22°CAPÍTULO

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Charles narrando...

Deixei Anne no quarto e fui para o meu. Não consegui voltar para terminar o meu jantar.

Me jogo na cama e fico olhando para o teto.

- Filho! Eu vou ter um filho com Anne! - digo.

Eu não amava mais Anne, mas ainda sentia um carinho por ela. Eu vou estar presente na gestação dela e vou dar todo o meu amor para o meu filho ou filha. Só não sei como vou contar isso para Venera.

Ouço uma batida na porta e digo:

- Entre! - a porta se abre, era minha mãe.

- Está tudo bem, filho? - pergunta ela preocupada.

- Oi mãe. Está tudo bem sim. Já falei com Anne. - digo me sentando na cama e ela também senta.

- E vocês vão voltar com o casamento, né? - pergunta ela com animação.

- Não, mãe. Meu casamento com Anne terminou há 1 mês atrás! - digo e vejo toda aquela animação ir embora.

- Mas por que, meu filho? Vocês se amavam tanto? - pergunta ela.

Respiro fundo e decido contar isso para a minha mãe. Eu confio nela:

- Mãe o que eu vou contar, fica entre nós. Ok?

- Ok!

- Me apaixonei por uma outra mulher. Só que ninguém pode saber dela até essa guerra acabar!

- Por que?

- Por que, ela é...

- Ela é o que, Charles?

- Ela é negra e judia, mãe!

Um silêncio total se instala no meu quarto. Vejo no rosto da minha, surpresa e tristeza. Pego na mão dela e digo:

- Diz algo mãe. Por favor! - digo olhando no fundo dos seus olhos.

- Charles, eu nem sei o que te dizer meu filho! - o tom de sua voz era suave e ao mesmo tempo triste - Como você conheceu ela?

- Eu a encontrei há 1 mês atrás. Quando a gente veio morar aqui.

- Você realmente ama ela, filho?

- Sim, mãe. Eu tentei esquecer ela, mas foi impossível isso. A senhora é contra esse amor?

- Não, meu filho. Só tenho medo de algo de ruim acontecer com ela e com você. Se seu pai descobre, ele é capaz de...

- Me matar?

- Talvez. Ele pode levar ela para o campo. Você sabe que sou contra isso!

- Eu sei. Mas, quero contar isso quando a guerra acabar. Então, por favor não conte a ninguém!

- O seu segredo, está guardado.

Minha mãe me abraça e depois sai do meu quarto.

Volto a me deitar e fico mais aliviado depois de saber que minha mãe está do meu lado.

Anne narrando...

Sofrimento. Essa palavra define o meu momento agora.

Estou sofrendo demais por Charles, eu não aguento mais sofrer por ele. Tudo que eu mais quero é ter ele de volta a minha vida.

Vou para o banheiro e coloco água na banheira. Eu preciso descansar um pouco.

Tiro minha roupa quando vejo que a água está na temperatura boa. Me deito na banheira e começo a pensar num plano para ter Charles de volta.

Pelo menos, ele prometeu ficar do meu lado na gestação.

Vagner narrando...

Depois que Anne, Charles e Frieda vão para o andar de cima. E vou para o escritório ler a carta que Hitler mandou.

Até agora mais de 100 mil judeus e negros já foram para os campos e se depender de mim, irá mais ainda.

Pego numa folha e começo a escrever para Hitler sobre o homem que mandei matar e dizendo o motivo de sua morte.

Se eu descobrir que Charles ajuda judeus por aqui, não terei piedade e vou matar ele com minhas próprias mãos. Assim, fica mais fácil para pegar na herança de Frieda.

- Tenho que achar um plano para matar Frieda, sem deixar rastros. - digo pensando na morte de minha esposa.

Tenho que me livrar de Frieda para assim, me casar com Amanda. Minha amante.

Amanda é jovem, tem a mesma idade de Anne. É jovem, bonita e boa na cama. Conheci Amanda, numa viagem para França ano passado.

Estava viajando com Frieda. Amanda com sua cara de anjo (mas é um demônio) me conquistou. A gente se encontrava as escondidas no hotel.

Eu colocava calmante no suco de Frieda e esperava ela dormir,assim eu ficava com Amanda.

Ela me conquistou de um jeito que nem Frieda conseguiu. Ela se mudou para Alemanha e ficou amiga de Anne. Era um bom motivo para ver ela quando a mesma vinha visitar Anne.

Eu sou capaz de dar o mundo para Amanda. Eu confia plenamente nela e contei sobre meus planos e segredos.

Continua...

Amor Na GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora