Capítulo 5

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Se cuidem, meninas. Boa leitura <3


CAPÍTULO 5

Charlotte pediu à uma das garçonetes uma mesa. Felizmente a moça não a reconheceu ou estava ocupada demais com a quantidade de clientes que haviam chegado para o jantar, pois ela tratou-a normalmente. Ofereceu-a uma pequena mesa nos fundos do salão, ao lado de uma das janelas.

Fez seu pedido e esperou, enquanto olhava para o lado de fora da estalagem. As ruas da vila estavam pouco movimentadas, agora que todos os passageiros já haviam saído da estação e chegado aos locais que iriam pernoitar. Já estava bastante escuro e uma parca neblina tomava conta da rua.

Ela apertou mais o xale contra os seios.

Alguns minutos depois a garçonete trouxe seu pedido: um ensopado fumegante que a fez estremecer de deleite. Nossa! Estava precisando se esquentar.

Estava pronta para começar a comer, quando notou que a moça ainda não tinha saído do lado dela e olhava-a com grandes olhos servis.

Oh! Alguém falara à ela.

– Precisa de mais alguma coisa, Vossa Graça?

Charlotte suspirou.

– Não, muito obrigada.

A moça permaneceu parada, expectante.

– Você pode ir, querida.

– O duque comerá no salão privado, meu patrão disse para que eu a avisasse e a ajudasse a levar sua refeição para lá.

– Eu estou bem aqui – sorriu Charlotte.

A menina continuou ao seu lado, em pé, com um sorriso gentil.

– Você pode se retirar. Há muitos clientes para atender – sugeriu, apontando para o salão lotado.

– Meu patrão disse que caso Vossa Graça não quisesse fazer sua refeição com o duque eu deveria ficar de prontidão caso precise de algo.

– Eu não preciso de nada, querida. Estou perfeitamente bem – garantiu Charlotte, e estava abrindo a boca para garantir novamente quando viu o duque entrando no salão.

Ela murchou os ombros.

Ele chamava muita atenção, fosse pelo porte grande e alto, ou pelas roupas evidentemente caras, ou ainda pelos olhos incomuns. Todos se voltaram para ele, que vasculhou o ambiente até seus olhos pousarem sobre ela.

Veio em sua direção.

Sentou-se à mesa, a sua frente. A expressão austera e neutra, como sempre, embora ela pudesse notar uma leve brilho em seus olhos. De raiva, talvez?

Ele se preparava para falar, quando notou a figura parada, em pé, ao lado da mesa.

– Nos dê licença – ele ordenou. De modo algum foi ríspido, no entanto havia algo na cadência de sua voz que poderia fazer até Charlotte obedecê-lo, se ela não ficasse atenta.

Funcionou perfeitamente com a moça, que saiu com uma reverência apressada, esquecendo de todas as ordens anteriores de seu patrão.

Charlotte finalmente pôde voltar a atenção à comida. Estava com a colher a meio caminho da boca, quando o duque disse:

– Achei que tivesse pedido que comesse no quarto.

Ela fez um pequeno bico para esfriar o conteúdo da colher. Em seguida, sorveu o ensopado. Estava delicioso e ainda quente o suficiente para esquentá-la. Ela fechou os olhos em apreciação.

Casamento com o Duque (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora