𝐏𝐊... •𝘗𝘦𝘥𝘳𝘰 𝘏𝘦𝘯𝘳𝘪𝘲𝘶𝘦

𝖛𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝖘𝖊𝖎𝖘

~Isa~

A semana passou lentamente.

Estava tudo uma merda, aquela treta do PK com o Xamã viralizou na internet, e obviamente fui exposta também.

Não sei como conseguiram achar meu Instagram, eu estava inativa, quando entrei na rede social me assustei com o tanto de notificações.

Era muitos comentários de hate nas minhas fotos, na DM. Nunca imaginei que um dia eu fosse ser tão odiada assim, tão exposta...

Procurei ignorar todas as mensagens e comentários, mas era quase impossível não ver as notificações na tela de bloqueio. Eu tinha um medo absurdo disso tudo afetar meu psicológico, de tudo o que as pessoas dizem fosse verdade.

Era oito da noite, eu tinha acabado de me arrumar. Estava passando o perfume quando ouço a campainha, imaginei que fosse Xamã. Me olhei no espelho rápido e desci pra atender a porta.

Abro a porta dando de cara com a figura de Pedro Henrique. Meu sorriso sumiu na hora.

- o que você veio fazer aqui? caralho você não desiste puta que pariu. - falo irritada.

- me deixa falar com você, não faz escandalo, por favor!

Ele disse entrando na minha casa.

- fala de uma vez que eu vou sair.

Ele suspirou.

- você ta tão linda... - ele disse quase me tocando, mas eu me desvencilhei.

- fala logo o que você quer.

Ele suspirou mais uma vez, visivelmente nervoso.

- Isa, desde que eu conheci você eu senti uma coisa muito louca, você mexeu comigo. Esse teu jeitinho me conquistou de verdade, você foi incrível comigo e eu acabei demorando pra admitir o que eu sentia, quando eu percebi já era tarde demais.

Eu estava derretida por dentro, mas por fora eu tentava manter a pose de brava.

O foda é que ele foi um cuzao comigo.

- me desculpa, eu prometo que eu vou fazer tudo certo dessa vez, confia em mim. - disse se aproximando e pegando nas minhas mãos.

Isso não vai dar certo...

- eu sei que fui um filho da puta com você mas, me deixa tentar, você é a pessoa que eu realmente amo e eu não consigo mais ficar longe de você, ter que ficar com outras pra tentar te esquecer.

A cada palavra que saía de sua boca parecia que minhas pernas ficavam mais bambas, aos poucos ele foi subindo a mão até o meu rosto onde passou o polegar na minha bochecha.

PK se aproximou ficando a milímetros de distância da minha boca, a essa altura eu não tinha nem palavras pra tentar negar.

Permiti que ele me beijasse, um beijo de saudade...

O beijo se "quebrou" quando a porta da sala se abriu de uma vez nos dando um susto.

- que merda é essa aqui? - Xamã fala desfazendo o sorriso dos lábios.

- Xamã eu... - fui até ele mas ele corre até a saída da minha casa. - Xamã, não foi minha intenção ter feito isso, foi pelo calor do momento. - tentei segurar ele pelo braço mas foi em vão.

- eu não acredito que você fez isso Isabela, olha o que esse cara te fez! - ele falou irritado.

- foi só um beijo. - tento apagar o fogo com gasolina.

- só um beijo? caralho! - ele ri de forma sarcástica. - eu ia te pedir em namoro hoje.

Ai merda.

Meu coração partiu no meio.

Os olhos dele se encheram de lágrimas.

- mas eu aceito! - falo antes que ele tome iniciativa pra entrar no carro.

- e quem disse que eu to te pedindo em namoro?

Engoli seco.

- eu machuquei você, me desculpa. Acho que o problema sou eu, sempre foi. - falo ficando ao seu lado olhando pro céu.

Ele estava quieto, imagino que as lágrimas já escorriam por seu rosto, eu não queria ver essa cena, eu me sentia culpada, e realmente a culpa era minha.

- você nunca me amou de verdade não é? - ele fala passando a mão no olho de forma agressiva.

- claro que amei, eu amo você, você é especial pra mim.

- se você me amasse você não teria feito isso.

- foi tudo muito rápido...

Ele suspira.

- eu nunca fui o suficiente pra você? - ele me olha.

- você é e sempre foi suficiente, não se culpa, por favor. A culpada dessa treta toda sou eu, me desculpa.

Ficamos mais longos minutos naquele silêncio horrível.

- eu vou pra minha casa.

- não vai, por favor!

- e você quer que eu faça o que aqui? que eu fique olhando você beijar o cara que fodeu com a tua vida?

Ele tinha razão.

- eu sei que você ta com uma raiva de mim, mas... eu espero que a gente se entenda, eu não quero nada com o PK, acredita em mim.

Ele me olhou no fundo dos olhos e ficou em silêncio.

- boa noite! - falou entrando dentro do carro.

- me perdoa! - minha voz saiu falhada devido a vontade de chorar.

===