"Quantas saudades, meu garimpeiro favorito!"

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No Hospital, Sophia e Cléo se entreolham com hostilidade, enquanto Zé Victor coça a nuca de leve, preocupado com o encontro inesperado entre elas.

Cléo é uma mulher de cabelos castanhos, olhos azuis como o mar, cujas roupas demonstravam um poder aquisitivo considerável.

O Doutor, responsável por cuidar de Mariano, aparece à recepção no momento certo, cortando as encaradas altivas entre as duas, a fim de informar sobre o estado de Mariano. Zé Victor suspira aliviado por vê - lo ali, e se adianta ao perguntar:

__ E então, Doutor? Já sabe dizer como ele está?

As duas mulheres se aproximam de Zé Victor, ao perceber a presença do profissional, separadamente, para saber a que conclusão ele chegou:

__ Eu sigo monitorando o paciente, mas até o momento, o quadro dele está estável. Qualquer mudança, eu aviso a vocês! Vou passar essa madrugada o observando!

Antes que o Médico suma corredor adentro, Cléo se apressa a questionar:

__ Doutor! Eu sou Cléo Muniz, uma velha amiga do Mariano, e fiquei sabendo, por acaso, que ele recebeu atendimento nesse hospital! Eu posso vê - lo?

__ Sinto muito, Senhora! Ele está na UTI, então eu não posso permitir a sua entrada no quarto, mas pode acompanhar através do vidro, caso queira!

Cléo caminha, logo atrás do Médico, e Sophia a segue com os olhos. Intrigada, a madame questiona a Zé Victor:

__ Quem é essa mulher, Zé Victor? A maneira como ela chegou aqui, foi tão estranha!

__ Ih, Dona Sophia, eu acho melhor a Senhora conversar sobre esse assunto com o Mariano, quando ele se recuperar da crise alérgica! Não gostaria de me intrometer nisso, não!

A mulher não gosta do que ouve e, disposta a descobrir algo sobre a tal mulher, pressiona ao amigo de Mariano:

__ Zé Victor! Eu não estou interessada em saber o que você quer, mas sim quem é a mulher, que caiu de paraquedas nesse hospital! Você entendeu?

__ Entendi, sim Senhora, mas a minha resposta não mudou! Eu realmente não tenho nada a dizer sobre a Cléo! Com licença, que eu vou ver o meu amigo!

Cléo mantinha as mãos no vidro, enquanto observava Mariano deitado no leito de hospital, conectado a aparelhos:

__ O que você faz aqui, meu menino?

Zé Victor procura por Cléo, que se encontrava mexida com a atual situação de Mariano e não perde tempo, ao alertar a mulher:

__ Eu não sei o que raios você faz aqui, mas fique você sabendo, que eu não vou permitir, que sequer se aproxime do meu amigo novamente, compreendeu?

__ Quem pensa que é, para dizer o que eu devo fazer ou me ameaçar, menino?

__ Eu sou o único amigo que o Mariano tem, Cleonice Muniz, e não vou deixar que você vire a cabeça dele novamente!

Sozinha na Sala de Espera, Sophia seguia inconformada com a recusa de Zé Victor, ao contar quem era a abusada mulher, que apareceu no hospital de repente, mas resolveu procurar algo para comer, para que pudesse canalizar a raiva que sentia de algum jeito.

Ao reparar que Zé Victor conversava com a mulher, se aproxima deles, com cautela, para se inteirar sobre o assunto.

Enquanto isso, no garimpo, Gael e Lívia buscam informações sobre a mãe com Rato, que esclareceu algumas de suas dúvidas:

__ Ih, Seu Gael, a Dona Sophia não está por aqui, não! Eu estranhei, porque ela não é de ficar sem aparecer, mas não veio!

Os irmãos trocam olhares preocupados e decidem telefonar para Sophia, ainda que esteja de madrugada, enquanto voltam para casa.

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