Capítulo 8 - 💡💡

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     "3, 6, 9", eram os tais rabiscos sobre a mancha escura naquela parede, esta em formato de chama negra, esvaindo-se dos furos da tomada

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     "3, 6, 9", eram os tais rabiscos sobre a mancha escura naquela parede, esta em formato de chama negra, esvaindo-se dos furos da tomada. "Esses números fazem parte da... Matemática Vórtex", lembrou-se da sua última aula. "Será que..."

     — Consegue arrumar? — Elaine não dava conta de disfarçar sua impaciência.

     Saulo afirmou com a cabeça, retornando o foco à peça derretida em sua mão, e morna, graças a somente aquele segundo de rede elétrica ligada. Ainda era estranho para ele ver aparelhos dependentes de cabos e tomadas, "que saudade da energia elétrica sem fio".

     — Consigo, mas dona, não ligue mais tantos eletrodomésticos na mesma tomada. Além de deixar a conta de luz mais cara, está criando uma bomba.

     — Não tive escolha. O filtro de linha queimou e com a cidade isolada, não tenho como comprar outro, que dirá derrubar a parede e instalar mais tomadas.

     — Tem sucata eletrônica? Posso consertar ele. — Diante dos olhares confusos, Saulo acrescentou: — Computador ou qualquer outro eletrônico quebrado.

     — Lixo você quer dizer? — deduziu, Bianca, em frente à janela.

     — Nada é lixo — corrigiu-a, Saulo.

     — Tem um computador lá em cima — pronunciou-se, Elaine, ganhando a atenção do estudante. — Funciona, mas pode desmontar. Hoje em dia se faz tudo pelo celular.

     Bianca se encarregou de buscar a maleta de ferramentas do seu falecido pai, enquanto isso, como os eletrodomésticos que causaram a sobrecarga não se encontravam mais plugados na energia, Saulo ligou novamente as chaves do disjuntor, dessa vez iluminando o restaurante sem problemas. A seguir, tanto ele quanto Elaine, subiram na apertada escada entre duas paredes, esta sem luz alguma, para chegar no andar de cima, onde ficava a casa de mãe e filha. Por um instante, ao colocar os pés naquela sala de estar, Saulo sentiu estar em um parque devido à decoração com excesso de vasos de plantas. O perfume de incenso de alecrim contribuiu com a referência.

     — Só moram vocês duas aqui?

     — Só. O computador está aqui — Elaine fora na frente, seguida por ele.

     — Não é perigoso?

     — Perigoso pra quem? — Tirou do avental uma discreta pistola.

     — Égua! Guarda isso, dona! — Recuou no impulso.

     Achando graça, Elaine a colocou de novo no avental.

— ⚡ —

     Junto à simples e bela luminária, a qual não passava de um bloco de madeira com uma lâmpada fincada no centro, o computador popular também se localizava naquela bancada. A última vez que Saulo havia visto uma máquina tão antiquada como aquela, fora no ensino fundamental. "Esse monitor deve ter um centímetro, que tijolo!", espantou-se com a espessura exagerada, já que na sua realidade, os modelos ultrafinos não passavam de poucos milímetros.

Órbita do Destino - 2043 [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora