48°CAPÍTULO

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Vagner narrando...

Depois da família de Margarete saiu da minha sala. Começo a quebrar tudo que tinha aqui.

Isso é uma maldição, só pode ser! Primeiro é Charles se apaixonou por uma negra, segundo é a empregada ser esposa do homem que ajudava judeus, terceiro é Anne morrer por minha culpa, quero é Frieda indo embora e eu nem sei onde ela foi e quinto, Amanda foi quem contou a verdade.

Minha vida está perdendo e eu preciso pegar o controle novamente.

Se tô na minha cadeira e começo a beber. Até que um dos soldados aparece:

- Senhor?

- O que você quer? - digo sem paciência.

- A reunião com o Hitler mudou! Será a amanhã, aqui no batalhão, no palco!

- Que horas?

- A mesma que está marcada que seria na capital, às 11h!

- Está bem!

O soldado sai e continuo a beber. Pensando num plano para achar aqueles dois e acabar com eles.

Charles narrando...

Venera está dormindo e eu estou olhando o céu estrelado.

Confesso, que o medo está tomando conta de mim. Mas, preciso ser forte e fugir com Venera daqui.

Sei que a equipe da França está para o norte e é pra lá que eu e Venera vamos. É o único jeito de salvar ela e me juntar ao soldado francês e lutar contra a Alemanha.

Amanda narrando...

Meu corpo ainda dói completamente, mas ao abrir os olhos vejo que não estou na minha casa e sim num quarto branco.

Olho ao redor e vejo Félix me olhando.

- Onde estou?

- Graças a Deus, você acordou. Você está no hospital.

- O que aconteceu comigo?

- Você não lembra, Amanda?

- Não! - tento me lembrar de algo, mas não consigo.

- Te achei todo machucada em sua casa. Deve ter sido Vagner. O que você fez?

- Só me lembro de contar pra esposa dele, que eu sou amante dele e quero vingança.

- Você contou o plano?

- Sim. Era a única maneira de salvar ela da morte. Mas fique tranquilo, Charles disse que ela não vai contar e que vai nos ajudar!

- Ah. Vou chamar a enfermeira e pegar um copo d'água pra você.

- Está bem!

Félix sai do quarto e algumas lembranças do ocorrido vem a minha mente. A imagem do homem que me bate não dá pra ver, mas tenho certeza que foi Vagner.

Venera narrando...

Leia ouvindo Rewrite the Stars - Zendaya & Zac Efron

Acordo de madrugada, olho para o lado vejo Charles observando o céu.

Charles vira o rosto e me olha. Os seus olhos brilham ainda mais sobre a luz da lua. Não consigo resistir e o beijo com todo o meu amor.

Começamos um beijo calmo até que o ar começa a fazer falta. Me levanto e fico de joelhos na frente dele, Charles faz a mesma coisa.

- O que está fazendo, Venera? Tome cuidado com a sua perna! - diz ele.

- Sei que não é o momento certo, mas... - digo olhando para ele e depois olho para o meu corpo - Quero que você me faça ser sua.

- Você tem certeza, Venera? Não quero apressar você a nada!

- A vida é muito curta, Charles. Devemos aproveitar cada segundo dela!

Charles me beija com paixão e começa a beijar meu pescoço lentamente. A sensação é ótima.

Charles me olha e tira a alça do meu vestido, ele faz a mesma coisa no meu outro ombro. Ele beija meu ombro esquerdo.

Começo a tirar a roupa de Charles fazendo eu ver o seu peito malhado.

Charles tira meu vestido, fazendo eu ficar apenas de peça íntima. Ele me deita no chão e começa a me beijar novamente.

A sensação é muito boa. Charles também tira toda a roupa e ficamos completamente nus sob a luz do luar.

- Te amo, Venera. Te amo e muito! - diz ele no meu ouvido.

- Eu também te amo, Charles. Amo demais! - digo quase sem fôlego.

E foi nesse dia, no pior dia da minha onde eu tinha acabado de perder minha família e me tornei de Charles.

Agora sou de Charles, de corpo e alma!

Frieda narrando...

Acabo de chegar em Paris. E peço para o motorista da rodoviária me levar até a casa de meus pais. Sim, eles ainda estão vivos.

Chego na casa deles e bato na porta. Minha mãe abre a porta e logo abre os braços.

- Minha querida, Frieda. O que faz aqui essa hora? - pergunta ela me dando passagem para entrar.

- Vim passar uns tempos com vocês! - digo.

- Aconteceu algo em Berlim? - pergunta ela.

- Sim, mãe. Muitas coisas, mas vou contar tudo quando o dia amanhecer. Pode ser?

- Claro, querida!

Subo as escadas e entro no quarto de hóspedes. Deixo minha mala perto do guarda roupa e me sento na cama.

A vontade de chorar vem e minha mãe aparece no quarto. Ela se senta do meu lado e me abraça.

Foi aí que começo a chorar feito uma criança.

- Pode confiar em mim, filha! - diz minha mãe.

Continua...

Amor Na GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora