Casamento com o Duque (Concluído)

Capítulo 3

Boa leitura, meninas <3

CAPÍTULO 3

Sebastian Remington, Duque de Lancaster, estava na sala de visitas de Midanbury Abbey, casa de campo do Conde de Oakley, pai de sua noiva.

Era estranho pensar daquela forma, há seis anos ele não tinha uma noiva. E há quase quatro não pensava em conseguir uma. Somente no início daquele ano o pensamento começou a rondar sua cabeça. Ele tinha um sólido dever com o seu título, tinha um ducado para transferir ao seu herdeiro. E para ele, não havia nada mais importante do que o ducado e os deveres atrelados ao mesmo. Deveres esses, que ele cumpria rigorosamente, para honrar a memória de seu pai. 

Sebastian não gostava da ideia de se embrenhar novamente nos infinitos bailes, soirées, piqueniques, musicais, passeios no Hyde Park, e demais entretenimentos que seria obrigado a comparecer, para conseguir uma esposa. Ele sabia que não tinha o menor tato social e há seis anos, quando teve que cortejar Lilian, sua falecida esposa, já havia achado aquilo terminantemente detestável. Atualmente, aos trinta anos, sua paciência estava ainda menor para aquelas frivolidades.

Portanto, quando o Conde de Oakley, com quem estava embarcando em um parceria de negócios, ofereceu a mão da filha mais velha em casamento como forma de solidificar aquela futura aliança, desobrigando-o ainda de um longo noivado, e até mesmo sugerindo que ele conseguisse uma licença especial, Sebastian, de pronto, aceitou.

Conseguiu a licença em menos de um dia, e assim que estava com o documento em mãos, pegou o primeiro trem de Londres e embarcou para Midanbury Abbey, em Southampton.

O trem chegou na estação de Eastleigh quase na metade da manhã, e Sebastian desembarcou, pedindo, de imediato, seu cavalo, que havia vindo no vagão para animais. Ele não esperou seu valete que viria atrás com o resto de sua coisas na carruagem que o conde mandara para escolta-los até a mansão. Estava ansioso para cavalgar de verdade em um campo aberto. Estava em Londres há quase três meses e sentia falta do ar do campo.

Ele havia acabado de avistar a imponente mansão e reduzir o galope à uma marcha mais lenta, quando, ao levantar seus olhos para admirar a vasta propriedade, foi surpreendido com um visão um tanto... bucólica?

Uma mulher, vestida com um leve vestido azul claro, estava parada, ao longe, fitando-o. Ela tinha cabelos negros, e eles estavam soltos, e assim como o vestido, agitavam-se ao redor dela, por conta do vento.

Não conseguia dizer se ela era jovem ou não, por conta da distância. E quando levantou a aba do chapéu, para vê-la melhor, ela correu e se embrenhou no bosque que cercava a propriedade.

Teve uma súbita vontade de segui-la e vê-la de perto. Mas como era um desejo totalmente ilógico, ele seguiu em frente, até seu destino.

O conde e a condessa receberam-no de modo absolutamente cortês e até mesmo efusivo. Ele passou o restante da manhã com ambos, tomando chá e pacientemente ouvindo o conde falar alegremente à respeito de sua futura parceria.

No almoço ele foi apresentado à irmã mais jovem de sua noiva. Lady Melinda parecia ter acabado de sair da ala infantil, ainda era muito pequena e pueril, no entanto devia ter dezesseis anos ou mais, já que se sentara com eles à mesa. Ela também parecia estar aterrorizada com ele, pois Sebastian percebeu uma palidez antinatural em sua tez e toda vez que ele a pegava fitando-o ela desviava rapidamente o olhar, se remexendo na cadeira e arregalando os olhos. Ele não estranhou, sabiaque tinha esse efeito nas pessoas.

A condessa desculpou-se com ele, pois Lady Charlotte, a filha mais velha, estava indisposta em seu quarto, mas que no jantar ela já estaria bem o suficiente para descer e conhece-lo. Aquilo fez um calafrio perpassar pelo seu corpo. Será que sua noiva tinha a constituição frágil e adoecia facilmente como sua falecida esposa? Ele não estava pronto para passar por aquilo de novo. Ele falou pela primeira vez, desde que haviam começado a comer: