Era segunda e eu estava na loja de fantasia com Nick depois da escola. Como havia dito, Brutus não foi a escola, e Nick resolveu que queria encontrar a fantasia perfeita o quanto antes.
— Acha que eu deveria usar calça ou short? - ele perguntou olhando as fantasias.
Eu sorri.
— Acho que deveria usar saia. - eu disse.
Seus olhos brilharam e ele sorriu para mim.
— E é por isso que você é a minha melhor amiga. - ele disse.
Eu ri enquanto ele pegava algo para experimentar, e ia em direção às asas. Eu olhei os vestidos brancos para anjos quando meus olhos encontraram um em especial.
Ele era glitterizado e tinha alças finas, a saia de tecido fino e fluido que ia até o meio das minhas coxas, e me fazia lembrar a clareira de Brutus.
— Deveria experimentar. - disse Nick.
Eu me voltei para ele e sorri. Ele usava uma saia branca rodada e uma camiseta gliterrizada como o vestido, e um grande par de asas brancas.
— Está lindo, imagina o que Anstice não pode fazer de maquiagem para incrementar algo a mais. - eu disse.
Ele suspirou sonhador.
— Vá experimentar o vestido. - ele disse.
Eu ri indo até o provador me trocar, pensando em como Gia iria odiar o fato de eu sair de noite no dia das bruxas.
— O que acha? - eu perguntei voltando.
O vestido estava um pouco mais curto do que eu achei que ficaria, mas não revelava nada demais.
— Acho que Nikki tem uma bota que ficaria perfeita com o vestido. - ele disse - Espere só um segundo.
Ele foi até as asas e pegou um par de densas asas brancas que vinha com uma auréola, e me ajudou a colocá -las.
— Perfeita. - ele disse sorrindo.
Eu sorri e suspirei.
— Acho melhor nós irmos pagar então. - eu disse.
Ele bateu palmas animado.
O resto da tarde eu fiz o meu dever de casa, e então tomei banho, trançando meu cabelo e me deitei na cama pensando no que Brutus havia dito.
É só me chamar.
Eu respirei fundo, não acreditando no que ia fazer.
— Brutus? - eu sussurrei.
Eu esperei por um segundo e então suspirei, me achando uma idiota.
— Não tire conclusões precipitadas. - ele disse ao meu lado.
Eu me levantei de um pulo, vendo-o deitado na minha cama, as mãos atrás da cabeça de maneira relaxada.
— Como subiu até aqui? - eu perguntei.
Ele sorriu.
— Por quê? Pretende subir até a janela de alguém? - ele perguntou.
Eu bufei.
— Não me enrole! - eu disse.
Ele riu se levantando.
— Você me chamou, e eu vim. - ele disse - Como eu prometi.
Ele ia se aproximar mais mas hesitou e recuou.
— Mas isso não explica nada. - eu disse.
Ele suspirou.
— Eu prometo que vou te explicar tudo quando a hora certa chegar. - ele disse.
Eu revirei os olhos.
— E quando a hora certa vai chegar? - eu perguntei.
Ele sorriu.
— Vai saber quando chegar. - ele disse.
Eu dei um passo em sua direção mas ele se afastou.
— Eu não quero te machucar. - ele disse - Não sabia que era tão doloroso para você.
Eu dei outro passo.
— Eu não me importo. - eu disse.
Ele revirou os olhos.
— Mas eu me importo. - ele disse - Não quero que sofra.
Eu olhei em seus olhos.
— Não poder te tocar me faz sofrer. - eu disse.
Ele desviou o olhar.
— Não torne tudo mais complicado, meu milagre. - ele disse.
Eu dei mais um passo em sua direção e ele não recuou.
— Não vai doer tanto. - eu disse pegando a sua mão e sentindo a brasa familiar - Só isso.
Ele hesitou mas acabou concordando.
— Deveria ir dormir. - ele disse - Amanhã você tem escola.
Eu concordei o puxando para a cama e o fazendo deitar ao meu lado. Queria poder abraça-lo, mas sabia que seria doloroso demais.
— Durma, Gabrielle. - ele disse levando meus dedos aos lábios.
Eu fechei os olhos e imaginei um mundo onde eu pudesse tocar Brutus o quanto eu quisesse, e eu não sentiria dor, só a alegria e o prazer dos seus toques.
— É uma linda fantasia. - ele disse enquanto eu pegava no sono.
Eu suspirei.
— Eu sei.
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Supertitious
FantasyGabrielle D'Angelo é uma boa aluna do ensino médio, tem uma boa relação com o pai, mesmo que um pouco ausente, e tem amigos incríveis, uma vida normal. Até que tudo parece ficar bem estranho depois de conhecer o menino novo da escola, Brutus Fallen...