14°CAPÍTULO

39 10 14
                                    


Charles narrando...

Paro em frente a casa de Venera e Augusto fala:

- Calma, eu conheço a dona dessa casa é a senhora Bella. Ela sabe que sou contra o partido Nazista e que sou obrigado a fazer isso.

- Ah, que ótimo. Fico mais tranquilo.

- Vai dar tudo certo!

Augusto sai do carro e o vejo entrar na casa.
Fico ali no carro em alguns minutos, orando para tudo sair bem e Venera e sua família ficar bem.

Depois de 15 minutos, vejo Augusto saindo da casa e ele entra no carro.

- E aí? Viu ela?

- Não. Acho que eles estão escondidos no porão. - diz ele.

- Menos mal.

Dou partida para ver as outras casas. Eu precisava conversar com Venera hoje, preciso ver ela para saber se ela está bem mesmo.

Horas depois...

Termino meu serviço com Augusto e voltamos a base Nazista. Contra a minha vontade, tinha que levar alguns judeus que encontrei. Me partia o coração em ver uma menina pequena, deve ter uns 6 ou 7 anos chorando no colo da mãe.

Augusto entra eles ao capitão e eles colocam as pessoas num caminhão.

Chego na minha mesa e deixo a lista lá e saio da base. Dou tchau para Augusto e sigo para a minha casa.

Queria chegar cedo lá, tomar um banho e trocar de roupa, para depois ir na casa de Venera.

Não consigo mais parar de pensar nela, sinto que devo proteger ela, cuidar dela. Confesso, estou me apaixonando por Venera.

Me sinto um inútil e idiota por traiar Anne, ela é uma mulher maravilhosa e não merecia passar por isso.

Anne narrando...

Estava no meu quarto olhando o lado da cama, que estava vazia.

Charles não tinha chegado ainda, me sentia sozinha e percebendo que o mesmo não me trata da mesma forma.

Foi uma péssima ideia de vim morar aqui no interior. Meu casamento estava entrando em crise.

Eu amo Charles, como nunca amei ninguém e precisava pensar em algo para salvar meu casamento.

Desci as escadas e fui no escritório onde encontrei Vagner.

- Preciso da sua ajuda! - digo fechando a porta.

- O que foi dessa vez? - pergunta ele segurando o seu charuto.

- Charles. Sinto que ele está se afastando de mim e que o nosso casamento entrando em crise.

- Sério? O que você quer que eu faça?

- Deixe ele sair do exército Nazista. É isso que está acabando o meu casamento.

- Jamais! Meu filho tem que honrar o país dele.

- Mas Vagner, meu casamento está acabando. Eu amo Charles como nunca amei ninguém e se eu perder ele, morro.

Vagner se levanta e fica na frente. Ele segura o meu rosto com suas duas mãos e diz:

- Fique grávida!

- Como?

- Isso mesmo que você ouviu. Fique grávida. Charles sempre disse que quer ser pai e ter uma família com você. Fique grávida e tudo irá voltar ao normal.

Ele beija meu rosto e sai do escritório.

Fico sozinha no escritório pensando nisso. Nunca queria ser mãe, não agora pois sou nova demais para isso. Mas, se quero Charles do meu lado deveria fazer isso. É minha única opção.

Venera narrando...

Depois desse susto, decido pegar um livro para ler. Precisa sair desse mundo que estava me deixando doida.

Quando subi para o meu quarto, vi o carro do soldado parado lá. E uma pessoa que eu conheci estava lá, era o que parecia.

Era um homem parecido com Charles. Será que ele era um soldado Nazista? Será que os meus sonhos são um sinal para eu me afastar dele?

Afasto meus pensamentos.

- Claro que não, Venera. Se ele fosse um soldado teria me falado no dia que me beijou!

Pego Romeu e Julieta, minha história favorita é começo a ler.

Horas passa e nem me dou conta que já 18 horas da tarde. Fecho o livro e coloco na mesinha que tinha do lado da minha cama e vou para o banheiro tomar um banho.

Sinto que preciso encontrar Charles hoje e conversar com ele. Preciso falar sobre os meus sentimentos sobre ele e dizer que estava começando a me apaixonar pelo o mesmo.

Visto um vestido preto e desço para jantar.

Todos estão comendo e Carlos conta como está indo o negócio da loja.

Janto em silêncio, pois não estou ânimo para conversar.

Todos termina o jantar e ajudo Bella e minha mãe na limpeza dos pratos e copos, enquanto isso meu pai, Bruno e Carlos arruma a mesa.

Termino tudo e peço a permissão do meu pai para dar uma volta na rua.

- Como ainda está cedo, pode ir. Mas tome cuidado, filha. - diz ele.

- Ok, pai! - digo beijando o rosto dele.

Pego um lenço e enrolo no meu rosto, para ninguém me reconhecer.

Ando pelo as ruas e vejo ele de novo. Parecia que a gente precisava ver um ao outro de novo. Caminho lentamente até ele, que sorri quando me vê.

Continua...

Amor Na GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora