7°CAPÍTULO

65 12 12
                                    

...

Venera narrando...

Chego em casa e subo para o meu quarto fazer um curativo. Pelo que eu vejo no espelho, não é nada grave. Mas também não podia correr riscos de ir para o hospital.

Tomo um banho e faço um curativo. Coloco uma roupa confortável e desço para comer algo.

Encontro minha mãe na cozinha com Bella, elas estavam super animadas conversando:

- Oi gente! - digo abraçando elas.

- Oi querida. Aproveitou o passeio? - pergunta minha mãe.

- Sim, mãe. O lugar aqui é bonito! - falo pegando um copo de água.

- E que machucado é esse? - pergunta Bella apontando no meu braço.

- Acabei me esbarrando num moço e cai. Mas, não é nada grave! - falo para deixar elas tranquila.

- E ele pediu desculpas? - pergunta minha mãe.

- Sim. Foi muito educado e até se ofereceu para me levar ao hospital. Mas recusei, não posso correr o risco, imagina se alguém diz que tem uma negra e judia no hospital? - digo para minha mãe.

- Você fez o certo, querida! - fala Bella. - Bem, vou chamar o pessoal para o jantar.

Bella sai da cozinha e me deixa com a minha mãe lá.

- Mãe, o que a senhora sentiu quando conheceu o pai? - pergunta para ela curiosa.

- Oh, senti borboletas no meu estômago. Ele foi super gentil comigo, quando eu o conheci, a gente acabou caindo em cima do outro! - disse ela com um sorriso no rosto - Não demorou muito para ele me conquistar.

- Ah. - abraço ela por trás - Amo vocês!

- Também te amamos!

Ajudo ela e Bella a colocar o jantar na mesa. Conversamos sobre diversos assuntos. Até que alguém bate na porta.

Bella vai até a janela e vê que tem alguns soldados lá fora:

- Amor, esconde eles. Tem soldados aqui fora! - diz ela olhando para ele.

Confesso que nessa hora meu corpo travou e meu coração parou de bater. Carlos nos leva até um porão escondido que tinha na casa e pede para a gente ficar quietos.

Ele fecha a porta e a escuridão toma conta do lugar. Só tem a luz do luar lá. Olho para o meu irmão, que segura a minha mão e beija ela:

- Calma, vai tudo ficar bem! - diz ele confiante.

Abraço ele com toda força.

Bruno narrando...

Quando Carlos deixou a gente no porão, abracei minha irmã forte. Venera era minha irmã caçula e faria de tudo para proteger ela.
Tenho 26 anos, 3 anos a mais de Venera. Quando ela chegou em casa, comprendi que meu trabalho era proteger ela de todo mal.
Ela ama ler livros, e quando comecei a trabalhar por volta dos 19 anos sempre nos aniversários dela, eu dava um livro de romance para ela.
Se eu já namorei? Não, mas confesso que já me apaixonei e continuo sendo apaixonado por uma moça.
Ela se chama Anne, a conheci na livraria que tinha. Ela sempre ia lá comprar livros, travamos algumas conversas, até que ela me disse que estava noiva. Me afastei um pouco dela, até que ela nunca mais foi para a livraria.
O rosto dela, me lembrava um anjo. Tentei esquecer ela, mas não consegui.

Saio dos meus pensamentos, quando Carlos aparece dizendo que os soldados foram embora. Saímos do porão e voltamos para a sala. Minha irmã estava tremendo de medo e acabou por desmaiar nos meus braços.

Adam narrando...

Vi o medo no olhar da minha esposa. Nunca vi medo nos olhos da mulher da minha vida. E também vi, que meus filhos estavam com medo.

Quando conheci Margarete, vi que ela era a mulher da minha vida. Não demorei para a conquistar, depois de alguns meses de namoro, a pedi em casamento. Claro, ela aceitou na hora. Compramos uma casa e fomos morar lá. Depois de 1 ano de casados, Margarete descobriu que estava grávida.
Fiquei muito feliz, já que era nosso sonho em formar uma família.
Quando Bruno nasceu, fiquei muito feliz. Depois de 3 anos, veio Venera. O parto não foi fácil, mas veio com muita saúde. Era a minha princesa.

E ver meus três maiores tesouros com medo, partiu meu coração. Tenho que defender minha família. Não será uma guerra que vai separar a gente. Vamos lutar contra eles e quando conseguir isso, fugir para outro país.

Continua...

Leiam Em Frente Ao Mesmo Rosto PARTE I e II.

Amor Na GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora