Venera narrando...Acordo e meu corpo ainda está doendo e todo quente. Minha mãe entra no quarto e diz:
- Bom dia, filha! Você tá bem? - pergunta ela.
- Oi mãe. Não estou me sentindo muito bem! - digo para ela.
Minha mãe coloca a mão dela na minha testa e diz:
- Venera, você tá ardendo em febre. Fique aqui, vou trazer um remédio.
- Está bem!
Minha mãe sai do meu quarto. Aproveito e vou para o banheiro fazer minhas higienes, e de repente ouvi um ernome barulho:
- Meu Deus, que foi isso? - digo assustada.
Corro para a escadas, mas vejo só fumaça. Um enorme barulho atinge meus ouvidos, vejo minha mãe e meu pai correr atrás de Bruno.
O estrago foi grande pelo que vejo. Mas quem ia fazer uma coisas dessas. Será que isso tem a ver com Charles? Eu juro pela minha vida, que ele irá pagar caro por isso.
Corro para perto da minha família e vejo Bruno totalmente machucado. Começo a chorar sem parar:
- BRUNO, IRMÃO FALA COMIGO, POR FAVOR!! - grito chorando cada vez mais.
Meu pai decide levar ele para um hospital que fica escondido por aqui. Eles atendem judeus e negros.
- Eu vou junto com vocês! - digo limpando meu rosto.
- Filha, mas você está com febre! - diz minha mãe.
- Não importa, quero ficar do lado do meu irmão! - digo.
Meu pai leva meu irmão no colo e Carlos o ajuda colocar no carro. Fomos todos para o hospital, eu fiquei do lado de Bruno. O rosto todo dele estava com sangue, a blusa manchada de sujeira. Deve ser da bomba.
- Quem jogou a bomba? - pergunto e Carlos responde
- Não deu pra ver quem era! - disse ele.
- Mãe a senhora acha que foi Charles?
- Não, querida. Tenho certeza que foi algum soldado que descobriu.
- E ele é um soldado.
- Charles não ia fazer isso! - diz ela.
Margarete narrando...
Estava descendo as escadas para pegar um remédio para Venera, e de repente um ernome barulho se instala aqui em casa.
Alguém jogou uma bomba na sala, e só me dou conta quando vejo Bruno caído sangrando. Corro até meu filho e grito:
- BRUNO, FILHO... MEU DEUS! - começo a chorar.
Como que alguém pode fazer isso? Começo a pensar em possíveis pessoas e me lembro de Vagner.
Se ele descobriu que Charles tinha romance com minha filha, deve ter mandado alguém jogar uma bomba.
- DESGRAÇADO. MIL VEZES DESGRAÇADO! - grito.
...
Chegamos no tal hospital que Adam falou e os médicos leva Bruno para uma sala.
Abraço Adam e começo a chorar no peito dele:
- Calma, amor. Nosso filho é forte, sempre foi! - diz ele.
Levanto minha casa e olho para ele:
- Assim eu espero. Não ia aguentar perder meu filho.
Horas depois...
Ainda não nenhum médico veio dar informações de Bruno e isso já me irritava. Começo a me lembrar de Vagner, na ameaça que me fez a alguns anos atrás.
Sinto que devo me abrir com alguém e chamo Vagner para um canto, para dizer a verdade sobre meu trabalho de babá:
- O que foi, amor? - pergunta ele.
- Adam, lembra que eu trabalhava de babá na casa dos Müller?
- Sim. Me lembro perfeitamente, até quando você não foi mais trabalhar lá!
- Vou te contar o motivo de não trabalhar lá, e esse motivo liga Charles e nossa filha!
- Conta. Está me deixando assustado! - diz ele com uma cara de preocupado.
- Eu estava trabalhando como um dia normal, cuidando de Charles o mesmo homem pelo que a nossa filha se apaixonou! - nessa hora Adam me olha surpreso - Eu fui pegar um copo de água e passei em frente ao escritório do pai dele, onde escutei Vagner dizendo que ia matar a esposa. Eu disse que ia contar tudo para ela, nessa hora ele me agrediu e ameaçou matar você, Frieda e Charles! Por isso eu fui embora!
- Covarde! Ele se atreveu em te bater e você não me disse nada! - diz Adam nervoso.
- Eu não podia, ele ia matar todos.
- E o que isso tem a ver com o nosso presente?
- Como disse, Charles e Venera se conheceram e viraram namorados. Até que houve esse episódio de agora, mas tenho quase certeza que Vagner quem mandou a bomba pra casa!
- Será amor?
- Tenho certeza. Se ele descobriu que Charles tinha um namoro com a nossa filha, deve ter descobrindo o endereço e mandou alguém fazer isso. Vagner é um homem muito perigoso!
- Ele irá pagar por isso. Só precisamos de provas contra ele.
Adam me abraça e um médico aparece:
- Parentes de Bruno? - pergunta ele.
- Somos os pais dele. Como ele está? - pergunto ansiosa para ele.
- Conseguimos salvar o rapaz, mas a situação dele é delicada. A bomba explodiu muito perto e fez com que ele perdesse muito sangue! - diz ele.
- Mas ele vai ficar bem, né doutor? - pergunta Venera com os olhos vermelhos.
- A situação dele é muito delicada. Ele está entre a vida e a morte!
Nessa hora vejo tudo ficar preto e não vejo mais nada.
Continua...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Na Guerra
RomanceESSA HISTÓRIA É DE MINHA AUTORIA. PLÁGIO É CRIME! PARA MAIORES DE 12 ANOS. Enredo: Em 1939, a Alemanha passava por um momento tenso por conta do Nazismo. E lá estava Venera Schwartz, uma jovem moça de 23 anos. Negra e judia, se escondia junto com su...