Garimpeiro rústico

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No caminho de volta para casa, Sophia encontra - se totalmente aturdida em pensamentos. O primeiro dia no garimpo não correu exatamente como o esperado. Lívia, sua filha caçula, a vê chegar e chama por ela:

__ Dona Sophia! Como foi a primeira inspeção às terras?

Desde que pôs os pés em sua casa, a ricaça manteve o raciocínio longe, especificamente em certo homem rústico e suado.
Por essa razão, não ouviu uma só palavra do que Lívia questionou. Apenas no segundo chamado, Sophia se atenta a realidade:

__ Falou comigo? Claro! Você deve estar querendo saber sobre as esmeraldas! Elas estão brotando lá na Mina, Lívia! Se tudo correr conforme o planejado, muito em breve, as explorações poderão ter início!

Lívia desconfia do comportamento da mãe, mas vibra com a notícia e sai para ir ao encontro de Renato, a vítima da vez.

"Sozinha" em casa, sem os filhos, Sophia direciona - se ao quarto para tomar uma ducha e descansar, afinal não poderia ficar sem calcinha por mais tempo.

Nas terras de Josafá, Mariano pensava na mulher atrevida que se rendera a ele horas atrás e, inevitavelmente sorri satisfeito, ao tocar os lábios e se lembrar do generoso beijo da Madame. Rato o observa e desconfia de sua alegria.

Para despistar olhares curiosos, Mariano vai ao mesmo lugar onde beijou Sophia e cheira a peça íntima, que "roubou" da mulher:

Para despistar olhares curiosos, Mariano vai ao mesmo lugar onde beijou Sophia e cheira a peça íntima, que "roubou" da mulher:

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__ E não é que a danada é perfumada? Ah, Dona Sophia! Você não me escapa!

Mariano aproveita a distração dos homens e consegue encontrar o aparelho celular de Rato, que guardava o número de Sophia na lista de contatos:

__ Você não perde por esperar, Esmeralda Magnífica!

Sophia acaba seu banho e recebe uma mensagem anônima seguida de uma foto:

" Não está sentindo falta de nada, Madame? Algum desconforto íntimo, quem sabe? "

" Como você ousa me mandar mensagens, seu abusado? Aliás, quem passou o meu contato? "

" Eu posso até dizer como consegui, desde que seja pessoalmente! Se quiser sua calcinha, muito cheirosa por sinal, de volta, vai ter que aceitar me ver cara a cara, MADAME! "

Sophia fica possessa de raiva, mas procura acalmar - se inspirando e expirando diversas vezes:

" Diga de uma vez, aonde quer me encontrar, seu rústico! "

" No garimpo, oras! E antes que invente alguma desculpa: os outros homens estão todos distraídos analisando o terreno e jogando um carteado, então a Madame não tem motivo para recusar, certo? "

Sophia arremessa o celular longe, impressionada com a ousadia e petulância do rapaz para/com ela, mas vai ao encontro dele!

Antes, porém se arruma minimamente e borrifa um pouco de perfume na região do pescoço. Contata ao motorista, que a deixa um pouco distante e segue a pé.

Mariano a esperava, em expectativa, e logo percebe a presença dela graças ao perfume marcante:

__ A Madame veio mesmo resgatar a...

Sophia põe um de seus dedos na boca do homem, o impedindo de completar a frase:

__ Nem pense terminar essa frase! Onde está? Vamos, rapaz! Dê o que é meu, para que eu possa ir embora logo!

__ Ir embora? Nem pensar, Madame!

__ Quem pensa que é, para falar comigo assim?

Mariano aproxima - se dela e a arrasta para a mesma pilastra do dia anterior:

__ Posso ser rústico e suado, como você diz, mas outro com o meu material, a Madame não vai encontrar em lugar nenhum!

Sophia o encara, com sua superioridade de sempre e questiona:

__ Que material seria esse?

__ Não sabe, não? Eu mostro!

Mariano a puxa para mais perto, prendendo - a entre a pilastra e o corpo dele. Puxa o lábio inferior com brutalidade, e serpenteia a língua na boca da mulher, levando - a ao delírio. Entorpecida com a sensação, eles se olham com mais intensidade e engatam em mais um beijo, com direito a chupões e lambidas no pescoço.

Mariano a solta, virando - a de costas e inalando o cheiro afrodisíaco, que exalava da pele dela, que se arrepia inteira com o toque firme do homem em sua cintura:

__ Esse teu perfume é a minha droga! Eu vicio fácil!

__ Se me deixar com marca de chupão, eu acabo com você!

__ O que é isso, Madame? É só uma marquinha de nada!

__ Já chega! Entregue o que é meu, porque eu vou embora agora! Anda, rapaz!

__Toda sua! A calcinha da Madame é bem cheirosa! Aprovada!

__ Não se anime, porque isso não vai se repetir!

Mariano não acredita em uma só palavra e se oferece para desamassar a mulher:

__Quer ajuda? Eu desamasso tudo bem direitinho!

Ela arregala os olhos, mas entra na provocação:

__ Essas suas mãos sujas podem me infectar! Não quero pegar doença!

Depois de arrumada e prestes a ir embora, ela encontra Rato:

__ Dona Sophia?

__ Rato? Como andam as coisas por aqui?

Mariano percebe a intenção da mulher e salva a pele dela. Rato estranha o fato de eles estarem juntos, mas nada diz:

__ Tá tudo certo por aqui, Dona Sophia! Fica tranquila!

__ A Senhora quer descer pra ver?

__ Hoje não, Rato! Lá embaixo faz um calor infernal! Amanhã eu desço para ver como estão as coisas!

Sophia declara sua intenção olhando disfarçadamente para Mariano, que entende o recado e acena. Ela se despede dos homens e solicita a companhia de Mariano:

__ Pode me acompanhar um instante, garimpeiro Mariano?

__ Sim Senhora, Dona Sophia!

__ A próxima vez, que me desafiar e pensar em me marcar, eu corto o que você mais preza, entendeu?

__ Como eu gosto de uma boa potranca braba!

Ela cerra os olhos na direção dele e sussurra, ao entrar no carro:

__ Garimpeiro desgraçado!

Fire, Gasoline And Secrets - Soriano Onde histórias criam vida. Descubra agora