Capítulo 10

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Feliz dia das mães a todas as mamães maravilhosas que leem esta história 💖

CAPÍTULO 10

O visconde e a viscondessa de Blair, George e Regina Wolf, assim como sua filha, a senhorita Annabel Wolf, chegaram àquela noite. Surpreendendo-os, pois os convidados só começariam a chegar no dia seguinte.

O duque e Charlotte os receberam e ela os acomodou em seus quartos, informando a hora do jantar e pedindo com que os avisassem imediatamente caso precisassem de algo. O casal preferiu ficar em quartos separados e Charlotte imaginou que a maioria dos casais convidados teriam essa preferência, assim como ela e o marido faziam.

Ela desceu até a cozinha e pediu que mais quartos fossem preparados na manhã do dia seguinte.

O visconde e a viscondessa eram uma companhia agradável. A filha, uma jovem de cabelos castanhos e bonitos olhos cor de amêndoas, apesar de ser bem educada e responder à todas as perguntas que lhe eram dirigidas, parecia um tanto desinteressada em tudo ao seu redor.

À mesa, em alguns momentos, os homens falaram de negócios e Charlotte descobriu que as minas de Sammuel forneciam carvão para as propriedades do visconde, seus arrendatários e boa parte da região de Bristol.

Ela começou a suspeitar que Sammuel Carling fosse muito mais rico do que havia imaginado. E notou também que o visconde e a viscondessa jogavam muitas indiretas a respeito do homem ser solteiro. Ficou bastante evidente que estavam disponibilizando a filha para mudar essa situação.

Após o jantar, os três homens foram para a biblioteca e as mulheres à sala matinal.

A viscondessa logo expressou cansaço pela viagem e, pedindo perdão à Charlotte, disse que iria se deitar.

Charlotte torceu para que a filha fizesse o mesmo que a mãe, não que ela não tivesse gostado da garota, mas elas não haviam trocado nenhuma palavra diretamente uma com a outra no jantar, e ela suspeitava que não pudessem ter muito sobre o que falar.

No entanto, a viscondessa virou para a moça e insistiu:

– Acompanhe a duquesa até que ela termine seu chá, Annabel.

A moça suspirou sem disfarçar o tédio.

– Não é necessário – interviu Charlotte, e se virou para a senhorita Wolf. – Se estiver igualmente cansada, pode se retirar e descansar também.

– Vamos terminar nosso chá – a moça disse.

– Boa noite à vocês, então – disse a viscondessa, sorrindo.

– Você não teria algo mais forte para beber, teria? – perguntou a senhorita Wolf, assim que a mãe fechou a porta atrás da duas.

Charlotte se levantou e foi até uma pequena mesa de canto que continha algumas garrafas de bebida.

– Há uísque, conhaque e vinho do porto. O que prefere?

– Conhaque estaria ótimo.

Charlotte serviu duas taças e voltou para perto dela no sofá, entregando-lhe uma. A moça sorriu pela primeira vez.

– Obrigada – ela disse. Charlotte assentiu e deu um gole, sentindo o líquido aquecer sua garganta. – Quantos anos tem?

– Vinte e um. E você?

– Vinte e cinco – respondeu a senhorita Wolf.  Ela deu um gole generoso no conhaque, e fitou Charlotte. – Você é jovem demais e já é uma duquesa. Foi muito difícil se habituar?

– Ainda estou me habituando. Sou casada há duas semanas apenas.

– Ora. Tão pouco tempo? Está sendo difícil? – perguntou ela, esvaziando a taça e apontando para o aparador, silenciosamente pedindo para se servir de mais.

Casamento com o Duque (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora