Amor Na Guerra

40°CAPÍTULO

Charles narrando...

Já era de madrugada, mas não consigo dormir. Estou pensando na saúde de Anne. Eu não amava mais, mas Anne sempre terá um espaço especial na minha vida.

Ela é uma pessoa boa, mas o rancor e ódio, tomou conta do coração dela. Seu que a magoei muito, e foi por isso que ela fez o que fez pensando que era o certo a se fazer para me ter de volta. Isso só fez eu me afastar dela.

Tentei encontrar algo no escritório do meu pai, mas não achei nada. O último lugar que falta ver é no cofre dele, mas não sei a senha.

...

O dia amanhece e me levanto. Tenho que passar no hospital e ir ver Venera. Depois ia para o batalhão.

Me arrumo e tomo café da manhã rapidamente. Minha mãe me acompanha até o hospital e a deixo lá. Peço para ela, que qualquer coisa, ligar no batalhão.

Vou até a vila e vejo Venera com a mãe, me aproximo e digo:

- Bom dia! - digo e dou um beijo em Venera.

- Bom dia, querido! Como está sua mãe? - pergunta Margarete.

- Está bem, apesar dos últimos acontecimentos, ela está bem! - digo falando.

- E Anne, como está? Bruno me disse o que aconteceu! - fala Venera.

- Deixei minha mãe lá e qualquer coisa ela vai me ligar no trabalho. Eu espero que ela melhore!

- Você vai voltar para aquele lugar? - pergunta meu amor.

- Tenho que voltar, mas eu e a Augusto vamos ver se conseguimos trazer mais pessoas pra aqui. - digo.

- Está bem! Tenha um ótimo dia e se cuide! - fala Venera me dando um beijo.

- Igualmente! - digo.

Venera narrando...

Estou procurando Bruno, mas não o encontro. Também percebo que Charles não está. Certeza que eles foram ver Anne no hospital. Tenho medo de que alguém vê Bruno e o leve embora.

Depois de alguns minutos, Bruno aparece e corro para abraçar ele:

- Fiquei com tanto medo, Bruno! - digo.

- Não precisa ter medo! Preciso de contar algo! - diz ele.

Solto Bruno e olho para ele:

- O que houve? Era a mesma Anne?

- Sim! É a Anne! Mas, aconteceu algo com ela hoje.

- O que aconteceu? - pergunto preocupada.

- Quando estava conversando com ela e Charles, a mesma começou ter fortes dores de cabeça. Charles foi atrás de um médico, começou a sair sangue do nariz dela.

- Meu Deus, e ela está bem?

- Infelizmente, não. Charles me disse se ela tiver outra crise forte, talvez não sobrevive. Por isso, Venera acho melhor a gente ir amanhã visitar ela. Anne disse a todo momento, que precisa do seu perdão.

- Eu não sei, Bruno. É perigoso ir até lá.

- É só tomar cuidado, Venera. Ela quer muito o seu perdão por ter errado com você.

- Vou pensar! - digo.

Vou para a cabana que meu pai fez para eu ficar. É pequena, mas dá pra dormir. Meu pai disse que amanhã, ele e Carlos irão para casa tentar pegar roupas, comidas, cobertores e nossas escovas para fazer as higienes.

Nunca pensei que ia perder minha casa. Minha vida está dando um giro gigante, estou tentando ficar forte. Por mim e minha família.

Mas tenho medo do pai de Charles descobrir onde estou e fazer algo de ruim, novamente.

...

Depois de conversar com Charles, decido visitar Anne. Se ela se for mesmo, tem que ir em paz sem peso.

Grito ele que se vira. Corro até ele digo:

- Eu topo visitar Anne hoje! - digo.

- Sério? O que fez você mudar de ideia? - pergunta ele.

- Minha mãe. Estava conversando com ela sobre isso. Ela me disse se Anne se for mesmo, tem que ir sem peso na consciência! - digo.

- Sabia que eu escolhi a mulher certa para amar! - diz ele sorrindo - Eu volto no fim de tarde!

- Está bem.

Charles me dá um beijo e entra no carro. Espero estar fazendo a coisa certa.

Frieda narrando...

Charles me deixou no hospital e a enfermeira me guia até o quarto de Anne. Ela estava acordada e tomando café.

- Anne, querida. Como está? - pergunto para ela.

- Oi Frieda. Estou indo! - diz ela dando um sorriso leve.

- Fiquei sabendo sobre meu neto, eu sinto muito Anne. Muito mesmo! - diz segurando a mão dela.

- Eu também sinto muito. Eu já amava aquela criança! - diz ela colocando a mão no ventre - Frieda preciso que você tome muito cuidado!

- Cuidado? Por que? - pergunto confusa.

- Com Vagner. Foi por causa dele que perdi meu filho!

- Não estou entendendo!

- No dia do meu acidente, eu escutei ele falando com o seu sogro sobre dar um fim em você e Charles para ficar com a herança.

- Tá querendo dizer que ele quer me matar?

- Exatamente, Frieda. Por favor, tome cuidado com aquele homem.

Não acredito, Vagner quer me matar. Ele que dizia me amar, quer meu fim. Me sinto tonta e me sento no pequeno sofá que tem no quarto.

- Frieda, você tá bem? - pergunta Anne.

- Estou, foi só uma tontura. Pensava que Vagner estava mudado, mas depois da surra que ele te deu, estava vendo que ele não mudou. E agora que ele é culpado pela morte do meu neto, preciso dar um fim nisso.

- E como, Frieda?

- Não sei como, mas preciso acabar com isso! - digo para ela.

Continua...