30°CAPÍTULO

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Venera narrando...

Acordo e meu corpo ainda está doendo e todo quente. Minha mãe entra no quarto e diz:

- Bom dia, filha! Você tá bem? - pergunta ela.

- Oi mãe. Não estou me sentindo muito bem! - digo para ela.

Minha mãe coloca a mão dela na minha testa e diz:

- Venera, você tá ardendo em febre. Fique aqui, vou trazer um remédio.

- Está bem!

Minha mãe sai do meu quarto. Aproveito e vou para o banheiro fazer minhas higienes, e de repente ouvi um ernome barulho:

- Meu Deus, que foi isso? - digo assustada.

Corro para a escadas, mas vejo só fumaça. Um enorme barulho atinge meus ouvidos, vejo minha mãe e meu pai correr atrás de Bruno.

O estrago foi grande pelo que vejo. Mas quem ia fazer uma coisas dessas. Será que isso tem a ver com Charles? Eu juro pela minha vida, que ele irá pagar caro por isso.

Corro para perto da minha família e vejo Bruno totalmente machucado. Começo a chorar sem parar:

- BRUNO, IRMÃO FALA COMIGO, POR FAVOR!! - grito chorando cada vez mais.

Meu pai decide levar ele para um hospital que fica escondido por aqui. Eles atendem judeus e negros.

- Eu vou junto com vocês! - digo limpando meu rosto.

- Filha, mas você está com febre! - diz minha mãe.

- Não importa, quero ficar do lado do meu irmão! - digo.

Meu pai leva meu irmão no colo e Carlos o ajuda colocar no carro. Fomos todos para o hospital, eu fiquei do lado de Bruno. O rosto todo dele estava com sangue, a blusa manchada de sujeira. Deve ser da bomba.

- Quem jogou a bomba? - pergunto e Carlos responde

- Não deu pra ver quem era! - disse ele.

- Mãe a senhora acha que foi Charles?

- Não, querida. Tenho certeza que foi algum soldado que descobriu.

- E ele é um soldado.

- Charles não ia fazer isso! - diz ela.

Margarete narrando...

Estava descendo as escadas para pegar um remédio para Venera, e de repente um ernome barulho se instala aqui em casa.

Alguém jogou uma bomba na sala, e só me dou conta quando vejo Bruno caído sangrando. Corro até meu filho e grito:

- BRUNO, FILHO... MEU DEUS! - começo a chorar.

Como que alguém pode fazer isso? Começo a pensar em possíveis pessoas e me lembro de Vagner.

Se ele descobriu que Charles tinha romance com minha filha, deve ter mandado alguém jogar uma bomba.

- DESGRAÇADO. MIL VEZES DESGRAÇADO! - grito.

...

Chegamos no tal hospital que Adam falou e os médicos leva Bruno para uma sala.

Abraço Adam e começo a chorar no peito dele:

- Calma, amor. Nosso filho é forte, sempre foi! - diz ele.

Levanto minha casa e olho para ele:

- Assim eu espero. Não ia aguentar perder meu filho.

Horas depois...

Ainda não nenhum médico veio dar informações de Bruno e isso já me irritava. Começo a me lembrar de Vagner, na ameaça que me fez a alguns anos atrás.

Sinto que devo me abrir com alguém e chamo Vagner para um canto, para dizer a verdade sobre meu trabalho de babá:

- O que foi, amor? - pergunta ele.

- Adam, lembra que eu trabalhava de babá na casa dos Müller?

- Sim. Me lembro perfeitamente, até quando você não foi mais trabalhar lá!

- Vou te contar o motivo de não trabalhar lá, e esse motivo liga Charles e nossa filha!

- Conta. Está me deixando assustado! - diz ele com uma cara de preocupado.

- Eu estava trabalhando como um dia normal, cuidando de Charles o mesmo homem pelo que a nossa filha se apaixonou! - nessa hora Adam me olha surpreso - Eu fui pegar um copo de água e passei em frente ao escritório do pai dele, onde escutei Vagner dizendo que ia matar a esposa. Eu disse que ia contar tudo para ela, nessa hora ele me agrediu e ameaçou matar você, Frieda e Charles! Por isso eu fui embora!

- Covarde! Ele se atreveu em te bater e você não me disse nada! - diz Adam nervoso.

- Eu não podia, ele ia matar todos.

- E o que isso tem a ver com o nosso presente?

- Como disse, Charles e Venera se conheceram e viraram namorados. Até que houve esse episódio de agora, mas tenho quase certeza que Vagner quem mandou a bomba pra casa!

- Será amor?

- Tenho certeza. Se ele descobriu que Charles tinha um namoro com a nossa filha, deve ter descobrindo o endereço e mandou alguém fazer isso. Vagner é um homem muito perigoso!

- Ele irá pagar por isso. Só precisamos de provas contra ele.

Adam me abraça e um médico aparece:

- Parentes de Bruno? - pergunta ele.

- Somos os pais dele. Como ele está? - pergunto ansiosa para ele.

- Conseguimos salvar o rapaz, mas a situação dele é delicada. A bomba explodiu muito perto e fez com que ele perdesse muito sangue! - diz ele.

- Mas ele vai ficar bem, né doutor? - pergunta Venera com os olhos vermelhos.

- A situação dele é muito delicada. Ele está entre a vida e a morte!

Nessa hora vejo tudo ficar preto e não vejo mais nada.

Continua...

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