Capítulo 5

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Na capa nosso querido Gabriel!

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Pela janela conseguia observar o sol nascer, já que mais uma noite se passou e não consigui voltar a dormir.  Fui consumida pelo medo a angustia e a saudades que eu sentia do meu pai.
Olhei para o relógio e já eram 6h da manhã. Me levantei da cama e segui até o banheiro com passos lentos e silenciosos para não acorda o Gabriel.


Meus olhos estavam fixos observando a imagem no espelho, meu olhar cansado me trazia desânimo,  meus longos cabelos negros escorriam pelo meu rosto.

"Porque tudo isso está acontecendo comigo? Porque depois que o papai se foi minha vida só piorou?"

Volto para o quarto e me deparo com meu amigo sem camisa olhando pela janela pensativo, enquanto os raios de sol iluminava seu rosto.
Não posso negar que Gabriel é atraente, seu corpo meio atletico e os olhos esverdeados deixava muitas garotas encantadas.
Muitas vezes éramos confundidos como um casal ou algo do tipo, pelo fato de estarmos sempre juntos e Gabriel demonstrar seu carinho por mim a todo momento. Mas ele é meu grande amigo é meu irmão. É assim que eu o considero.

-- Oi, bom dia! Conseguiu dormi essa noite? - Gabriel veste uma camisa que estava pendurada em seu armário.

-- Não, passei mais uma noite em claro- Não consigo segurar as minhas lágrimas.

-- Ei, não chora - Suas mãos quentes passam sobre meu rosto-  Vai ficar tudo bem! Eu estou com você.
Vou ajudar minha avó e depois vamos a cafeteria, tudo bem? - Ele me abraça.

Aceno com a cabeça e ele segue em direção as escadas.
Enquanto estou sozinha, aproveito para vestir o uniforme do trabalho. Ao passar a mão sobre um dos bolsos da calça, retiro um pedaço de papel.

"Procure a Eloisa, ela vai te ajudar! "

Por alguns segundos tenho o desejo de ligar para esse número desconhecido, mas no mesmo instante guardo o papel novamente em meu bolso.

-- Luísa esta pronta? - Gabriel aparece na porta.

-- Estou - Respondo.

Descemos as escadas e olhando ao redor sinto a ausência de Elisa.

-- Cade a sua avó? Ela ainda não acordou?- Pergunto com preocupação. 

-- Ela precisou sair, disse que precisava resolver algumas coisa. - Ele responde.

Gabriel pega as chaves e saímos para ir até o trabalho, o caminho era longo, então achamos melhor seguir de ónibus, havia um ponto a dois quarteirões dali.

Era mais um dia frio em Londres, as folhas das árvores se balançava como se estivesse dançando sobre a brisa leve que soprava. Sentei em um banco próximo a janela e fiquei observando as casas, escolas e mercados que estavam pelo caminho.

Depois de alguns minutos chegamos ao nosso destino. Gabriel abriu a cafeteria e logo começamos arrumar as coisas para receber nossos clientes.

Foi uma manhã agitada como todas as outras no Mistral Cafe. Depois que o movimento foi diminuindo aproveitei para sentar em uma das mesas que ficava do lado de fora e me dei ao luxo de me servir com o melhor café que tínhamos enquanto observava o movimento nas ruas. Algumas pessoas passavam pelo local seguindo para seus trabalhos, crianças acompanhadas de seus pais a caminho da escola.
Parecia ser um dia calmo e normal.

A verdade por trás de um Sonho [ CONCLUÍDO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora