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Gael 💀

Sair da casa da Lua transtornado. Na minha cabeça passava milhões de fita. Ainda não tava acreditando que a Maíra matou uma cria minha.

Abri a porta parecendo que ia quebrar mesmo e ela tava na cozinha.

Maíra: Que isso, Gael? tá louco?.- gesticulou com as mãos.

Dei um soco no balcão fazendo ela dar um passo pra trás.

Gael: Quer dizer que tu virou uma assassina?.- ela arregalou os olhos e quando tentou passar por mim, a puxei pelo cabelo.

Maíra: Me solta! eu tô grávida!.- falou com a voz de choro.

Gael: Nunca ouviu aquele ditado que grávida apanha nas pernas não?.- sorri e tirei meu sinto.

Puxei ela pra sala, jogando no sofá e comecei a bater nas suas pernas, enquanto ela colocava a mão na frente.

Gael: Pq tu fez isso, desgraçada?.- dei uma no braço dela.

Maíra: Eu não queria te perder! eu te amo, Gael. Tudo que fiz foi por você.- gritou e eu joguei o cinto longe.

Gael: E tu não pensou em como eu ficaria quando descobrisse? caralho, Maíra! o que você se tornou?.- ela chorou baixinho.- A pessoa que eu me apaixonei era doce, divertida e não esse monstro que tu é hoje.- apontei.

Maíra: Desculpa!.- sussurrou e eu passei a mão no rosto.

O clima ficou tenso e ninguém falava um "ai". Depois de um tempo, olhei pra ela que tava encolhida com a mão na barriga.

Gael: Desculpa! eu não deveria ter resolvido esse assunto desse jeito.

Maíra: O problema é que você faz as merdas, pra depois pensar se realmente deveria ter tomado a atitude.- respirei fundo.

Gael: Eu vou sair de casa, se ligou? não aguento olhar na sua cara. E se tu acha que matando meu filho ia fazer eu ficar contigo, se enganou legal.- passei por ela e fui pro lado de fora.

Foguinho: Coé parceiro, vamo conversar.- me puxou pra um abraço.

Gael: Preciso de um tempo sozinho.- me afastei.

Foguinho: Blz! mas vê se não faz merda.- assenti e fiz toque com ele.

Fui direto pra boca e me tranquei na salinha.

....

Passei a noite me drogando, bebendo e acordei um trapo. Só vi o Foguinho me jogando dentro de um dos meus carros.

Fechei os olhos e coloquei a mão na barriga. A vontade de vomitar bateu e eu nem me segurei.

Foguinho parou em frente a casa da Lua e a nega já tava reclamando na porta. Revirei os olhos e fui caminhando com ajuda do parceiro.

Lua: Aí caralho, falei pra não deixar ele sozinho.- passou meu braço em volta do pescoço dela.

Foguinho: Ele pediu o tempo dele pô. Agora cuida da sua cria aí que eu vou cuidar do morro. Fé irmão!.- deu um tapinha nas minhas costas.

Lua me arrastou pro banheiro e foi tirando minha roupa. Em seguida me jogou debaixo no chuveiro.

Eu tava tremendo de frio, parceiro.

Gael: Porra, Lua! não podia regular essa merda não?.- reclamei e ela deu um tapa no meu pescoço.

Lua: Fica quieto, coisa feia.- pegou o sabonete e começou a passar pelo meu corpo.

Quando ela passou pelo meu abdômen, eu puxei a mão dela pra baixo e sorrir.

Lua: Nada disso.- negou e eu revirei os olhos.

Depois da mamãe me dar banho, ela pegou um short moletom e uma blusa do guarda roupa, que inclusive ela tinha roubado. Bandida toda.

Gael: Vai deitar comigo não?.- falei me cobrindo.

Lua: Vou fazer alguma coisa pra tu comer.- assenti e ela saiu.

Voltou minutos depois com um pratão de feijão e arroz com bife acebolado.

Gael: Do jeito que eu gosto.- sorrir.- Aí eu dou valor.- a gata me deu dedo e deitou do meu lado.

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- Postando capítulo agora, pq sim!

Lembrando que eu não concordo com nenhum tipo de violência contra mulher.


AmanteOnde histórias criam vida. Descubra agora