“Não vá, tudo vai se esclarecer meu amor! Você e forte, você e corajosa, dentro de você tem um poder inanimado.” uma lágrima escorria do olho do homem, seus cabelos quase loiros brilhavam com intensidade na luz do sol, a loira so sabia pensar em como ele era gentil e carinhoso, ve-lo chorando também a machucavá, sua boca se mexeu mas, nenhum som saiu de lá, o homem fechou os olhos e uma lágrima desceu por suas bochechas “claro! Eu sempre estarei com você.” uma forte luz iluminou seja lá onde estavam, a loira foi puxada para baixo um forte impacto.
A ruiva abriu os olhos de imediato, um frio percorreu seu corpo inteiro, a janela a sua esquerda estava aberta entrando o ar frio do lado de fora, ela apressou o passo indo do outro lado do quarto fechar a janela. O ar frio a inundava, o frescor de ar puro inundou seus pulmões, foi então que notou que ainda estava nua, seu rosto se virou para a mesinha do seu lado com seus costumeiros cigaros. Em uma baforado a nicotina passou por seus pulmões se espalhando no ar de fora da janela, seus olhos se voltaram para a mulher que estava sem roupas em sua cama “Quero sempre ter essa visão. Como eu amo essa mulher!.” pensou consigo mesma com um largo sorriso no rosto, seu sorriso se desfez rapidamente com a figura do homem do outro lado do quarto apenas seus olhos azuis brilhando, o peito da ruiva se afundou ‘Está com medo meu amor?’ a voz do homem era quase em um sussurro ‘como entrou aqui? O que você ta fazendo aqui?’ aurora jogou seu cigaro pela janela e voltou sua visão para o homem, ele saiu da escuridão e foi ao encontro da morena na cama ‘Não toque nela!’ a ruiva soltou quase em um rosnado, o homem sorriu em deboche ‘não se preocupe! Eu nunca machucaria ela, afinal, dizem que os parentes são importantes' ele revirou os olhos e sentou na cama passando um dedo em suas costas, aurora permaneceu em choque ao lado da janela “parentes?” sua mente havia dado um nó, fernando se levantou e seguiu em sua direção, sua postura ficou rígida, a respiração da ruiva ficou presa na garganta ‘Orás, parece que sua quedinha por mulheres continuou?, aquela última vez não te ensinou nada?.’ o homem parecia intocado pelo tempo, o choro ficou preso na garganta, aquela noite que deixou cicatrizes frescas em seu corpo ao longo do tempo sempre se repetia em sua cabeça ‘o que foi? O gato comeu sua lingua?.’ a voz do homem era grave, estava a pouca distância de aurora ‘o que você está fazendo aqui? Quer terminar de destruir a minha vida? Porque não me matou naquela noite?’ a ruiva rosnava pelos destes quase em um sussurro, o homem virou de costas rindo ‘Eu? Bem… não te matei porque infelizmente não posso, você me destruiu primeiro, eu so encontrei um caminho mais facil para destruir você também, alias, sua filha dorme como uma pedra, parece com você.’ a ruiva sentiu um ódio intenso invadir seu corpo, do que ele estava falando?, isso era um sonho? Mas, parecia muito real. ‘como ousa falar da minha filha? Nunca mais à toque, e me deixe em paz… na próxima vez que se aproximar de nós, sua cabeça vai se encontrar nas suas entranhas.’ aurora estava estava com as mãos em volta do pescoço do homem o pressionando contra a parede, seus próprio olhos emanavam raiva, por um momento conseguiu ver medo no olhar do homem que estava quase sem folego, ele começou a rir em deboche o que acordou a ruiva dos seus devaneios e soltou ele da parede ‘foi a coisa mais deliciosa que alguém ja me disse… fiquei excitado… mas, tenho que ir, a gente se encontra por ai.’ ele disse passando as mãos em volta de seu próprio pescoço e colocou um dedo na testa da ruiva.
Aurora acordou novamente assustada olhando ao redor do quarto inteiro “aquele infeliz…” pensou consigo mesma, ainda estava inquieta, cada palavra do homem estava fresca em sua cabeça, o olhar que ele lançava a ela fazia à tremer de cima a baixo “foi um pesadelo?” aurora tentou pensar novamente mais calma, foi tão real, seu peito descia e subia deliberadamente. Uma mão tocou suas costas o que a fez pular ‘calma. O que foi?’ a voz rouca da morena desacelerou seu peito, a ruiva voltou seu olhar para a morena que agora estava passando as mãos pelos olhos e bocejando ‘hum?… nada, só um pesadelo.’ aurora deitou-se na cama novamente, olhando nos olhos de mary “meu deus! São tão azuis!.” um pequeno sorriso se formou em seus lábios, enquanto olhava a morena, mary sorriu de volta e puxou a ruiva mais perto ‘pensei em ter escutado vozes a noite, falando nisso… estava tão frio‘
a morena pronunciou, aurora ficou em choque “então foi real?” ela apertou mary em seus braços ‘eu também.’ disse por fim, uma voz ecoou em sua cabeça novamente “alias, sua filha dorme como uma pedra, parece com você” em um pulo se levantou procurando uma camisola qualquer e foi rumo ao quarto de mariane com mary correndo atrás dela preocupada. Seu peito se aliviou ao notar que marie dormia tranquilamente, entretanto, a forma em que dormia aos olhos de outros parecia bem desconfortavel, seus pés estavam na cabeçeira da cama, uma metade do corpo pra esquerda e outra pra direita é estava babando no travesseiro “ughhh” aurora balançou a cabeça e saiu do quarto, uma mary curiosa a olhava ‘o que foi isso?’ a ruiva passou as mãos em volta de sua cintura à olhando nos olhos, de repente uma vontade de beija-la tomou conta de sí, antes de mary abrir a boca para falar algo a ruiva selou seus lábios com um beijo ardente e cheio de amor, a ruiva encostou mary na parede, suas linguas se tocavam com vontade e leves suspiros alterados saiam da morena ‘bom dia!’ a ruiva quebrou o beijo com suas testas coladas, mary respirou profundamente ‘O que eu posso fazer pra ser acordada toda vez com esse bom dia?!.’ a morena riu olhando para a ruiva ‘hum… nada, já está anotado seu pedido querida.’ aurora se desvencilhou e voltou para o quarto um pouco mais aliviada mas, sua cabeça ainda estava em um turbilhões de pensamentos e emoções.
Aurora olhava para o teto do quarto pensando, os pés de mary tocavam seu rosto levemente, a morena olhava para o teto também, seus corpos estavam emaranhados na cama ‘mary?’ a ruiva começou, a morena levantou a cabeça levemente do outro lado da cama ‘sim?’ aurora começou uma massagem em seus pés ‘você tem irmãos ou irmãs?’ sua voz saiu despretensiosa, a morena ficou calada por um momento ‘não sei… acho que sim. Eu nasci aqui e por algum motivo fui parar em um orfanato no Brasil depois do meus nove anos, na minha certidão de nascimento so tem o nome da minha mãe, nunca pesquisei a fundo pra saber, depois daquelas lembranças horríveis que tive dela me considerei filha do mundo, provavelmente tenho irmãos por ai.’ mary parou de falar e soltou um suspiro longo, aurora continuou massageando seus pés ‘você sabe quantos anos ela tinha?’ a morena fechou os olhos ‘so sei que era bem velha, me lembro bem pouco dela mas, até quando eu era pequena parecia que ela era minha vó.’ aurora riu baixinho com a afirmação da morena, o pé de mary se desvencilhou das mãos da ruiva que olhou atentamente, até o pé de mary ir em sua direção e acertar seu rosto ‘Ai! Mary, sua louca.’ a ruiva colocou a mão no rosto fingindo dor, mary gargalhou ‘ahum, nem doeu! E pra você aprender a não rir de coisa séria.’ aurora começou a rir também. Um forte grito e vozes vieram do lado de fora, as mulheres se entreolharam e deram um pulo da cama ‘oh Deus! Me proteja nesse dia porque eu vou infartar.’ a ruiva proclamou bufando sairam do quarto as pressas e adentram o quarto de marie mas, não tinha ninguem.
Entretanto, não precisaram ir muito longe pra ver da onde vinha todo esse burburinho, logo na escada no hall, uma mulher loira perturbada andava de um lado para o outro com a amiga de marie tentando acalma-la e mariane a sua frente falando algo inaudível até então ‘O que está acontecendo aqui?’ a ruiva perguntou descendo as escadas, a loira mais velha estava furiosa ‘A senhora pode me explicar do porque voltou pra tauret e não me avisou? Aurora! eu vou te bater.’ a loira falou parando na frente da ruiva, foi então que aurora notou que era sua melhor amiga, estava um pouco mais velha mas, continuava praticamente a mesma ‘HOCK!!’ a ruiva praticamente gritou pulando em seus braços, os olhos das duas estavam marejados, a ruiva se desvencilhou com um sorriso no rosto ‘que saudade amiga! Eu não sabia que agora você estava violenta!.’ a loira riu ‘talvez seja porque a minha irmã voltou pra cidade onde ela desapareceu do nada depois de DUAS SEMANAS, e não me avisou!.’ as duas se abraçaram novamente, as duas conversaram furtivamente esquecendo que havia mais três mulheres as olhando sem entender nada, até as duas irem de braços dados para outra sala deixando as três para trás ‘Bem… irmã é? Eu sou sua prima angel?.’ marie perguntou se virando para a loira ‘aparentemente sim.’ um momento de silêncio se fez até as duas se olharem de novo e começarem a gritar e se abraçar, as duas subiram escada a cima deixando mary sozinha no hall ‘essas mulheres são loucas… bem… acho que sou so eu.’ a morena deu de ombros indo em frente da lareira já apagada.
‘Amigaaa! Que sorte a minha filha encontrar a sua…’ hock parou de falar e tentou encontrar uma palavra certa ‘filha.’ a ruiva falou por fim, hock a olhou ‘ai Deus não me acostumei, filha! FILHA!!! Eu nunca imaginei minha irmã tendo filhos, EU TENHO UMA SOBRINHA.’ a loira gritou na sala se jogando contra no sofá, a ruiva começou a gargalhar ‘mas as contas não batem, como a angelic e a mariane tem a mesma idade?’ a loira continuou ‘marie e adotada, ela apareceu na minha porta logo depois que cheguei na cidade onde eu morava, eu não aguentei ver aquela criança tão fofa sendo jogada igual pano de prato sujo, entre as autoridades.’ uma lágrima sorrateira desceu por sua bochecha ‘Wooww amiga! Mas ela te encontrou agora ela e sua filha, é minha sobrinha!! Agora podemos falar de coisas chatas que so mães entendem.’ hock falou animadamente batendo as mãos, a ruiva se animou quase se esqueceu do jeito doido que a amiga era ‘angelic cresceu tanto, nem a reconheci, agora elas duas são amigas como nos fomos.’ aurora sorriu lembrando do tempo em que as mulheres eram crianças, adolescente e adultas, sempre passaram cada etapa juntas, as duas discutiram piamente cada assunto que se lembravam até mary apareceu na sala para conversarem, aurora notou com mary e hock se davam bem “duas loucas e tagarelas juntas” a ruiva sorriu para sí mesma mas, um pensamento do pesadelo que teve com fernando levou para o fundo do seu sub consciente e ficou perdida até uma voz a chamar ‘aurora! Aurora! Hey!’ mary passou uma mão por seu rosto a acordando ‘desde que me entendo por gente aurora e assim, parece que entra em outro universo.’ hock falou divertido as olhando ‘acho que é melhor trazer algumas bebidas, abigail?!’ uma mulher com uniforme de cozinheira apareceu apresada ‘prepare um chá para nós… eu vou junto para ajudar trazer.’ mary se levantou e passou o braço pelos ombros da mulher que seguiu animada, hock se virou para a ruiva divertida ‘então quer dizer que você e ela finalmente… "conversaram".’ a loira fez aspas com as mãos e a ruiva corou levemente ‘Não sei do que você está falando.’ aurora desviou o olhar e hock começou a rir alto ‘por favor né aurora, eu te conheço a mais de trinta anos, eu vejo o jeito que vocês se olham! e se você não sabe… eu ainda lembro daquele natal de 2001 que vocês se beijaram achando que eu estava dormindo.’ aurora corou profundamente e estampou um sorriso envergonhado, a loira cerrou os olhos ‘Nãooo! Vocês transaram.’ hock colocou a mão na boca sorrindo ‘HOCK!!!’ aurora falou exasperada ‘hum… pelo jeito foi mais de uma vez.’ a loira sussurrou não contendo o riso ‘Ok!, talvez sim, talvez eu tenha dito que ame ela também.’ Hock parecia chocada mas, ainda assim muito animada ‘Eu sabia!! Eu te conheço sua piranha safada!, ai amiga eu to tão feliz!!.’ a loira pulou da poltrona e abraçou a ruiva ‘É quando vai ter casamento? Quero ser madrinha de honra.’ a loira voltou para a poltrona ‘não pensamos em casamento ainda. Eu tenho mais de quarenta Hock, o casamento não e muito importante.’ a loira deu de ombros e adentraram em outros assuntos até mary reaparecer com os chás. Sempre que mary encostava na ruiva, Hock colocava a boca na xicara e ria levemente para aurora, a loira tinha um jeito impressionante de deixar tudo malicioso, a ruiva estava rezando para que a loira não fosse tão boca aberta como sempre foi. ‘Mary, você e bastante divertida, até que enfim te vi depois daquele dia na praça.’ a loira sorriu divertido ‘Puf… aquele dia… senhor, eu estava afogando as magoas naquele baseado, acho que foi aquilo que me deixou tonta e me fez viajar o mundo todo!’ a ruiva olhava para ela um pouco pasma ‘realmente, acho que tinha algo mais naquela erva, acho que misturaram com merda de cavalo.’ as duas mulheres começaram a rir alto ‘fiz coisas que quase me deixaram grávida pela segunda vez.’ a loira continuou, a ruiva olhava ainda mais divertida as duas.
‘Mãe! Papai ligou e disse que o plantão é seu hoje.’ angelic apareceu na sala, foi então que aurora se sentiu estupida, como não se lembrou da própria sobrinha, era a mesma, com o mesmo rostinho angelical, e os cabelos loiros agora ondulados ‘Ah! Que pena, eu tenho que ir, infelizmente, tenho que cumprir o plantão do robert hoje mas, qualquer dia eu apareço ou vocês vão lá em casa.’ Hock se levantou da poltrona desanimada ‘Com certeza.’ a ruiva se levantou abraçando demoradamente a loira, as duas se despediram mais um pouco até a porta da frente do hall de entrada ‘Ai! Deus senti tanta falta de você, e se você sumir de novo eu arranco suas orelhas.’ Hock falou dando um último abraço ‘eu também te amo Hock.’ aurora disse debochada, a loira se virou para marie ‘tchau! Marie, minha sobrinha… Que legal, minha sobrinha!!.’ Hock disse animada batendo palmas ‘tchau! Angelic, parece que foi ontem que você era uma menininha gorduchinha que vivia me chamando de tia quando me via.’ a garota começou a rir e abraçou aurora ‘Eu me lembro tia, você era tipo uma divindade pra mim.’ aurora a abraçou com força, seu peito estava quente, marie abraçou as duas tambem até que todas estavam em um abraço em grupo. Após se despedirem foi então que a ruiva notou que já passavam das sete da noite, conversaram por um longo tempo ‘que dia agitado. ganhei uma prima é uma tia em um dia...’ marie falou, a ruiva apenas concordou ‘Muito agitado mesmo. Quase apanhei da Hock.’ a ruiva riu e balançou a cabeça ‘Acho que vou pro meu quarto, tchau mamãe!’ marie beijou o rosto da ruiva é voltou correndo por toda a escada. ‘Mary!? O que acha de fazer uma pesquisa amanhã?.’ aurora perguntou indo em sua direção ‘sobre?’ mary a olhou com as sobrancelhas levantada ‘sua vida.’ a morena olhou para aurora confusa mas, deu de ombros ‘claro, porque não?!’.
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NADA É O QUE PARECE
Mistério / Suspense{CONCLUIDA} Fanfic Aurora mezoto tem sonhos vividos de sua vida passada; olhos azuis que à miram em uma tapera rodeada de bêbados. Problemas encubados em sua historia que mais tarde atormenta sua mente, problemas familiares, e misterios em sua vida...