TODO

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   Sua visão se estendeu por todo o lado, estava em um lugar completamente branco, ela olhou para seus braços e estavam totalmente normais. desorientada apenas andou sem rumo por horas. Um fraco caminho de pedras apareceu, ela se apressou como se aquele caminho fosse sua salvação, antes de atravessar a linha daquela sala e do caminho uma voz a chamou ‘Não vá, ainda não.’ a ruiva se virou completamente em choque, uma linda mulher de cabelos negros e olhos verdes estava a sua frente ‘Oh! Minha querida, não atravesse, ainda não chegou sua hora, é você não iria querer vagar por todo aquele lugar.’ a mulher se aproximou colocando as mãos em sua bochecha, a ruiva sentiu algo reconfortante como se fosse o carinho de sua mãe ‘Quem é você?’ a ruiva disse enfim com a voz rouca, a mulher a sua frente sorriu largamente ‘Você sabe quem sou.’ aurora sentiu seu interior se esquentar, sua mãe estava diferente, muito diferente ‘Mamãe?, mas como…?’ a mulher segurou sua mão com firmeza ‘Não me pergunte eu também não sei. minha filha eu te vejo a tanto tempo, mas ainda sim você parece a minha menininha' os olhos da mulheres brilharam de alegria, a ruiva estava claramente confusa com tudo isso, a mulher pegou sua mão e caminhou no meio daquele lugar branco, um banco apareceu logo em seguida, as duas sentaram-se e como magica um parque esplendoroso apareceu pessoas indo e vindo brincando por toda a parte mas, aparentemente não notaram as duas mulheres ‘Não se preocupe, ninguem verá a gente aqui, agora vamos… pergunte-me.’ a mulher sorriu calorosamente ‘Onde estou?’ a ruiva olhou confusa por todo o parque ‘Salt clarice não se lembra?’ aurora sorriu com as lembranças que vieram a sua mente, o sol do verão batendo em seu rosto, não tinha mais que quatro anos de idade, corria por toda a colina enquanto sua mãe a olhava cuidadosamente, agora a colina estava diferente a tanto tempo que não via ela. ‘Não aqui. onde aquele lugar branco fica?, porque estou aqui?’ a mulher pareceu pensativa ‘Esse lugar fica entre nada e tudo, nós espíritos esperamos que nossa alma regresse mas, ficamos presos aqui, muitos espíritos confusos atravessam a fronteira e acabam perdidos no umbral.’ a mulher olhou em volta com lágrimas nos olhos ‘Eu… eu estou morta?’ a ruiva falou em choque, seu coração se despedaçou, a morena sorriu para ela ‘Não, minha querida!, você não está morta, seu corpo hospedeiro está na terra se recuperando mas, sua alma está aqui… você também ira se recuperar aqui.' Aurora sorriu em alivio, e em um impulso abraçou a mulher com força, minutos se passaram em seu abraço ‘porque so tem nós duas por aqui?’ aurora levantou a cabeça enxugando as lágrimas, a mulher soltou uma leve gargalhada ‘Quem disse que so tem nós aqui?, a milhares de outros espíritos vagando por ai, olhe direito…’ a mulher virou o queixo da ruiva com ternura para o parque ao seu redor, realmente havia outras pessoas seguindo alguns vivos, e era mais que facil de diferencia-los, alguns espíritos tinham uma corpo cinza como se estivessem levando a tristeza em seus ombros, outros emanavam uma luz reconfortante como se fossem anjos da guarda atrás de algumas pessoas, a ruiva notou uma pequena menina vindo na direção da duas, a mulher ao seu lado estendeu o braço para pega-la no colo ‘oi minha querida! Como vai?.’ a morena se virou para a pequena em seu colo sorrindo, seus cabelos eram um ruivo encaracolado, seus olhos eram tão verdes quando azuis misturados, sua pele era morena parecia um pequeno anjo. ‘estou bem vovó, mamãee!!’ a pequena pulou do colo da outra mulher e abraçou fortemente aurora, ela arregalou os olhos em surpresa ‘mamãe?.’ ela disse para a mulher do seu lado, a mulher apenas sorriu com os olhos marejados ‘Ela é sua, mas nunca poderia ter nascido, era seu destino.’ a mulher sussurrou para aurora, a ruiva olhou para a menininha em sua frente e sentiu algo reconfortante ‘Oi, minha filha!’ sua voz saiu trêmula, a menina sorriu alegremente ‘quando eu tava na sua barriga, eu ouvia seu coração, e sua voz, mas um dia a vovó me pegou no colo e disse que tinhamos que ir embora.’ a menininha sorriu e passou a mão no rosto da ruiva, aurora sorriu tristemente e beijou a bochecha da menina ‘que tal você ir la brincar com as outras crianças em?!’ a morena disse com um sorriso animador pegando a menina no colo e colocando no chão, a menina pulou em contentamento e saiu correndo, aurora sorriu para a menina ‘não se preocupe ela vai ficar bem.’ a morena olhou para aurora, e a puxou ambas se levantaram do banco indo em direção as arvores ‘Minha princesa… eu quero que você me perdoe, eu so posso regressar se você me perdoar' a morena parou bruscamente olhando a ruiva ‘mas você não fez nada.’ a ruiva olhou em cunfussão para a mulher ‘fiz… infelizmente tomei atitudes erradas no passado, e machuquei pessoas e você… teve um motivo para o seu pai ter te colocado no colégio interno longe de mim… porém, você vai descobrir quando voltar.’ a ruiva olhou para a mulher com o queixo tremendo, seus olhos estavam cheios de lágrimas novamente ‘mamãe eu te perdoo.’ como um alivio a ruiva falou passando os braços em torno da morena a abraçando, ambas as mulheres se emocionaram, um grande feixe de luz se fez no meio da floresta ‘e minha hora, meu amor você tem que voltar, fique longe daquele homem, eu sempre te olharei de onde estiver.' Sua mãe depositou um beijo em sua testa, com um grande sorriso ela entrou na luz desaparecendo, aurora instantaneamente ouviu vozes muito altas perto de seu ouvido, uma grande escuridão se fez e o parque onde estava desapareceu, sentiu seu corpo sendo puxado para trás em um baque.
