Our Tree | Fillie

Sad Boy

Millie on

Quando chegamos em frente da sorveteria, lembrei instantaneamente do dia em que Finn me levou até o parque, já que o nome era o mesmo da que havíamos acabado de entrar, mas expulsei esse pensamento. Meu foco era Noah, e ser uma boa amiga a ele em um momento que ele mais precisava do meu suporte.

Assim que entramos, um sino que ficava na porta soou, e alguns olhares foram direcionados a nós dois, principalmente porque continuavamos abraçados e rindo de coisas aleatórias e sem sentido.

O que fez parecer que estávamos juntos, como mais que amigos.

Encarei Noah, ele fez o mesmo, e rimos ainda mais enquanto seguimos para uma mesa de canto, ele se sentou à minha frente.

- parece muito que a gente namora, pelo amor de Deus, essas pessoas não sabem o que é amizade não? - ele perguntou, dizendo em um tom que a grande parte do local pudesse ouvi-lo.

- pois é, né. Fico chocada, credo. - falei entre risos de ambos.

Logo em seguida chegou uma garçonete para que pudessemos fazer nossos pedidos.

- e aí, vai pedir o que, Mills?

- eu que te pergunto, você que é o Sad Boy aqui, não eu. - a garçonete nos olhou confusa mas logo em seguida ignorou, deixando os cardápios na mesa e se retirando.

- menta com chocolate?

- Noah, é sério que você quer superar a Sadie com sorvete de menta?

- não é superar, e... por que não?

- o certo é chocolate.

- desde quando há um sabor "certo" - simulou aspas - de sorvete, Brown?

- é claro que tem. Aí credo, você não me entende.

Ele riu e chamou um garçom que estava passando.

- vou querer um de menta com chocolate, e você Millie?

- ahm... Pode ser de morango.

- já, já trago o pedido de vocês. - ele sorriu e se distanciou.

- gente, gostei dele. - pensei alto.

- Millie?!

- oi?

- você namora - ele riu e tampou a boca para disfarçar.

Eu o encarei e não conseguimos segurar a risada, tanto é que ficamos assim até que o garçom voltasse com nossos pedidos.

Típico de amigos idiotas que não podem olhar nos olhos um do outro a não ser que queiram rir eternamente.

- aqui.

- obrigado. - Noah falou.

- por nada. - ele respondeu e saiu.

- eu ainda acho que você devia ter pedido chocolate. - disse mexendo no meu sorvete com a colher para irritar Noah.

- e eu ainda acho que você devia calar a boca. - me olhou, sarcástico.

♡♡♡

- mas obrigado por isso, Mills.

- aí credo, papo fofo alert. De. Novo.

- é sério. - ele riu enquanto a gente saia da sorveteria.

- eu sei, perdão, não segurei... Mas obrigado pelo o quê?

- por ter conseguido fazer eu parar de pensar tanto em tudo que acontece, ou deixa de acontecer na minha vida, mesmo que tenha sido com seu jeito e piadas idiotas.