Em um mundo que a morte dominava, ter a oportunidade de mais um dia para viver era privilégio de poucos.
Dominique Lewis era uma pessoa com um passado ruim, quando mais nova perdeu a mãe biológica, mas ganhou a oportunidade de poder amar novos pais...
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No acampamento só era ouvido sussurros e barulhos de choros, me aproximei do trailer onde os sobreviventes daquele ataque se reuniram.
- Isso é culpa de vocês, se não tivessem saído para Atlanta teria mais homens para ajudar e não teria morrido tantas pessoas. – Shane gritou , parecia estar surtando, mas achei injusto ele jogar a culpa neles.
- Esse apocalipse não é culpa de ninguém. E se eles não tivessem chegado com as armas muitos mais teriam morrido. – Falei com a voz firme parando na frente deles, todos arregalaram os olhos abismados com a minha situação.
- Dominique você está bem? Está machucada? – Rick se aproximou de mim depressa, preocupado querendo me conferir.
- Esse sangue não é meu. – O tranquilizei. Observei seu rosto abatido juntamente com Daryl mais a frente, as coisas não devem ter saído como o planejado para eles. – O que temos que fazer agora é montar vigília, os outros podem dormir nos carros é mais seguro. Amanhã logo cedo arrumamos essa bagunça.
Eles concordaram e se distanciaram. Tivemos muitas baixas, encarei Andrea chorando agarrada ao corpo da irmã, reparei no zumbi que causou isso e que eu matei permanecia estirado do lado delas. Em um gesto de respeito a sua dor fui até lá pegando nas pernas do errante e arrastando-o para longe, me surpreendi quando o Dixon se aproximou e pegou os braços do morto me ajudando.
- Obrigada. – Agradeci olhando em seus olhos que reparei serem azuis escuros, ele só acenou e saiu apressado.
Tentei me limpar com um pano úmido e troquei de roupa, não foi muito eficiente mas ajudou. Fiquei acordada a noite inteira prestando atenção ao redor, em algum momento Glenn nos contou que só tinham achado a mão de Merle, depois ele foi sequestrado por mexicanos que também queriam a bolsa de armas, mas no final tudo foi resolvido.
...
De manhã começamos a arrumar a bagunça, tínhamos que perfurar as cabeças do nosso pessoal para que eles não voltassem como errantes. A loira ainda não tinha saído de perto da irmã que poderia voltar a qualquer momento, alguns tentaram conversar mas não tiveram nenhuma reação dela. Um grupo começou a discutir o que iriam fazer naquela situação, tendo uma ideia mais ruim que a outra. Eu sabia o que tinha que ser feito, ou melhor quem tinha que fazer, então fui até ela.
