Boa leitura, meninas <3
CAPÍTULO 11
Quando Charlotte levantou, o sol já estava alto no horizonte. Fez uma nota mental para pedir à Daisy que passasse a acordá-la até que ela já não ficasse tão cansada com as atividades noturnas que fazia com o marido. O último pensamento a fez estremecer ao lembrar-se do modo como ele beijara sua intimidade e da sensação maravilhosa de sentir a língua dele... lá. Aquilo foi divino. Nunca, nem em seus sonhos mais loucos, Charlotte imaginara que um homem poderia dar tanto prazer assim à uma mulher. Principalmente um como Sebastian, tão calado e frio, apesar de ela não mais associar esta última descrição à ele. Decidiu-se por distante, ele era calado e distante, frio ela já não conseguia usar, sentia muito calor quando pensava nele.
Daisy a vestiu com um vestido leve de musselina azul, mas que possuía um corpete luxuoso e intricado, pois naquela manhã, alguns convidados chegariam e ela precisaria recebê-los.
Já eram quase dez da manhã quando ela desceu para um café da manhã tardio. Pegou algumas torradas e presunto no aparador e sentou-se à mesa.
Alguns minutos depois, a senhorita Wolf apareceu e se juntou à ela, com um prato muito maior.
– Bom dia – Charlotte cumprimentou.
A moça acenou com a cabeça, e deu um leve sorriso, estava com a boca cheia.
– Já pensou no que gostaria de ser? – indagou, quando finalmente engoliu.
– Oh sim! – respondeu Charlotte, bem humorada. – Eu sabia desde ontem. Quero ser uma maquinista.
– Uma condutora? – perguntou a moça, com um sobrancelha erguida.
– De trens, sim.
– Ora, essa é nova. Suponho que terei que fazer como fiz com Hester, minha prima pirata: pintar um fundo especial.
– Você conseguiria?
A moça assentiu.
– Posso leva-la à sala de máquinas do trem. O que acha?
– Perfeito, mas precisarei de algumas horas lá, depois de pintar você primeiro.
– Tudo bem. Preciso ir ao trem hoje também, conseguir a roupa.
– Como pretende fazer isso?
Charlotte apenas sorriu.
Uma batida, seguida pela entrada de Lionel, interrompeu a conversa.
– Vossa Graça, os convidados estão chegando – avisou o mordomo. – O duque solicita sua presença para recebê-los com ele.
Charlotte conteve um suspiro. Ela passaria o resto da manhã tendo que receber os que chegavam, junto ao marido que solicitava sua presença. Quando ela deixaria de se irritar com isso? Por que ele mesmo não vinha chamá-la, de quebra pedindo "por favor, me acompanhe"? Era um desejo inalcançável, ela sabia. Também sabia que receber os convidados era uma tarefa também da duquesa, ele não precisava pedir. Um pouco de cortesia no entanto, não mataria ninguém.
Com um sorriso desanimado, Charlotte se levantou.
A senhorita Wolf deu-lhe um olhar de quem compreendia e comentou:
– Ele é excessivamente formal, seu marido...
Charlotte assentiu.
– Só irei ao trem após o almoço, é quando penso que toda essa gente irá querer descansar da viagem. Você irá comigo? – perguntou à senhorita Wolf.
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Casamento com o Duque (Concluído)
Historical FictionLivro 1 da Trilogia: Escândalos e Desencontros Charlotte Enoch é jovem, alegre, um pouco rebelde para o seu tempo e está completamente apaixonada por Richard Brent, seu namorado e filho de um dos arrendatários de seu pai. No entanto, o envolvimento...