Claudia Stilinski observou seu filhinho, seu bebê, andar pela preserve com uma arma em mãos, fazendo de tudo para pará-lo, tentando pegar a arma, tentando o segurar e o confortar, mas nada adiantava, ele continuava o seu caminho.
Sua dor cresceu enquanto observava seu lindo menino que sempre precisou de mais de um cobertor para se sentir quente e seguro em sua cama escorregando na cama, seu garotinho havia trocado seu ursinho de pelúcia por um travesseiro há muito tempo, mas como Blob o travesseiro era sempre necessário para garantir um sono tranquilo para o seu pequeno. Ela assistiu com tristeza o filho se envolver nas folhas da preserve, com um olhar perdido, sem saber o que fazer além de assistir.
Claudia podia sentir a vida que criara, a que tanto amara desde o segundo em que suspeitava estar grávida, escorregar. Seu filho, seu valente garotinho, já havia passado por tantas coisas, fazendo o melhor para lidar com tudo sozinho, porque temia sobrecarregar qualquer outra pessoa com suas tristezas e medos; e ela queria amaldiçoar o marido por sua cegueira, queria bater no melhor amigo do filho por não estar lá para o filho, e queria perguntar ao lobo que roubara o coração do filho e o estilhaçara se estivesse satisfeito consigo mesmo.
Mas ela não podia fazer nada. Ela só podia se sentar no chão e ver sua maior criação partir.
- Por quê? Por que minha pequena luz? – Claudia perguntou enquanto as lágrimas que nunca encharcariam os tecidos de seu vestido ou as roupas de seu filho de seus filhos dançaram pela sua pele pálida, ela ouviu o tiro e o seu coração dar seu último batida. Ela sentiu o momento em que seu filho deixou a concha mortal que ele habitava por apenas uma quantia lamentável de dezessete anos, foi como um estalo e um puxão dentro dela.
- Por quê? – Uma voz familiar e tímida perguntou pequena e jovem como se tivesse sido anos antes de ficar doente demais para cuidar dele como a mãe deveria. Claudia desviou o olhar do corpo que o garoto deixara e vê o mesmo garoto com os seus 17 anos de idade, cabelos castanho-amarelados grossos e bagunçados em sua cabeça, e se sentiu em pé antes mesmo de decidir faça isso.
- Eu não era forte o suficiente. – respondeu ele, parecendo pequeno e envergonhado, lindos olhos castanhos e melosos, chorosos e apologéticos. – Sinto muito, mamãe.
Claudia pegou o filho como fizera outrora e abraçou-o com força porque sentia muito a falta dele.
- Tudo bem, baby, está tudo bem. – ela-disse ao filho, beijando suas lágrimas de vergonha. – Eu não estou bravo. Eu não culpo você. – E Claudia não culpava seu filho, e ela não estava brava com ele, se alguma coisa ela culpava aqueles ao seu redor, ela culpava as pessoas que ela confiava para cuidar de seu garotinho quando ela não conseguia.
- Senti sua falta, mamãe. – Stiles disse, enterrando o rosto no pescoço dela, a familiaridade dele a fez sorrir.
- Eu também senti sua falta, baby. – ela disse enquanto caminhava em direção à luz que acenava para o seu retorno e para que seu filho se juntasse, ela não voltaria a este mundo dos vivos novamente até que ela e seu filho tivessem que buscar o marido e, esperançosamente, já o perdoara pela negligência que mostrara ao filho.
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Brincar De Morrer (Completa)
WerewolfA escuridão em volta de seu coração aumenta, na mesma proporção que a sua solidão. (...) Você chora pela perda de seus amigos. Você chora com o afastamento das pessoas em sua volta e vê uma katana imaginária em suas mãos. (...) Disseram que não era...