Potranca braba

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Acomodando - se no automóvel, Sophia troca um breve aceno com o motorista, que sabe exatamente o destino da patroa: o retorno à Mansão.

A raiva toma conta de cada terminação nervosa da mulher, que solta uma lufada de ar em indignação, ao se lembrar da ousadia de Mariano:

"Quem ele pensa que é, para falar comigo daquela maneira? Potranca? Onde já se viu, uma mulher como eu, receber um apelido desses? Quanta ousadia a desse rapaz! "

O motorista percebe o quanto a patroa estava distante, mas não pronuncia uma palavra sequer, afinal Sophia era conhecida por ter um temperamento deveras complicado.

A mulher, ao chegar em casa, orienta ao homem de boa aparência e porte físico, de que não precisaria dos serviços dele no momento. Sophia adentra o grande portão de sua Mansão mais avoada do que o normal e, sem cumprimentar ninguém, sobe as escadas rapidamente e prepara um banho de banheira relaxante.

Gael, o filho mais velho de Sophia estranha o comportamento da mãe e busca o olhar de Lívia, a fim de saber se ele estava certo.

Em seu momento de silêncio, Sophia afunda a própria cabeça na água para, quem sabe assim, abandonar os pensamentos, que insistiam em perturbá - la o juízo. Não se dá conta, mas passa incontáveis minutos submersa em sua banheira, sem a menor necessidade.

No garimpo, Mariano decide andar pelo "cantinho" aonde ele e a patroa se encontraram e não consegue evitar as lembranças:

"Eita, como o cangote daquela mulher era cheiroso!"

Os outros homens notam o distanciamento do garimpeiro e gritam, de maneira que ele possa ouvir:

__ Ei, Mariano! Que vida mansa é essa? Vai trabalhar, não? Enricou, foi?

Mariano endurece as feições e rebate a provocação:

__ Ô Rato, não me tira do sério hoje não, que eu não tô bom! Vão cuidar da vida de vocês, beleza?

Os outros garimpeiros se calam, mas o homem de confiança de Sophia segue desconfiado do comportamento de Mariano.

Sophia finaliza o banho e se enrola em seu hobby ainda atordoada e, de certa forma, intrigada por seus pensamentos permanecerem em certo homem abusado e ambicioso.

" Maldição! Esse garimpeiro passou a morar em minha cabeça e eu não fui avisada? Por quê esse rústico desgraçado não me sai do pensamento? Argh!"

Abandonando essas idéias por um momento, Sophia desce as escadas e encontra os dois filhos a sua espera:

__ Já estávamos preocupados aqui embaixo! Chegou e subiu feito um furacão, sem falar com ninguém! Está tudo bem, Dona Sophia?

__ Claro que sim! Não há nada de errado, apenas uma dor de cabeça chata e insistente! Desci somente em busca de um remédio! Ah! Eu dispensei o nosso motorista, então vocês mesmos terão de dirigir o carro, quando saírem!

__ Deixa com a gente!

Sophia não se dá ao trabalho de responder e, depois de ingerir o comprimido, refaz o caminho do quarto, adormecendo em questão de instantes.

O que a mulher não contava era que, nem mesmo em sonhos, em seu inconsciente, a figura de Mariano a abandonaria. Ao contrário, ele estava com ela! Ela imagina ter as roupas rasgadas por ele, enquanto ambos se olhavam intensamente. Sophia o enlaça o pescoço, enquanto a blusa dela é esquecida em algum canto do garimpo. Os beijos ganham mais intensidade a cada roçar de pele e Mariano não perde tempo antes de arrancar o sutiã do corpo dela, com um único puxão, e abocanhar os seios fartos da mulher, que só fazia gemer ao sentir a língua hábil do homem em contato com a pele sensível.

Antes que eles possam entregar - se de vez ao desejo, Sophia acorda ofegante. Assusta - se ao ver que o lençol e sua intimidade estavam úmidos e, chega a se perguntar, se tudo foi realmente um sonho.

Mariano não estava muito diferente: inquieto, sem conseguir pregar os olhos, decide ocupar a mente planejando as futuras explorações junto aos outros.

