Em um mundo que a morte dominava, ter a oportunidade de mais um dia para viver era privilégio de poucos.
Dominique Lewis era uma pessoa com um passado ruim, quando mais nova perdeu a mãe biológica, mas ganhou a oportunidade de poder amar novos pais...
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O dia estava bem ensolarado, deitada na cama de uma casa qualquer terminei a leitura de um livro que achei, coloquei o mesmo de lado e encarei o teto, apreciando a tranquilidade do momento. Por um instante meu olhar se moveu para janela, percebi que estava ficando tarde e a realidade voltou me acertando em cheio.
Não estava mais em um mundo que permita relaxar, perdendo tempo com leituras e coisas banais. No mundo de agora um pequeno deslize significa morte, significa a nossa carne na boca de um infectado, morto-vivo, zumbi ou errante, não sabia ao certo como chamá-los.
No início da epidemia os noticiários falavam de uma nova doença que deixava as pessoas loucas atacando uma as outras. A contaminação acontecia através de mordidas ou arranhões, depois disso a febre vinha forte até te matar. Entretanto não parava por aí, depois de um tempo a pessoa voltava, completamente diferente, com uma fome de carne incontrolável, isso mudou totalmente a vida de todos.
Me levantei e caminhei até a janela, deveria ser por volta de 15:00 horas da tarde, então tinha que me apressar se quisesse sair em uma busca por suprimentos e ainda ir no hospital.
-Eu não deveria ter me distraído tanto com aquele livro.
Resmunguei comigo mesma, um hábito que adquiri depois de passar quase dois meses sozinha nessa merda de apocalipse. Desci as escadas fazendo um rabo de cavalo alto nos meus cabelos ruivos, cheguei na sala da casa abandonada e suja. Olhei se tinha colocado tudo em minha mochila, e peguei minha aljava cheia de flechas e a coloquei devidamente presa ao redor do meu torso, em seguida coloquei a mochila e por último conferi se as pistolas no coldre escondido no cinto as costas e no coldre da perna estavam carregadas. Depois de toda essa preparação peguei o arco e sai pela porta da frente ganhando as ruas daquela pequena cidade.
Chegando perto de um mercadinho percebi a presença de um morto maltrapilho e fiquei mais atenta, puxei uma flecha colocando-a no arco. O disparo foi bem no meio da testa, nunca tive problemas em matar esses bichos, eles eram lentos, só tinha que tomar cuidado com muitos de uma vez.
