Chapter Five

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Eu estava a caminho da minha última aula do dia quando Nikki apareceu colocando o braço sobre meus ombros.

— Finalmente decidimos o que vamos fazer, anjinho. - ela disse animada- Descobrimos onde a Anstice mora.

Eu a olhei surpresa. Anstice é do norte, mas o pai é podre de rico e prefere que ela estude na nossa escola do outro lado da fronteira. Dizem que ele é o líder dos Demons mas não é nada confirmado.

— Sério? - eu perguntei.

Ela concordou.

— É em cima de uma boate famosa no norte chamada Inferno. - ela disse.

Eu ri.

— Apropriado. - eu disse.

Ela bateu palmas.

— Lá deve ser incrível! Estou muito empolgada. - ela disse.

Eu parei.

— Espera, você quer que nós passemos pela fronteira, entremos na casa do chefe da maior gangue da cidade, e ainda quer se divertir? - eu perguntei.

Ela sorriu.

— Não é o melhor plano para a sexta feira? - ela perguntou meio retoricamente.

Eu suspirei.

— Consigo pensar em um melhor. - eu disse.

Ela revirou os olhos.

— Como qual? - ela perguntou.

Eu bufei.

— Como qualquer um em que acabamos vivos. - eu disse.

Ela pegou a minha mão e a balançou.

— Qual é, Elle! - ela disse - Vai ser divertido, e nós não vamos acabar na sarjeta.

Eu revirei os olhos.

— Não tem como você ter certeza. - eu disse.

Ela sorriu.

— Por favor! - ela disse - Eu quero ver como a Anstice vai ficar quando ver que descobrimos as suas raízes sujas.

Eu suspirei olhando em seus olhos de cachorrinho.

— Tudo bem, nós vamos. - eu disse.

Ela bateu palmas.

— Eu vou com Nick no meu carro, ele quer comprar algumas coisas para um plano aparte contra a Anstice que eu imagino que você não queira participar. - ela disse.

Eu concordei.

— Prefiro me ausentar desse conflito. - eu disse.

Ela concordou.

— Foi o que eu pensei. - ela disse quando entramos na sala.

Era aula de matemática, uma aula que ninguém parecia gostar, e Nikki se encaminhou para sentar ao lado de Nick, atrás da primeira carteira.

— Vamos tramar contra a Anstice. - ela disse como um sussurro alto - Não quero envenenar a sua mente de anjo.

Eu ri me sentando na primeira carteira.

Minha mente vagou até o meu quarto, tinha acordado de manhã e a cadeira estava novamente virada para a cama, mesmo eu me lembrando claramente de a virar para a janela antes de dormir, e quando eu fui vira-la novamente eu senti o cheiro que começava a se tornar familiar. Fumaça e menta.

— No que tanto pensa?

Eu me sobressaltei com a voz fluída vinda do meu lado, e me virei vendo Brutus com um sorriso divertido nos lábios.

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