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Maíra 🌺

A Lua acha mesmo que vou deixar ela trazer aquele filhote de cruz credo pro mundo. Correndo o risco de quando o Gael sair da cadeia descobrir de tudo e me largar pra ficar com ela.

Por isso que fui pra Angra, atrás de uma mulher chamada Lúcia que trabalha as vezes na casa da velha que tá abrigando ela.

Maíra: O plano é simples, tu faz um suco batizado com aquele remédio que te dei e dá pra vadia beber.- gesticulei.

Lúcia: E pra quê serve aquele remédio?.- arqueou a sobrancelha.

Maíra: Isso não interessa!.- falei firme.- Tô te pagando muito bem pra fazer o serviço. Vou te dar metade dá grana quando tiver certeza que deu tudo certo. Beleza?.- ela assentiu e eu sorri.- Vai me deixando informada.- coloquei meu óculos e entrei no carro.

Se eu tiver sorte morre os dois, e só assim eu posso seguir minha vida em paz.

Quando cheguei na entrada da favela, sinalizei pros vapores me darem passagem e seguir meu caminho até em casa.

Vi uma movimentação na frente de casa, e já fiquei em alerta querendo saber o que era.

Desci do carro e fui até Sant que dava ordens pros vapores que faz a vigia.

Maíra: O que tá acontecendo aqui?.- levantei o óculos.

Sant: Coé Maíra, vai ficar sumindo do nada mesmo? tu tá ligada que tá cheio de inimigo atrás de você, pq tu tá com a cria do mano na barriga.- falou sério e eu revirei os olhos.

Maíra: Eu sei me cuidar, tá? e o meu carro é blindado. Tá tudo certo!.- tentei passar pelo portão, mas ele entrou na minha frente.- É o quê, caralho?

Sant: Eu sei que tu tá tramando alguma coisa, e vindo de você não é nada bom.- falou no meu ouvido e eu ri debochada.

Maíra: Me poupe, né? vai cuidar da vagabunda que tu chama de mulher. Vi ela na garupa de outro ontem.- joguei discórdia e ele fechou a cara saindo puto da vida.

Mandei os vapores ficarem alerta e não deixar ninguém entrar. Só quero meu dia de paz.

....

Sant.

Te falar, o bagulho que a Maíra falou ficou encucado na mente, parceiro. Tô ligado que ela é uma cobra, mas vou tirar essas história a limpo.

Morgana: Tá na sua casa, caralho?.- gritou assim que meti o pé na porta.

Sant: Que história é essa de você ficar andando em garupa de macho pra cima e pra. baixo?.- apertei o braço dela.

Morgana deu um chute na minha perna, fazendo eu soltar seu braço.

Morgana: Tá louco, né? só pode.- veio socando meu peito.- Nunca mais encoste em mim!.- empurrei ela e passei a mão no cabelo.

Perdi minha postura quando segurei ela, eu assumo.

Sant: Foi mal, cara.- passei a mão no rosto e ela me deu dedo indo pra cozinha.- Mas me explica essa fita aí.

Morgana: Se você tá falando do Bh, ele é só meu amigo. Não vem pagar de macho brabo e ciumento pra cima de mim não. Já falei que não dou essa ousadia.- disse séria, enquanto cortava alguns temperos.

Respirei fundo e fui até ela, beijando o pescoço da mesma.

Sant: Desculpa, amor!. Não sei o que deu em mim.- agarrei a cintura dela.

Morgana virou pra mim e sorriu.

Morgana: Da próxima vez, eu corto seu pau fora.- falou apontando a faca, e eu ri.

AmanteOnde histórias criam vida. Descubra agora