12°CAPÍTULO

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...

Frieda narrando...

Ainda estou profundamente magoada com Vagner. Somos casados há tanto tempo, e me traí dessa forma.

Estava no escritório procurando um livro para ler. Acabo achando um livro de romance e pego para ler.

Me sento na poltrona que está na sala e começo a ler o livro. Acabo percebendo que a mocinha da história é igual a mim, traída pelo amado.

Vagner narrando...

Tenho que dar um jeito de colocar a mão na fortuna de Frieda. Não aguento mais esse casamento, quero me juntar a minha amante e viver a vida de luxo que eu sempre quis.

Estou aqui na base do exército Nazista na minha sala. Como capitão, estava separando as atividades dos meus homens.

Percebo que já encontraram 20 judeus e 5 negros. O serviço está indo bem, Hitler irá de se irá se orgulhar de mim.

Escrevo uma carta para ele e colocando no envelope as informações dos presos e dizem para que campo estão indo.

De repente meu filho entra na sala:

- Preciso conversar com você! - diz ele e percebendo o seu humor, ele está irritado como sempre.

- Fale logo, pois estou ocupado! - digo fechando o envelope.

- O senhor me prometeu que não iria trair minha mãe novamente! - fala ele.

- O que deixo ou não de fazer na minha vida, não é da sua conta.

- É sim, pois se trata da saúde de minha mãe!

- Faz tempo que sua mãe não está tendo mais crise na saúde dela.

- O senhor não se importa com ela mesmo, né? Duvido que o senhor a ame!

- Chega dessa conversa. Se você não tem o que fazer, eu tenho!

Vejo Charles caminhando até a porta, mas antes de sair ele diz algo:

- Ainda vou tirar a minha mãe desse casamento e o senhor irá pagar por tudo o que fez!

E ele sai da sala. Se eu estava com medo da ameaça dele? Mas é claro que não.

Charles narrando...

Acordei hoje um pouco tarde e Anne já não estava mais no quarto. Então, aproveitei para tomar um banho e afastar as lembranças que tinha ainda do beijo e sonho com Venera.

Sempre que sonho com ela, estamos numa floresta e a mesma com pijama listrados que os judeus veste. Começo a lembrar do meu sonho com ela.

Lembranças do sonho de Charles...

Depois que os soldados vão embora, vejo o rosto de assustada de Venera.

Começo a fazer um curativo no peito dela, vejo que a mesma está fechando os olhos.

- Venera, amor fica comigo! Não me deixe! - digo desesperado.

Saia mais sangue do seu peito e o medo me tomava. Venera abre os olhos e diz algo:

- Prometa que tudo vai ficar bem. Que vamos viver felizes juntos?

- Prometo, amor! - digo pegando na mão fria dela.

Pego Venera no colo e ando pela floresta. Lembro que aqui tinha um min hospital escondido para judeus. Tinha esperanças deles salvarem Venera.

Consigo achar o hospital e entro com Venera. Logo vem uma enfermeira e coloca Venera numa cama e a levam para uma sala onde não posso entrar.

Me sento no chão e fico ali pedindo para Deus não levar Venera.

Termino meu banho e visto o meu uniforme. Hoje estava decido que ia conversar com meu pai sobre a traição dele.

Não encontrei ninguém na sala e tomei meu café rápido. Saí de casa e entrei no meu carro. Em poucos minutos, estava no exército.

Dei bom dia alguns soldados e entrei na sala do meu pai e como sempre discutimos.

Ao sair da sala dele, fui até a minha mesa ver se tinha algum serviço e fiquei surpreso que a minha missão de hoje era visitar a casa onde estava Venera.

- Droga! - digo.

- Alguma coisa, soldado Charles? - pergunta Augusto, um dos meus braços direitos.

- Não. Está tudo ok! Vamos?

- Vamos!

Entramos no meu carro e seguimos para a casa de Venera.

- Está tenso! - diz Augusto.

- São as coisas da minha família que estão me deixando irritado! - digo me abrindo para ele.

Augusto era como eu, foi obrigado pelo pai a servir ao exército. Ele estudou comigo na época do colégio.

- Sei como se sente. Também vivo brigando com o meu pai. - fala ele olhando para a janela - Eu e Amélia estamos nos separando.

- Sério? - pergunto surpreso - Vocês dois formam um ótimo casal.

- Eu sei, a gente ainda se ama sinto isso. Só que ela não quer me ver trabalhando no exército.

- Ah, eu sinto muito. Anne pensa o diferente, ela me quer trabalhando para o exército e sinto que logo mais o meu casamento acaba.

- Nossa. Mas você a ama?

Fico pensando na pergunta dele e respondo:

- Eu não sei. Conheci uma moça há uma semana e apenas com dois encontros me sinto atraído por ela. Sonho, penso nela e no último encontro eu a beijei. - me desabafo com ela.

- Charles! Você está traindo a sua esposa?

- Acho que sim. Só que aí está o problema, não posso me entregar a esse sentimento.

- E por que não?

- Por que ela é negra e judia! - digo de uma vez.

Augusto olha para a minha cara surpreso.

Continua...

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