Em um mundo que a morte dominava, ter a oportunidade de mais um dia para viver era privilégio de poucos.
Dominique Lewis era uma pessoa com um passado ruim, quando mais nova perdeu a mãe biológica, mas ganhou a oportunidade de poder amar novos pais...
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Pov. Daryl
Balancei a cabeça decepcionado, Merle era meu irmão e eles queriam que eu o abandone outra vez, a ruiva ficou do meu lado, tentou convencê-los, seus olhos cor de céu brilhavam intensos. No final decidi ir embora com meu irmão, sem ele, sem mim. Me apertava o coração deixar Carl e a bravinha, eles iriam enfrentar uma guerra agora e eu não estaria lá para ajudá-los.
Quando Domy se aproximou do carro onde eu estava, tive que usar todas as minhas forças para não aceitá-la vir comigo, o grupo já estava ficando fraco e sem ela, eles iriam ruir muito rápido. Um sentimento esmagador se apossava de mim toda vez que olhava em seus olhos e via que eu estava machucando, magoando ela com essa decisão. Queria puxá-la para meus braços e beijar aquela boca que me viciou, mas se fizesse isso não conseguiria mais partir.
Dei as costas e fui embora sem olhar para trás. Com o passar do dia e da noite Domy não saia da minha cabeça. Todos os nossos momentos juntos voltavam com força, seu jeito de menina-mulher que me encantou, os sorrisos doces e os momentos de vulnerabilidade, os beijos e o calor de seu corpo . Tudo isso me fez perceber que estava fodidamente apaixonado por Dominique.
Fui tirado dos meus pensamentos pelas reclamações de Merle, o mesmo não calava a boca, já tinha me esquecido de como ele podia ser insuportável. Estávamos perto de um rio quando escutei um choro de bebê, me recordei imediatamente da pequena bravinha. Fui apressado até a margem, avistando uma família lutando contra errantes em uma ponte. Corri até lá e ajudei a matar os zumbis, eles eram mexicanos e ficavam gritando em espanhol. Como sempre Merle estava tentando roubar alguma coisa do carro quando tudo acabou, armei a besta e apontei para ele.
- Sai do carro. – Ordenei sério, ele não me ouviu e continuou. – Eu falei pra sair.
Merle saiu e ficou me encarando raivoso, mandei a família seguir viagem. Meu irmão empurrou a besta e começou a falar mais baboseiras de mim, do meu grupo e de Atlanta.
- Eu voltei por você, mas é estúpido e cabeça oca o suficiente para não me esperar e cortar a própria mão. - Gritei irritado com ele, virei e comecei a andar.