   
A voz rouca e chorosa de uma mulher ecoava por toda a sala, ela falava coisas inaldiveis, como se ficasse em sã consciência ainda de olhos fechados aurora reconheceu sua voz ‘Mary…’ um fio de voz foi solto de sua boca, aurora abriu seus olhos com cuidado, a claridade das luzes praticamente a cegava, olhos azuis a fitavam assustada, tubos estavam em seu corpo por toda a parte, em desespero tentou arrancar, mary segurou sua mão a abraçando tentando acalma-la, o corpo da ruiva doia e ardia como se tivesse sido atropelada por um caminhão em chamas. Mary correu para a porta chamando enfermeiros, uma grande equipe adentrou a sala rapidamente, a ruiva olhava tudo assustada, exames foram feitos por todo o seu corpo. a morena havia sido arrastada para fora da sala, a ruiva estava mais que confusa, depois de muitas horas os médicos sairam animados com a recuperação da ruiva era praticamente um milagre, eles tinham dado alguns analgésicos para ela e tirados os tubos, aurora estava descansando quando Mary adentrou a sala apressada a abraçando, seu sorriso era enorme ‘MEU DEUS!!! Você acordou, eu achei que…’ mary segurou o choro mas, uma pequena lágrimas escapou de seus olhos, a ruiva abraçou mary com mais força, seus olhos brilhavam ‘o que aconteceu?’ mary levantou a cabeça em cunfussão ‘você não se lembra?’ a ruiva apenas balançou a cabeça em negação, a última coisa que se lembrava era de fernando a segurando contra a parede, a morena abriu a boca e fechou várias vezes antes de falar parecia incerta ‘não sabemos ao certo mas… você foi encontrada desacordada em sua casa, tinha sangue… muito sangue… seus corpo estava todo cortado, achei que você estivesse…' mary parou de falar e começou a chorar ‘eu cheguei na sua casa, no meio da noite, eu sentia que algo estava errado e te encontrei… dentro de uma sala… foi horrível a cena, a polícia está atrás do seu marido a… três meses mas, parece que ele simplesmente sumiu' aurora franziu o cenho ‘três meses?, eu estou em coma por três meses?’ mary assentiu enxugando as lágrimas, a ruiva sentiu tido seu mundo desmoronar, parece que foi ontem… ela olhou para o seu braço estava com pequenas cicatrizes como se tivesse arranhado ‘mary me de um espelho.’ a ruiva estava com medo do que veria, lágrimas escorreram por toda a sua bochecha, mary arregalou os olhos em preocupação mas, saiu da cama e foi até sua bolsa, entregou o pequeno espelho para aurora ‘Oh!! Graças ao universo…’ a ruiva exclamou um tanto quanto aliviada pelo menos seu rosto estava intacto, sua cabeça esta enfaichad, seus olhos continham olheiras enormes sua boca tinha leves cicatrizes de corte, devolveu o espelho a mary, a morena olhava com intensidade para a ruiva esse momento foi cortado com Hock adentrando a sala de pijama com a pequena angelic nos braços, ela estava ofegante e com um sorriso enorme no rosto ‘AURORA!!, Ainda bem, meu deus! Como você se sente.’ a loira se aproximou abraçando a amiga com força ambas as mulheres choraram de felicidade, mary se afastou para sentar na poltrona do outro lado da sala, angelic abraçou o pescoço de aurora com um alegre sorriso ‘estou bem’ disse por fim. Poucos minutos depois a sala estava cheia de gente Rosalina e lionel chegou logo depois com grande euforia, todos pareciam que havia acabado de acordar, uma enfermeira adentrou a sala expulsando a grande maioria das pessoas, Mary, Hock e Rosalina ficaram para ver aurora e conversar um pouco mais ‘Você quase matou a gente do coração, se eu pegar aquele safado do seu marido eu "iahamm" nas bolas dele.’  Rosalina disse fazendo movimentos com a mão e o joelho, todos deram longas gargalhadas ‘mamãe o que são bolas.’ angelic perguntou puxando a saia de Hock, a loira corou com intensidade, todos ficaram em silêncio constrangidas ‘bolas, são coisas que homens tem, e que se a mulher bater com força pode machucar.’ mary falou do outro lado da sala, atenção foi virada totalmente para ela, angelic correu até mary ‘então quer dizer que eu posso bater nas bolas dos meu amigos?’ mary gargalhou para ela sorrindo ‘não, só quando eles te pertubarem’ a conversa pareceu fluir entre mary e a garotinha, aurora sorriu em ver aquela cena ‘porque a mulher do ex presidente está aqui?’ a loira sussurrou para aurora ‘Hock… ela e minha…’ antes de concluir a frase seu pai adentrou a sala ‘minha filha!!!’ todas olharam para ele perplexas ‘papai!’ Hock olhou para eles com o cenho franzido e sussurrou ‘papai?!’ a ruiva assentiu com timidez ‘Eu vou matar aquele filho da pu…’, ‘hey, tem criança na sala’ mary gritou o interrompendo ‘Você não e o único’ Rosalina falou parada perto da porta para sair, Hock sentiu que aquele momento era familiar e saiu com angelic da sala muito confusa, os três se olharam ‘Oh! O que ele fez com você?’ o homem se aproximou da ruiva, aurora nunca viu seu pai chorar em toda sua vida, seu coração se quebrou, eles apenas se abraçaram com ternura. aurora notou que seu pai havia envelhecido consideravelmente bastante desde a última vez que o viu, e estava com uma bengala bem estilosa, seu pai por mais velho que estivesse sempre queria estar apresentável. mary se juntou a eles, conversaram agradavelmente e ficou mais que decidido que ao sair do hospital a ruiva pousaria na mansão dos mézotos por um tempo, Mary insistiu em ficar no hospital com a ruiva, e joseph apenas assentiu em concordancia, afinal, não aceitava que sua filha ficasse sozinha.
     ‘COMO ASSIM ELE É O SEU PAI?’ Hock gritou com os braços cruzados encarando a ruiva ‘Eu não via o porque de dizer algo assim, ele me colocou no colégio interno quando eu tinha sete anos, e so fui conviver com ele depois dos dezessete, não o considerava meu pai.' Aurora olhou para suas mãos, sabia que mentiu por muito tempo para hock mas, ela realmente não o considerava seu pai ‘Mas você mentiu pra mim.’, ‘é isso mudaria alguma coisa?, você nunca desconfiou que meu sobrenome era mézoto?’ a loira desvencilhou os braços parecendo um pouco pensativa ‘É não mudaria nada... eu achei que fosse conhecidencia seus sobrenomes serem iguais, como eu sou burra.' A loira riu para sí mesma, aurora sorriu para ela ‘isso não muda nada Hock, você vai continuar sendo minha maninha.’ aurora fez um beicinho o que fez Hock revirar os olhos indo abraçar a ruiva ‘bem… bem… não quero quebrar o momento mais já vou indo.’ Rosalina se aproximou da ruiva segurando sua mãos ‘obrigada por vir, provavelmente dei muito trabalho nos últimos três meses para vocês todos mas, logo, logo estarei de pé, firme, forte e rabugenta.’ todos começaram a rir, Rosalina deu um demorado abraço em aurora que foi cortado por mary pigarreando adentrado o quarto, as mulheres se soltaram e deram uma última olhada rindo, a ruiva podia jurar que viu ciúmes no olhar da sua madrasta.
    Apos todo irem embora, Mary ficou ao seu lado segurando sua mão ‘Mary… obrigada, você se esforçou muito por estar aqui, obrigada…’ mary sorriu agradecida para a ruiva ‘não há porque agradecer.’ ambas se olharam os azuis da morena brilhavam com intensidade, foi então que a ruiva notou que ela mesma estava arrepiada, mary parecia tão linda mesmo parecendo cansada. Muitos minutos depois mary adormeceu na poltrona do lado da cama da ruiva, aurora sentiu pena da morena dormindo de mal jeito, ela se levantou da cama com cuidado, pegou a morena em seu braços e colocou na cama junto dela, aurora se aconchegou no braço da morena adormecida, seus próprios olhos começaram a se fechar involuntariamente antes de adormecer completamente um braço rodeou seu corpo puxando ela para mais perto de mary.

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