Pirata • Billie Eilish [SENDO REESCRITA]

1.5 Things

Estava acordada a um tempo, mas não abro os olhos e apenas escorrego o braço pela cama notando que me encontrava sozinha. Gemo em desgosto e viro de bruços sentindo o perfume de Billie em todo o lugar. Fico devaneando sobre tudo o que aconteceu e tentando achar um jeito de lidar sem, simplesmente, surtar e querer morrer. Sinto as cobertas sendo puxadas e dois tapas sendo disferidos sobre minha bunda.

— Ai! — Resmungo.

— Não consigo acreditar que acordei, saí, trabalhei, voltei e você continua dormindo. — Ouço a voz de Billie indignada e abro os olhos imediatamente procurando meu celular.

Pego o mesmo, que estava no criado mudo, eram 8am escuto sua risada.

— Só fui tomar banho. Não queria te acordar, você 'tava dormindo tão gostoso, mas precisamos sair. — Fala.

— Tudo bem. — Sorrio de lado prendendo os cabelos os tirando do meu rosto.

[...]

Estava extremamente envergonhada de estar lá, me sentia intrusa, parecia que só atrapalhava as coisas de fluírem de forma natural. No café da manhã me desculpei diversas vezes, tanto que fiz todo mundo rir. Naquela mesma manhã, Billie pegou sua carteira de habilitação, era engraçado o quão animada estava ao falar sobre os carros que pensava em comprar.

Na realidade passamos o dia todo trancados em um estúdio, o que não foi de todo ruim, estava usando esse tempo para refletir e não adiantou muita coisa, sendo sincera, me deixou ainda mais confusa.

Nunca havia conflitado com a minha mãe antes, não dessa forma, isso me fez repensar sobre Billie. Tudo isso por causa dela, era isso que eu sentia? Era Billie que escolheria? Valia a pena? Pode ser que estivesse vendo coisas que não existem, beijos são beijos, não quer dizer nada.

— ÚLTIMA DE HOJE! — Seu grito me tira das minhas inúteis reflexões.

— Que susto sua inconsequente! — Pego uma das almofadas ao meu lado e a atiro em sua direção.

Eilish a pega e redireciona a Finneas que dormia de boca aberta com a cabeça no sofá e o notebook em seu colo.

— Vai se fuder. — Resmunga fechando o notebook.

— Por que ninguém me dá atenção? — Murmura dando longos goles de água da garrafa em suas mãos.

— Como pode? — Indago rindo e levanto indo em direção da agora esverdeada.

O verde água em seus cabelos realçavam seus olhos claros os deixado, se possível, ainda mais claros.

— Como pode o que? — Pergunta colocando a garrafa no lugar.

— Ser tão dramática. — Digo rindo.

— Não sou dramática, falo a verdade. — Rebate.

— 'Tô te dando atenção agora. — Falo revirando os olhos.

— Eu gosto de outro tipo de atenção. — Passa a língua na parte interna da bochecha e a acerto um tapa no ombro chamando a atenção de Finneas. — Sua suja, gosto de abraços. — Dá risada e tenta me abraçar mas desvio virando de costas para ela.

Ainda assim Billie é mais rápida e me puxa pela cintura de volta.

— Não acredito que estou sendo obrigada a distribuir abraços. — Falo entrelaçando minha mãos nas suas costas.

— Preciso ir. — Me solta e volta para poder gravar.

Sento no sofá novamente mexendo no celular como um passatempo, já que nem eu mesma sabia o que estava fazendo nele.