36°CAPÍTULO

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Vagner narrando...

Estava falando com meu pai no telefone, quando ouço um barulho do corredor.

- Depois eu te ligo, pai! - digo desligando o telefone.

Quando saio do quarto e vejo quem era, fico com mais ódio ainda. Anne! A Anne, você não deveria ter feito isso.

Anne me ameaça e segue para a escada. Sem saída, a empurro de lá. A vejo cair e sofrer com dor na barriga. Segundos depois, ela fecha os olhos.

- Isso que dá ouvir conversar dos outros! - digo olhando para ela e vendo sangue sair do seu corpo.

Me assusto e desço as escadas correndo. Me aproximo dela e digo:

- Anne, acorda. - digo desesperado.

Só queria dar um susto nela e não a matar. Vejo Frieda vindo e a chamo:

- Frieda, me ajude aqui! - digo.

Frieda se assusta ao ver Anne caída e o sangue ao redor da sua barriga.

- O que houve com ela? - pergunta nervosa.

- Não sei, ouvi um barulho da escada e vim ver! - minto.

- Vamos levar ela para o hospital! - diz ela pegando o casaco.

Na hora que pego Anne no colo, a porta se abre. É Charles.

Ele nos olha e depois vê Anne no meu colo:

- O que houve com ela? - pergunta ele a pegando do meu colo.

- Ela caiu da escada, filho. Ouvi um barulho do meu quarto e depois a vi caída! - digo para ele.

Charles lança um olhar desconfiado para mim e fala:

- Vem, mãe. Vou levar Anne ao hospital antes que seja tarde demais.

- Ok, filho.

Vejo eles saírem da sala. Soco a parede e digo:

- Maldição.

Visto meu casaco do exército e saio de casa. Precisava ver alguns papéis e depois eu ia até Amanda. Preciso me desabafar.

Charles narrando...

Quando vi Anne sangrando, meu coração ficou pequeno. Não consigo acreditar que ela tenha caído da escada, tem algo de errado nisso.

Chego no hospital e eles logo leva Anne para uma sala. Suponho de que deve ser a de cirurgia.

- Estou com medo, mãe! - digo deixando algumas lágrimas cair.

- Eu também estou, mas precisamos ter fé! - diz ela me abraçando.

- Não consigo acreditar que ela tenha caído da escada. Tem algo de errado, nisso! - digo nervoso.

- Como assim? Você acha que Vagner tem algo a haver com isso? - pergunta surpresa.

- Tenho certeza. A única que pode me dizer é Anne quando acordar.

3 horas depois...

Já tinha se passado 3 horas e nada! Nenhum médico apareceu e isso me deixava louco.

Quando me levanto para buscar informações, um médico aparece.

- Parentes de Anne? - pergunta ele.

- Eu. - digo e minha mãe vem para meu lado - Sou ex-marido dela. O que Anne está?

- Olha rapaz, as notícias não dão boas! - diz ele.

- Me fale, doutor! - digo nervoso.

- Infelizmente Anne, perdeu o bebê. Mas com o impacto da batida da cabeça no chão, fez ter um Traumatismo craniano. Ainda não sabemos se é leve ou não.

- Traumatismo craniano? Não pode ser! - digo surpreso.Traumatismo craniano, não pode ser, Anne está com um Traumatismo craniano . - Posso ver ela?

- Sim.

Deixo minha mãe na sala e vou atrás do médico. Faço minha higiene na mão e entro na sala onde está ela.

Meu coração se aperta. Eles colocaram uma faixa na sua cabeça.

- Vou dar privacidade a vocês! - diz o doutor fechando a porta.

Me aproximo de Anne e ela abre os olhos.

- Anne! - digo a olhando.

- Charles! Onde estou?

- No hospital, você caiu da escada.

- Eu cai?

- Caiu. Meu pai disse que você tinha caído! - digo para ela.

Anne permanece em silêncio. Isso só aumenta minha suspeita.

- E o nosso filho? Ele está bem? - diz ela levanto a mão para a barriga.

- Infelizmente... - digo, mas vejo ela chorar - Eu sinto muito, Anne.

- Maldito! Maldito seja, seu pai!

- Como assim, Anne? Me fala!

Anne respira fundo e diz:

- Seu pai, Charles. Ele me empurrou da escada.

- Eu já suspeitava. Mas por que ele fez isso?

- Eu escutei uma conversa dele com o seu avô. Onde ele dizia que ia tirar Frieda do caminho e se for preciso ia te matar também, para ficar com a herança. Se eu não tivesse deixado o vaso cair, nosso filho estaria vivo!

- Não fale isso, não foi sua culpa e sim dele.

- E o que você vai fazer?

- Vou tentar descobrir mais coisas dele e o entregar a polícia.

- Você sabe que ele é amigo de Hitler.

- Eu sei! - digo andando de um lado para o outro.

- Charles, quero Venera aqui!

A olho e digo:

- Ela não pode vir aqui.

- Traz ela escondido de noite. Traz o irmão dela também.

- Você conhece o Bruno?

- Acho que sim. Conheci um tal de Bruno na capital. Ele trabalhava na livraria.

- Está bem. Vou tentar trazer eles aqui de noite. Tenho que ir, mas minha mãe está aqui.

- Está bem. Obrigada!

Continua...

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