Capítulo 4

12.9K 1K 516
                                    

Olá, espero que estejam em casa e seguras. Boa leitura, meninas <3

 Boa leitura, meninas <3

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

CAPÍTULO 4

Na sexta-feira, Charlotte desceu propositalmente muito tarde para o café da manhã.

Sua mãe havia proibido que os criados levassem qualquer refeição ao quarto para ela, então decidiu descer para o café da manhã quase na hora do almoço, para que assim pudesse já comer o suficiente, como se fosse sua principal refeição do dia e ainda como bônus, poderia evitar o duque.

Assim o fez. Ela comeu como se estivesse presa há dias, e só depois de estar com o espartilho já quase estourando é que finalmente levantou da mesa. Aquela provavelmente seria sua única refeição do dia, pois não sairia mais de seu quarto.

Estava na base da escada que ia para a ala oeste quando ouviu a voz de seu pai, chamando-a.

Parou e olhou para trás. Ele estava na escada que dava para a área leste da casa, onde ficava a biblioteca e os quartos de hóspedes.

– Siga-me, Charlotte – ele disse e virou de costas, sem parar para verificar se ela o seguia ou não.

Charlotte fitou o alto da escada, desejando ardentemente subir para o seu quarto e permanecer isolada, lambendo suas feridas. Não havia sequer tido tempo de fazer isso de maneira apropriada: comendo um gigantesco bolo de chocolate sozinha, por exemplo. Seu pai havia descoberto sobre ela e Richard em um dia; no mesmo dia havia arranjado um maldito noivo para ela; em seguida havia feito a maior burrice de sua vida e se entregado à Richard; e menos de dois dias depois ele havia fugido, deixando-a como protagonista do maior papel de imbecil do século XIX.

Agora ainda precisava lidar com o seu pai com o pior dos humores que ela já tinha visto.

Suspirou, resignada, e atravessou o hall, subindo o outro lance de escada e seguindo o conde.

Entraram na biblioteca e ele apontou uma poltrona para que ela se sentasse. Rodeando a grande escrivaninha e se sentando também, de frente para ela.

Ele pegou alguns papeis, analisou-os, e deslizou-os sobre a mesa até colocar a pequena pilha à frente de Charlotte. Ele colocou o indicador em cima de alguns números e Charlotte baixou a cabeça para ver o que ele lhe mostrava. Os números eram uma cifra. Ela arregalou seus olhos com o valor gigantesco impresso no papel.

– Isto – disse seu pai, tirando os papeis da frente dela e batendo-os na mesa para aninhá-los, – é o valor atual da companhia ferroviária que o seu noivo possui junto com o sócio dele. Eu estou comprando 15% da parte dele e entrarei como sócio minoritário. É um dos maiores negócios que farei na vida, Charlotte. Possuindo essa porcentagem, eu também terei proporcionalmente os lucros pela companhia. Isso dará uma vida muito confortável à sua mãe e a sua irmã e para muitas gerações futuras de nossa família, e é um dinheiro completamente desvinculado do título, portanto vocês três irão herdar, quando eu morrer. Melinda poderá ter uma temporada brilhante – ele disse, fitando-a em seguida, com desgosto. – Só porque você ia aos bailes forçada, porque estava com a cabeça nas nuvens pensando no maldito Brent, não pense que sua irmã não deseja ter uma temporada social, e pretendentes e bailes, e tudo o que ela tem direito. Esse investimento proporcionará isso à ela, e o seu casamento proporcionará respeito e aceitação unânime também para ela. Você consegue entender isso?

Casamento com o Duque (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora