18°CAPÍTULO

40 8 15
                                    


Anne narrando...

Acordo e não vejo Charles na cama. E isso me deixa com muita raiva, como ele pode me deixar sozinha depois da nossa noite, juntos?

Me levanto e tomo um banho. Me lembro dessa noite maravilhosa que tive com Charles. Sinto que agora sim, meu casamento vai pra frente.

Coloco minha mão na minha barriga e digo:

- Logo mais eu fico sabendo se você está aí! Papai já te ama muito!! - digo.

Termino meu banho e quando volto pro quarto, Charles estava lá sentado no pequeno sofá que tinha lá.

- Bom dia, amor! - digo beijando os lábios dele.

- Bom dia, Anne! Preciso conversar com você! - a expressão dele era séria.

- O que houve, amor? É alguma coisa com a sua mãe?

- Não.

- Então, é o que Charles? Me deixa preocupada!

Ele respira fundo e se levanta. Ele vai até a janela e diz:

- Anne, eu sinto muito por isso.

O meu maior medo já estava se tornando realidade. Charles está me deixando, senti que estava levando uma faca no meu peito.

- Charles não faz isso. Por favor! Sem você eu morro! - digo chorando.

- Anne, me entenda. O nosso casamento já vinha tendo problemas. Eu só não quero te magoar mais ainda! - diz ele pegando na minha mão.

- Charles, por favor. Não me larga. Eu te amo muito, se você me largar, eu morro. Você entende isso?

- Anne, por favor. Não deixa as coisas pior pra mim. Eu te amei muito, muito mesmo.

- Então tem outra, né? - diz me levantando da cama - Você está me traindo.

- Não é nada disso, Anne. Só que não sinto mais nada por você.

Me viro e dou um tapa na cara dele e grito:

- ISSO É MENTIRA. VOCÊ AINDA ME AMA. SE NÃO, NÃO TERIA ME AMADO DAQUELA FORMA ONTEM. - grito chorando.

- Isso não deveria ter acontecido. Não mesmo!

- Você é um idiota, mesmo. E ainda vai se arrepender de me deixar.

Charles sai do quarto e fico sozinha lá. Caio no chão e começo a gritar:

- NÃOOOO. ISSO NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO COMIGO.

Charles narrando...

Nem dormi direito essa noite. Me senti como um bosta por ter feito amor com Anne, mesmo sabendo que amo Venera.

De tanto pensar, cheguei numa conclusão. Irei pedir separação pra Anne.

Sei que vai ser doloroso pra ela, mas não posso mais enganar a mesmo. Faz um tempo que não sinto a mesma coisa por ela.

Me levanto e vou para o nosso quarto. Chego lá e não vejo ela. Anne deve estar no banho. Me sento no sofá que tem lá e comecei a pensar nas melhores palavras para dizer a ela.

Depois de dizer tudo a ela, tivemos outra discussão. E vi a dor nos olhos dela. Dor que eu mesmo causei, e isso me deixou arrasado.

Deixei ela sozinha no quarto e encontrei minha mãe na sala.

- Que gritos era aqueles, filho? - pergunta ela beijando minha bochecha.

- Estou me separando de Anne, mãe! - digo sentando ao lado dela no sofá.

- Como? - pergunta minha mãe surpresa - Mas, filho. Você dizia que amava ela.

- Sim. Eu amava ela, mas com esse trabalho a gente ficou longe um do outro. E de um tempo pra cá, eu não sinto nada por ela.

- Humm... Anne vai sofrer muito, mas estarei do seu lado sempre, filho.

- Obrigado, mãe!

Minha mãe me abraçou. Eu realmente precisava daquele abraço.

Frieda narrando...

Fiquei surpresa com a revelação do meu filho. Acompanhei o amor do meu filho pela Anne de perto desde que ele tinha 17 anos.

Sei que ele amava ela loucamente. Dava pra ver o amor deles através dos olhares dele.

Vejo Anne descendo as escadas e dá perceber o quanto a mesma chorou.

- Anne, querida! - digo deixando Charles no sofá. - Você está bem?

Ela não me diz nada e se joga nos meus braços chorando. Peço com olhar para Charles me deixar sozinha com ela.

Peço para a empregada me trazer um copo com água com açúcar.

- Bebe querida! - digo dando o copo para ela.

- Obrigada! - diz ela pegando e bebendo a água - Dona Frieda pede para Charles não me abandonar, eu não posso viver sem ele.

- Calma, minha querida. Não sei o que houve, mas acho que os dois precisa de tempo.

- Que tempo? Dona Frieda eu amo o seu filho. E não sei como vai ser minha vida sem ele - diz ela chorando.

- Fique calma. Vou conversar com ele mais tarde. Fique tranquila! - digo abraçando ela.

Continua...

Amor Na GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora