Love and War (Destiel - ABO)

07 - Pule e depois caia

- Ouve alguma coisa ? – perguntou Metatron, membro do clã do norte que fora enviado para buscar Castiel na fronteira com as terras do sul. O velho estava acocado em cima de rocha um pouco mais alta que o chão, tentando captar algum som ou resquício de cheiro.

- Não. – respondeu uma ômega de meia idade, de cabelos curtos castanhos e muito durona. Ela era Jody, um dos "braços direitos" de Chuck.

– E já está escurecendo. Chuck não gostará nada disso.

O homem baixinho pulou da rocha, olhou para o céu tentando identificar a posição do sol e calcular quanto tempo restava para perderem a luz do dia. Jody cruzou os braços e se escorou no tronco de uma árvore, esperando o velho se pronunciar.

- Acha que Cassie está em perigo? – perguntou aflito o velho. Ele considerava o ômega e seus irmãos como seus filhos que nunca teve.

- Não confio no clã do sul, mas se John Winchester enviou uma carta afirmando que Cas estava bem e queria entrega-lo de forma pacífica, eu não duvido disso. Já ouvi histórias de que John é um alfa líder de palavra. – Jody falou de forma tranquila ao mais velho.

- Espero que Chuck também saiba que o Winchester é um homem de palavra. – ironizou Metatron ao ajeitar a toca desbotada na cabeça - Melhor voltarmos para o clã. – disse o velho andando em direção ao clã do norte de forma apressada.

- Claro. Não estou a fim de ser o jantar de algo ou alguém essa noite. – respondeu Jody olhando pela última vez ao sul na tentativa de enxergar alguém vindo, porém, não havia nada além das gigantes coníferas da floresta.

(...)

Os quatro jovens chegaram no clã causando um grande alvoroço devido ao corpo sem vida que os irmãos estavam carregando. Sam e Dean carregaram o falecido Rufus até o bunker e o deixaram encima da enorme mesa que ficava na sala principal.

O alfa líder estava com os braços cruzados acima do peito, em pé, na ponta da mesa observando o corpo sem vida de seu amigo. Aquele corpo estraçalhado e com visíveis sinais de violência não pareciam pertencer ao alfa de pele morena, o qual possuía um grande respeito. John o considerava seu braço direito mais importante da matilha. Rufus pertencia a floresta selvagem, vez que a conhecia como a palma de sua mão, e agora, jazia bem a sua frente.

Bobby observou de longe o corpo de seu melhor amigo estendido. O ancião apertou as mãos nas rodas da cadeira até ficarem pálidas tamanha ira que estava sentido. Rufus não merecia ter morrido daquele jeito.

- Ellen. – chamou o alfa líder, quebrando o silêncio da sala. – Prepare o funeral do Rufus. Ao menos uma partida digna esse homem merece já que os Deuses o levaram de forma tão bruta.

A mulher de cabelos castanhos prontamente obedeceu a ordem do alfa e chamou sua filha Jo, uma jovem ômega de cabelos dourados, e a ruiva Charlie para ajuda-la com a preparação. Benny, um alfa de cabelos claros e deveras forte, carregou o corpo desfalecido até a uma sala do bunker.

Dean observou o pai, o qual ainda estava no mesmo lugar, com os braços cruzados e uma expressão nula em sua face. O cheiro do alfa líder também não demonstrava nada. Nem raiva ou tristeza. E aquilo deixou o alfa interior do loiro inquieto. Ele olhou para Sam e arqueou as sobrancelhas, lançando o olhar para o patriarca.

O mais alto arregalou os olhos e balançou a cabeça em direção ao pai, incitando Dean a falar com ele, fazendo o loiro revirar os olhos e finalmente ir até o alfa líder. Seu pai era intimidante.

- O que vamos fazer em relação a morte do Rufus, pai ? – perguntou de forma insegura o loiro.

- Tudo o que temos a fazer nesse momento é dar uma partida digna a ele. – disse o alfa líder de forma seca enquanto caminhava em passos lentos até os seus aposentos.