo de sede. - Falo.

- Claro, precisa repor o líquido que perdeu. - Usa um tom brincalhão.

A olho confusa franzido as sobrancelhas mas assim que entendo digo:

- Se eu pudesse te encheria de beliscões. Você ainda vai se ver comigo Eilish. - Resmungo a vendo levantar cama e sumir pela porta rindo.

Depois de beber água de canudo com Billie me dando na boca, tomei outro remédio e enquanto esperava Eilish tenta destravar, com massagem ou rastejando os dedos e pressionando aos poucos mas parou quando me viu chorar.

- Precisamos ir ao médico. - Fala levantando.

- Billie, não, vai passar. - Digo apressada.

- Faz quase quarenta minutos que tomou um analgésico, é a segunda dose em menos de três horas quando o certo seria um efeito de quase seis. Você precisa ir ao médico. - Diz séria me deixando calada.

Ela estava séria, como se nada e nem nada que fizesse pudesse fazê-la mudar de ideia. Expressão fechada, okay, mais fechada do que o normal.

Se vestiu rapidamente e me puxou da cama com cuidado passando pela minha cabeça um de seus moletons grandes cubrindo o shorts de pijama que usará.

Pegou nossos celulares, documentos e a chaves do carro.

Estava amanhecendo, mas ao invés de estarmos voltando do aniversário da Claudia como aquele dia estavamos indo para a emergência, olho o sol nascer pela janela do carro tentando pensar em outras coisas além da dor que sentia.

Pirata • Billie Eilish [SENDO REESCRITA]Onde histórias criam vida. Descubra agora