Chapter Twenty

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Era segunda e eu estava na loja de fantasia com Nick depois da escola. Como havia dito, Brutus não foi a escola, e Nick resolveu que queria encontrar a fantasia perfeita o quanto antes.

— Acha que eu deveria usar calça ou short? - ele perguntou olhando as fantasias.

Eu sorri.

— Acho que deveria usar saia. - eu disse.

Seus olhos brilharam e ele sorriu para mim.

— E é por isso que você é a minha melhor amiga. - ele disse.

Eu ri enquanto ele pegava algo para experimentar, e ia em direção às asas. Eu olhei os vestidos brancos para anjos quando meus olhos encontraram um em especial.

Ele era glitterizado e tinha alças finas, a saia de tecido fino e fluido que ia até o meio das minhas coxas, e me fazia lembrar a clareira de Brutus.

— Deveria experimentar. - disse Nick.

Eu me voltei para ele e sorri. Ele usava uma saia branca rodada e uma camiseta gliterrizada como o vestido, e um grande par de asas brancas.

— Está lindo, imagina o que Anstice não pode fazer de maquiagem para incrementar algo a mais. - eu disse.

Ele suspirou sonhador.

— Vá experimentar o vestido. - ele disse.

Eu ri indo até o provador me trocar, pensando em como Gia iria odiar o fato de eu sair de noite no dia das bruxas.

— O que acha? - eu perguntei voltando.

O vestido estava um pouco mais curto do que eu achei que ficaria, mas não revelava nada demais.

— Acho que Nikki tem uma bota que ficaria perfeita com o vestido. - ele disse - Espere só um segundo.

Ele foi até as asas e pegou um par de densas asas brancas que vinha com uma auréola, e me ajudou a colocá -las.

— Perfeita. - ele disse sorrindo.

Eu sorri e suspirei.

— Acho melhor nós irmos pagar então. - eu disse.

Ele bateu palmas animado.

O resto da tarde eu fiz o meu dever de casa, e então tomei banho, trançando meu cabelo e me deitei na cama pensando no que Brutus havia dito.

É só me chamar.

Eu respirei fundo, não acreditando no que ia fazer.

— Brutus? - eu sussurrei.

Eu esperei por um segundo e então suspirei, me achando uma idiota.

— Não tire conclusões precipitadas. - ele disse ao meu lado.

Eu me levantei de um pulo, vendo-o deitado na minha cama, as mãos atrás da cabeça de maneira relaxada.

— Como subiu até aqui? - eu perguntei.

Ele sorriu.

— Por quê? Pretende subir até a janela de alguém? - ele perguntou.

Eu bufei.

— Não me enrole! - eu disse.

Ele riu se levantando.

— Você me chamou, e eu vim. - ele disse - Como eu prometi.

Ele ia se aproximar mais mas hesitou e recuou.

— Mas isso não explica nada. - eu disse.

Ele suspirou.

— Eu prometo que vou te explicar tudo quando a hora certa chegar. - ele disse.

Eu revirei os olhos.

— E quando a hora certa vai chegar? - eu perguntei.

Ele sorriu.

— Vai saber quando chegar. - ele disse.

Eu dei um passo em sua direção mas ele se afastou.

— Eu não quero te machucar. - ele disse - Não sabia que era tão doloroso para você.

Eu dei outro passo.

— Eu não me importo. - eu disse.

Ele revirou os olhos.

— Mas eu me importo. - ele disse - Não quero que sofra.

Eu olhei em seus olhos.

— Não poder te tocar me faz sofrer. - eu disse.

Ele desviou o olhar.

— Não torne tudo mais complicado, meu milagre. - ele disse.

Eu dei mais um passo em sua direção e ele não recuou.

— Não vai doer tanto. - eu disse pegando a sua mão e sentindo a brasa familiar - Só isso.

Ele hesitou mas acabou concordando.

— Deveria ir dormir. - ele disse - Amanhã você tem escola.

Eu concordei o puxando para a cama e o fazendo deitar ao meu lado. Queria poder abraça-lo, mas sabia que seria doloroso demais.

— Durma, Gabrielle. - ele disse levando meus dedos aos lábios.

Eu fechei os olhos e imaginei um mundo onde eu pudesse tocar Brutus o quanto eu quisesse, e eu não sentiria dor, só a alegria e o prazer dos seus toques.

— É uma linda fantasia. - ele disse enquanto eu pegava no sono.

Eu suspirei.

— Eu sei.

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