Depois de tomar mais um banho, devido ao sonho nada convencional que teve com Mariano, Sophia decide se arrumar e ir até o garimpo. Confere as horas e o relógio marca 22:00. Sendo assim, os filhos teriam saído. Aproveita - se disso, para ir atrás de seu objeto de desejo.

Terminados os primeiros planejamentos, os homens convidam Mariano a ir ao bordel de Caetana para se distrair com as garotas de lá, mas estranhamente recusa. Com a negativa dele, os outros, já arrumados, seguem ao caminho da perdição.

Sophia chega ao garimpo e exalta - se ao ver o local quase vazio:

__ Aonde estão os outros? Mal começaram o trabalho e já entraram em greve?

__ Calma, potranca! Eles foram se divertir um pouco na casa da perdição!

__ Eu já disse, que para um sujeitinho como você é senhora ou Dona Sophia. Por quê não foi com eles?

__ Eu preferi ficar! Agora entendi o motivo!

Os dois se aproximam devagar e Sophia intercala a atenção entre os olhos e a boca dele:

__ O que faria um sujeitinho feito você, recusar uma boa farra?

__ O mesmo que fez uma dondoca vir até aqui às 22:00!

Mariano sorri de maneira lasciva, sendo acompanhado por ela e eles não demoram a engatar em um beijo quente! Como em um ritual, ele morde o lábio inferior dela, pedindo passagem para explorar a suculenta boca da mulher. Ela aprova a atitude e geme contra os grossos lábios dele.

O desejo começa a dar sinais em ambos os corpos e Mariano a suspende na pilastra, sem quebrar o beijo. Como no sonho que ela teve, ele rasga sua blusa de seda e se apossa de seus seios, ansioso por provar cada pedacinho do pecaminoso corpo da Madame.

Sophia, entorpecida com os beijos e toques precisos do garimpeiro, o arranca a camiseta de telinha do corpo, sem muito pensar:

__ Me diz o que cê tem, que me deixa louco desse jeito! Esse teu cheiro é a minha droga, mulher!

__ Você fala demais, rapaz! Eu não faço o tipo romântica, então vê se cala a boca de uma vez e age!

__ A Madame perdeu o medo de pegar alguma doença?

Sophia não acredita no que ouve e bate no rosto do garimpeiro, que gosta da atitude impulsiva:

__ Bate nessa cara, que cê ama dar uns beijos!

Sophia não dá a mínima para o que ele diz e o beija sem delicadeza, movida por todo o desejo que sentia no momento. Quando o ar faltar, ela se dá conta do horário:

__ Maldição! Como a hora passou rápido! Vou embora agora mesmo!

__ Tem certeza que quer ir embora? Se quiser, pode usar o meu tanquinho como travesseiro!

__ Perdeu a noção do perigo, rapaz? Eu já disse que nós não temos intimidade! Não lhe dou confiança!

__ Se eu fosse a Madame, não sairia com a rua deserta desse jeito! Fica aqui, que eu protejo a potranca, caso alguém apareça!

__ Você vai me proteger? Ha ha! Mas uma coisa você tem razão: está muito tarde para voltar sozinha e nessa escuridão, então, por hoje, eu fico por aqui mesmo!

Antes de cada um seguir para um canto mais escondido do garimpo, Mariano ousa em roubar um selinho mais demorado da mulher, que o esbofeteia como resposta:

__ Que fetiche louco é esse de me bater na cara, Madame?

__ Fica em silêncio rapaz, que eu quero dormir sossegada!

O homem a observa dormir e sussurra para si mesmo:

__ "Que potranca mais braba, eu fui arranjar! Mas, o que tem de mandona, tem de gostosa! Ô mulher!!! 🔥🔥🔥"

Notas finais:
Primeiramente: gostaria muito de agradecer a todos, que estão visualizando! Muito obrigada! Se assim desejarem, me deixem saber o que estão achando e, quais as expectativas para os próximos capítulos! Até breve!

Fire, Gasoline And Secrets - Soriano Onde histórias criam vida. Descubra agora