Até quando eu me deixei ser trouxa.
Eu sempre tive medo de me expressar e magoar as pessoas. Eu queria que as pessoas gostassem de mim e eu fiz disso minha missão.
Sente assim, por que uma moça senta assim.
"Fale baixo, por que uma mulher não pode ser histérica."
"Se vista assim, por que uma mulher se veste decente. "
"Aprenda a fazer os afazeres doméstico cedo, por que um homem não que se casar com uma mulher preguiçosa. "
Eu sempre escutava isso. Me incomodava, mas eu não queria dizer o contrário e me magoar.
Eu tinha um tio que ria toda vez que falava que aos meus 05 anos eu falava "eu não vou me casar. Não quero lavar cueca e meia suha de homem nenhum."
Eu sei que não é só isso que ocorre em um casamento, mas foi isso que eu cresci vendo. Eu sabia que não era isso que eu queria para mim. E eu só tinha 05 anos. Mas eu me pergunto , o que mudou ?
O medo de magoar as pessoas e a vontade de sempre preferir ser magoada a magoar as pessoas.
Então eu me mudei, comecei a escrever sobre o que pensava e a me vestir como eu queria e como eu achava ser certo. Cortei o cabelo e pintei as pontas, fui pra faculdade e consegui um emprego.
Comecei a ser mais eu sendo uma rebelde contra o machismo que me ensaiaram a aceitar , a respeitar, do que simplesmente só sorrindo calada para não ferir o ego das pessoas.
Me redicalizei.
Me completei de mim mesma e liguei o foda- se e mandei todo mundo ir a merda, como nunca me deixaram fazer antes. Então ,compreendi que estava deixando de ser trouxa e comportada á rebelde feliz. E eu tive que aprender a ser feliz comigo, sem se incomodar com a opinião do outro sobre mim e o meu modo de ser , de pensar.
Juniara C. Lopes.
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Tente Me ouvir
General FictionEsse livro conta a minha história. Então eu lamento não resumir aqui do que se trata, mas pra não matar um ou sei lá quantos de tédio ou curiosidade...basicamente vou lhes contar sobre a minha adolescência esquisita e minha juventude filosófica. Vou...
