28°CAPÍTULO

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Venera narrando...

Estava sem fome e fui deitar cedo. Não consigo pensar em mais nada, eu só pensava nele, no quanto eu o amava e no quanto ele me traiu e enganou.

Uma imensa vontade de chorar veio, mas não vou permitir chorar novamente por ele.

Tomo um banho, lá acabo chorando.

- Eu te amo tanto, por que você fez isso comigo? Por que? - digo chorando.

Termino meu banho e visto meu pijama. Faço minha oração em silêncio e vou deitar.

Logo o sono vem, e começo a ter um pesadelo.

Sonho de Venera...

Estou caminhando num jardim, cheios de flores. Estava tudo quieto, eu estava usando um vestido branco.

O céu estava lindo, ouvi vozes de pessoas. Quando eu olho para trás, vejo um homem apontando uma arma para mim.

Não dá pra ver o rosto dele, mas estava usando a mesma roupa que Charles usava quando veio aqui.

- Olá Venera! Até que enfim, nós encontramos! - diz ele ainda apontando a arma para mim.

- Desculpe, mas quem é o senhor? - pergunto para ele, dando alguns passos para trás.

- Eu sou o homem que vou acabar com sua vida!

Nessa hora senti alguém pegar na minha mão, quando eu vejo é Charles. Ele estava sujo de sangue.

- Vou contar até 3 para a gente correr! - diz ele me olhando e depois olhar para o homem - 1, 2,...3. Corre!

Corremos pelo jardim e dava para ver o homem correr atrás da gente, atirando. Charles acabou recebendo um tiro no braço, mas mesmo assim corria comigo.

Eu não sei quem era ele, mas não me passava confiança.

Acordo do meu sonho, meu corpo doida e eu estava muito quente.

Charles narrando...

Terminei de fazer minhas malas e saí do quarto. Todos estavam na sala, minha mãe chorava, ela não queria que as coisas fossem assim:

- Charles, amor fica por favor! - diz Anne chorando atrás de mim.

- Primeiro, não sou seu amor e segundo, fique longe de mim. - digo frio para Anne.

Paro em frente a minha mãe e abraço ela:

- Calma, mãe. Logo a gente vai estar juntos de novo. Não fique preocupado comigo, irei ficar na casa de Augusto até encontrar outra casa. E quando eu encontrar, vou tirar a senhora desse inferno! - digo segurando o rosto dela.

- Te amo tanto, meu filho. Me perdoa, por tudo isso! - diz ela chorando no meu ombro.

- A senhora não tem culpa de nada. A culpa foi minha de confiar em pessoas erradas.

Limpo as lágrimas do rosto dela e beijo a sua testa. Dou um último abraço nela e vou até a porta.

Anne se joga no chão agarrada na minha perna. Olho para o chão e vejo que seus olhos estão vermelhos:

- As coisas não precisa ser assim, Charles! - diz ela - Por favor, fique. Pelo nosso filho!

- Eu irei dar tudo para ele, mas não consigo ficar perto de você. Não depois de tudo o que fez.

Tiro ela da minha perna e vou embora.

Entro no meu carro e sigo para a casa de Augusto. Preciso encontrar uma casa logo, tirar minha mãe de lá e conseguir ter Venera de volta. Não vivo sem ela.

Anne narrando...

Charles acabou de sair. Meu coração doía demais. Olhei para Vagner com raiva. Ele deveria me ajudar afastar Venera de Charles e não ao contrário.

- O que foi Anne? - pergunta ele.

- O QUE FOI? VOCÊ AINDA ME PERGUNTA. ERA PRA VOCÊ ME AJUDAR SEPARAR ELES, MAS O QUE FEZ? EXPULSOU ELE DAQUI, AGORA CHARLES TÁ LONGE DE MIM! - grito de raiva.

Frieda me pede calma, mas grito com ela também.

- CALMA? COMO POSSO FICAR CALMA, FRIEDA? O HOMEM DA MINHA VIDA, O PAI DO MEU FILHO, ACABOU DE SAIR PELA AQUELA PORTA. E VOCÊ ME PEDE CALMA! - grito ainda mais.

Sinto meu rosto arder de raiva, e pego um vaso que Vagner tinha comprado:

- Larga isso, Anne! Isso foi caro! - pede ele.

- Aí foi? Não é mais! - jogo o vaso na direção dele que bate na parede se quebrando.

Pego outros vasos de Vagner e quebro praticamente todos.

Ele vem na minha direção e me puxa eles cabelos para o escritório.

- Vagner, larga ela. Anne está grávida! - pede Frieda.

- Foda-se se ela está grávida. - diz ele fechando a porta do escritório e tranca.

Ele me joga no sofá da sala e começa me dar tapas no rosto. Começo a sentir o gosto do meu sangue na boca.

Empurro para o chão e corro para a porta mas ele é mais rápido do que eu e me segura meu cabelo novamente:

- Você é uma vadia, Anne. Igual a sua amiga, Amanda! - diz ele.

Começo a chorar, pedindo para ele me largar, mas o mesmo não faz isso.

Maldito Vagner, maldito!

Continua...

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