— Vamos fazer um almoço de Ação de Graças! - disse meu pai entrando no meu quarto enquanto eu estudava para as minhas provas.
Eu o olhei confusa. Desde o cemitério ele tem estado mas feliz e revigorado, nunca tinha o visto assim, ele saía, foi no mercado pela primeira vez desde que Gia veio trabalhar para nós.
— Tem certeza? Nunca fizemos isso antes. - eu disse hesitante.
Ele sorriu.
— Há uma primeira vez para tudo. - ele disse saindo.
Eu olhei para a porta fechada e comecei a pensar que talvez não fosse uma ideia de todo ruim.
— Brutus? - eu chamei.
— Bem aqui. - ele disse as minhas costas, escorado na minha poltrona.
Eu sorri me levantando e me voltando para ele.
— Alguma novidade? - eu perguntei.
Ele negou tocando o meu rosto.
— Nada muito concreto, as informações são bem guardadas. - ele disse.
Eu dei de ombros.
— Ou talvez você também não seja um bom detetive. - eu disse.
Ele semicerrou os olhos e eu ri.
— Estou brincando. - eu disse abraçando ele.
Ele sorriu contra os meus cabelos.
— Eu sei. - ele disse fazendo carinho em minha nuca.
Era tão bom poder toca-lo assim, tê-lo tão perto.
— Meu pai quer dar um almoço de Ação de Graças amanhã. - eu disse me afastando e o puxando para a cama.
Ele sorriu.
— E eu imagino que isso seja algo bom. - ele disse.
Eu sorri.
— É incrível, nunca o vi tão feliz quanto nas últimas semanas. - eu disse pegando uma mecha do meu cabelo e enrolando nos dedos, um novo hábito para substituir o dos óculos.
Ele pegou a minha outra mão e começou a brincar com meus dedos.
— Queria que você viesse. - eu disse olhando para as nossas mãos.
Ele suspirou e eu olhei para ele.
— Acho que um dia não vai interferir na investigação. - ele disse e eu sorri.
Ele me puxou para o seu colo e eu descansei a cabeça em seu ombro.
— Gosto de estar perto de você. - ele disse tocando a minha nuca.
Eu suspirei com o seu toque e fechei os olhos.
— Eu também. - eu disse tocando as suas costas.
Meus dedos tocaram a sua cicatriz e ele se retraiu levemente, e eu me afastei.
— Eu te machuquei? - eu perguntei.
Ele negou.
— Não, não. - ele disse - Na verdade, pela primeira vez eu senti que ela não doía mais.
Eu toquei o seu rosto.
— Ela sempre dói? - eu perguntei.
Ele concordou.
— É um incômodo constante. - ele disse.
Eu comprimi os lábios hesitante.
— Posso ve-la? - eu perguntei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Supertitious
FantasyGabrielle D'Angelo é uma boa aluna do ensino médio, tem uma boa relação com o pai, mesmo que um pouco ausente, e tem amigos incríveis, uma vida normal. Até que tudo parece ficar bem estranho depois de conhecer o menino novo da escola, Brutus Fallen...