Capítulo 13

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"Monstros são reais e fantasmas são reais também. Vivem dentro de nós e, às vezes, vencem." - Stephen King

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3 semanas depois...

- Não sei se Marcos pode atender agora? - a sebosa da Srta. Nunes disse

- Sabe o que eu acho engraçado? - eu pus os braços em sua mesa e a encarei - Na frente dele é só Sr. Fernandes, não é? - sorri cínica - Marcos confia em mim então basta eu falar que você voltou a tratá-lo de maneira informal para ele te enxotar daqui. Aliás ele só não fez isso porque você deve ser muito boa no que faz e para Marcos sua única utilidade é essa - fui até a porta e me voltei a ela novamente - outra coisa: não preciso ser anunciada por que eu sou namorada dele. E se ele nunca te notou eu sinto muito por você, querida - dei um tchauzinho para ela e entrei na sala

Quando entrei na sala, vi ele mexendo em sua arma. Sorri. Em três semanas, Marcos aprendeu a atirar de maneira surreal, lutar mais ainda. Consegue até me ganhar as vezes. Demos um jeito de conseguirmos mais uma arma e eu só saio com ela. Os caras parecem terem amenizado a perseguição contra nós mas estamos sempre alerta.

- O que a mulher mais espetacular do planeta veio fazer aqui? - ele acoplava o silenciador em sua arma foi então que notei um alvo no canto de sua sala. Lancei um olhar ameaçador e ele travou a arma. Sorri.

- Vim te ver. Creio que ficar em casa sozinha é meio perigoso e você aqui com essa mulher ardilosa querendo abrir as pernas para você também é bem perigoso - sentei em seu colo e o beijei

- Você sabe quem eu quero que esteja de pernas abertas para mim - ele sussurrou e me olhou maliciosamente

- Não seja tolo - nós rimos - bem inteligente colocar o silenciador na arma. Assim a sebosa não ouve nada.

- É - ele pegou a arma, destravou e atirou acertando bem no centro do alvo

- Eu estou impressionada com a sua evolução - eu o beijei e ele sorriu

- Eu tenho a melhor professora do planeta - ele tinha deixado sua barba crescer. Sua cara de bad boy me deixava louca só quando eu o via.

- Já está anoitecendo, vamos para casa.

- Não posso ainda, tenho uma reunião com uns investidores - ele tirou uma mecha de cabelo que caia no meu rosto - mas me espera aqui, depois podemos jantar fora e aí sim vamos para casa.

- Tudo bem - eu levantei de seu colo - espero você na companhia de sua agradabilíssima secretaria - ele riu, pegou seu MacBook e saiu da sala.

Então suspirei e fui para fora. Srta. Nunes me encarou com ódio no olhar, com isso aproveitei para olhá-la da cabeça aos pés. Uma beleza tradicional: Loira oxigenada com olhos excessivamente azuis, estava com uma blusa formal azul royal dentro da saia preta e usava um... Fiquei pálida na mesma hora. Olhei para ela sem conseguir respirar direito então tive outra lembrança.

Ouvia Jonas gemer atrás da porta, eu sentia nojo de tudo aquilo, tinha vontade de vomitar...

- Quando vai ser a próxima garota? - Jonas perguntava

- Logo, tenha calma. Agora só me fode - a mulher dizia em meio a gemidos

Eu levantei me sentindo impotente e ao mesmo tempo pronta para matar. Cheguei perto dela e ela me olhou confusa.

- Levanta, sua puta - eu disse

- Quem você pensa que é para falar assim comigo? - ela disse

- Que tal sua amiguinha de puteiro? - eu disse firme, saquei a arma e apontei para ela - LEVANTA, SUA PUTA DESGRAÇADA - eu gritei ela mudou sua expressão. Notou que eu tinha a reconhecido - entra na sala do Marcos agora - encostei o cano em sua cabeça e ela entrou com as mãos para o ar - Ninguém com salário de secretária compra esse scapin - eu disse raivosa - reconheci esse sapato das gravações da casa de Paraty - Minha maior pergunta é: Como eu nunca notei que essa mulher estava na jogada? - só uma puta bancada pelo cafetão tem dinheiro para um sapato desses - eu a empurrei para sentar no sofá da sala de Marcos - Meu Deus tudo faz sentido. Assim que eu vim aqui a primeira vez, nós começamos a ser perseguidos. E as perseguições acabaram porque eles imaginaram que era muito mais vantajoso ter alguém infiltrado aqui.

A Garota Secreta: Medo AbsolutoOnde histórias criam vida. Descubra agora