9°CAPÍTULO

57 12 19
                                    

...

Frieda narrando...

Decidi que não ia dormir com Vagner, não quero dividir a cama com ele por dão cedo.

Descobrir que ele me traia com uma mulher mais nova, me destruiu por dentro.
Eu amo Vagner desde o dia que vi ele no baile da minha família há 29 anos atrás. Desde aquele momento, meu amor só cresceu por ele.

Depois de ficarmos namorando, casamos e depois de 1 ano de casamento, fiquei grávida.
Charles nasceu e Vagner ficou muito feliz.
Vivemos como uma família perfeita, eu acho. Depois que Anne entrou para a nossa família, Vagner começou a ficar estranho.
Não me tratava direito e começamos a discutir muito. E depois ele obrigou o nosso filho a entrar no exército Nazista, contra a vontade de Charles.

Em que lado eu fiquei? Fiquei do lado de Charles. Meu filho queria ser um grande pintor, mas teve que fazer as vontades de Vagner.

Entro em outro quarto e me deito na cama. Acabou por adormecer.

Vagner narrando...

Ainda estava irritado com a discussão com Frieda. Se eu trai ela? Sim. Conheci uma jovem moça e tive alguns encontros sexuais com ela.

Se eu amo minha esposa? Não. Nunca amei Frieda, só me casei com ela por conta do fortura que a mesma irá herdar dos seus pais.

Meus pais eram ricos, mas os de Frieda são mais. Quanto mais dinheiro eu estiver, melhor.

Sempre a enganei com um casamento perfeito, um casal lindo. Mas, sempre dava um jeito para me encontrar com outras mulheres.

Agora tinha outro problema: Charles. O meu próprio filho, desafia minhas ordens. Odeio quando o mesmo diz que odeia o nosso exército.
Ele tem que saber que isso será para o próprio bem do país. Obriguei ele a entrar para o exército, e se ele sair serei obrigado a contar pessoalmente ao Hitler e matar meu filho.

Se eu tenho coragem de matar meu filho? Sim. Assim, terei mais dinheiro.

Anne narrando...

Acordo e vejo a luz do sol pelo quarto. Odeio isso, meus olhos doem. Percebo que Charles não está na cama. Acho que ele deve estar na cozinha.

Me levanto e vou para o banheiro. Tomo um banho e visto um vestido vermelho.

Desço as escadas e só vejo Vagner na mesa tomando café da manhã.

- Cadê o restante da família? - pergunto me sentando no meu lugar de sempre.

- Charles já foi para a base Nazista e Frieda não sei! - fala ele bebendo café.

- Ah! - tomo o meu café.

Vagner se levanta e sai da sala. Fico sozinha na sala de jantar. Termino o meu café e peço para a empregada limpar tudo.

Decido sair para conhecer o bairro. Segundo Charles, o lugar é lindo.

Pego a minha bolsa e saio da casa. Ando pelas ruas, até que o movimento é calmo. São poucos soldados que estão aqui, o que parece não tem muitos judeus e negros por aqui.

Vejo algumas moças andando na rua. Elas me olham de cima a baixo, mas nem ligo. Vejo um pequeno parque e decido ir lá.

Vejo um balanço e decido ficar lá, vendo a beleza do lugar. Realmente, o lugar aqui é lindo. Uma linda menina, deve ter uns 5 ou 6 anos corre em minha direção e para na minha frente com um lindo sorriso.

- Toma senhora! - diz ela me dando uma rosa vermelha.

Me encanto com o seu olhar. Os seus olhos são azuis, parecido com os meus.

- Muito obrigada! - digo pegando a rosa da mão dela.

Ela corre e vai até uma mulher. Deve ser sua mãe e elas saem do parque. Fico segurando a flor e a olhando,acabo sorrindo como uma boba.

Venera narrando...

Me levanto e faço minha higiene rapidamente. Ainda me recordo do sonho estranho que tive com Charles. Eu mal conhecia ele, e ele vive em meus pensamentos.

Saio dos meus pensamentos com a minha mãe que me chama na porta.

- Venera? - diz ela me procurando.

- Estou aqui, mãe! - digo saindo do banheiro e aparecendo no quarto - Aconteceu algo?

- Não, minha querida. Vim para saber se está bem! - diz ela se sentando na minha cama.

Sento ao lado dela e respiro fundo antes de contar sobre meu sonho.

- Mãe - digo e a olho - Nessa madrugada, tive um sonho estranho. Nesse sonho tinha o rapaz Charles que eu conheci. Estávamos num campo, parecia floresta e do nada tudo ficou cinza e me vi com um pijama listrado. - fecho meus olhos tentando me recordar do sonho - E do nada senti uma ardência no meu peito.

Minha mãe me olhou preocupada e pegou na minha mãe:

- Que ardência foi essa, filha? - pergunta ela preocupada.

- Foi um tiro. Eu tinha recebido um tiro no meu sonho! - digo deixando algumas lágrimas escorrer no meu rosto.

Minha mãe me abraça e diz:

- Calma, filha. Isso foi um sonho e não irá acontecer. A mamãe te promete isso!

Ficamos ali abraçadas.

Continua...

Amor Na GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora