𝖛𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝖔𝖎𝖙𝖔

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~Isa~

Assim que vi o carro de Xamã virar a esquina tive a certeza de que ele não voltaria, com razão.

Olhei pro céu suspirando, que merda eu tinha feito!

Entrei novamente dentro de casa, PK estava sentado no sofá com o queixo apoiado na mão que estava sob a perna.

- é melhor você ir pra sua casa. - falo sem nem fechar a porta.

- a gente...

- não existe mais a gente PK! -  o interrompo.

Ele encara os pés e assente indo até a porta.

- te amo. - ele fala me olhando esperando uma resposta.

- vai pra sua casa! - falo em tom calmo e fecho a porta antes que ele me fizesse ficar.

Minha cabeça doía, eu só queria deitar na cama e chorar, e foi isso que eu fiz.

Por que isso estava acontecendo comigo?

Estava tudo muito difícil pra mim, eu machuquei o cara que me amou de verdade por culpa de outro que... confundia minha cabeça.

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Acordei no dia seguinte com meu celular tocando em cima do criado-mudo.

Com pressa, peguei o celular na esperança de ver o contato salvo como "Xamãzin😍🥰" pra ter a certeza de que ele nao estava com total raiva de mim, pelo menos assim o peso saía das minhas costas.

Mas não era quem eu queria, era PK.

Bufei deixando o celular no lugar onde estava, permitindo que o mesmo continuasse a tocar.

Encarei o teto por longos segundos até o celular parar de tocar.

Meu sono já havia ido embora, ainda eram sete da manhã.

Levantei da cama, abri a janela e respirei fundo, senti uma vontade enorme de ir pra praia e assim fiz.

A praia estava muito mais movimentada do que o normal, estava começando a "temporada" de carnaval e o pessoal vinha curtir aqui no Rio.

Cheguei na praia alguns minutos depois de ter corrido, eu estava cansada.

Sentei na areia e tomei um gole da minha água.

Fechei os olhos por um tempo, pensei sobre tudo.

Eu precisava arrumar uma solução pra isso tudo.

Aproveitei a brisa por quase uma hora quando decidi finalmente voltar pra casa.

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Meu pai estava na sala vendo algo no notebook.

- bom dia mocinha. - ele falou com tom de ironia assim que me viu entrar.

- bom dia pai. - caminhei até ele e lhe dei um beijo. - o que cê tá fazendo? - sento do seu lado.

- decidi viajar pra aproveitar o carnaval com o pessoal do trabalho e tal, pensei em levar você junto pra Porto de Galinhas, o que acha?

Abro um sorriso largo.

Antes que eu pudesse responder a campainha toca.

- ooi ridícula. - Luísa fala passando por mim entrando. - oi tio Rafa! - acenou pro meu pai.

- veio fazer o que aqui? - pergunto fechando a porta.

- bom eu vim obrigar você a ir no bloquinho comigo depois de amanhã.

Olhei pro meu pai.

- o que foi? - Luísa pergunta.

- é que eu ia viajar com o meu pai...

- não filha, pode curtir o carnaval com a Luh se você quiser.

Eu queria muito viajar com meu pai principalmente pra refrescar a cabeça, mas eu também queria ir pro bloquinho com a Luísa como de costume.

- tá bom. - falo me direcionando para Luísa. - eu fico pra ir no bloquinho!

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𝐏𝐊... •𝘗𝘦𝘥𝘳𝘰 𝘏𝘦𝘯𝘳𝘪𝘲𝘶𝘦Onde histórias criam vida. Descubra agora