Capítulo 13

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Um capítulo extra como prometido para comemorar as 100 mil leituras de Caçador de Dotes. Obrigada mais uma vez, meninas. Boa leitura <3

CAPÍTULO 13

Charlotte correu escada acima, procurando auxiliar Sebastian, caso ele precisasse. Mas não o encontrou no corredor e supôs que ele já deveria ter entrado em seu quarto. Agora ela estava parada, na frente da porta, ponderando se entrava ou não. Ele não a tinha convidado e havia dito que o ferimento era simples e que não precisaria de ajuda. E há apenas uma noite ele a havia rejeitado, e ela sequer sabia o porquê, apenas que ele não queria a sua companhia.

Ainda assim estava disposta a ajudá-lo, mas no momento em que ia bater à porta, Robert, o valete do duque abriu-a.

– Milady – ele fez uma reverência. – Milorde acabou de entrar para o banho.

– Ele está bem?

– Perfeitamente. Darei um pouco de privacidade à ele e depois retornarei para ajudá-lo.

Ela assentiu enquanto via o homem seguir pelo corredor. Não queria deixar Sebastian desconfortável ou importuná-lo com sua presença. Só faria isso quando fosse necessário a troca de curativos.

Seguiu para o próprio quarto e se trocou com a ajuda de Dayse, pois havia gotas de sangue em seu vestido amarelo claro de musselina. Depois desceu sozinha para receber os convidados.

...

Sebastian havia tomado banho e agora se vestia com o auxílio de seu valete.

O braço esquerdo, onde fora atingido, doía e os pontos estavam quentes e latejantes sob o curativo. Mas ele estava bem, fisicamente. Sua mente, no entanto, parecia fora de controle. O que havia acontecido com ele? O grupo de caça havia emboscado um imenso javali e todos, com exceção do Visconde de Blair, haviam apeado e feito um semicírculo ao redor do animal que, acossado, preparou-se para fugir. Dare avisou que iria atirar, mas Sebastian foi lento demais em sair da linha de tiro. Estava cansado, há algumas noites sem dormir, e o pior, desde que saíra de manhã a imagem de Charlotte dormindo, parecendo ao mesmo tempo inocente e sensual, não havia saído de sua cabeça.

E ele ficara ponderando, durante toda a caçada, se havia feito certo em rejeitá-la, e se havia ajudado a criar uma distância entre eles ou apenas a deixado com raiva e mais determinada a se aproximar e conseguir seja lá o que fosse que ela tinha em mente.

Aqueles pensamentos o haviam feito tomar um tiro, só por isso ele não retribuía o favor à Dare. Porque a culpa não havia sido inteiramente da incompetência do Conde em utilizar um arma, mas também de seu fracasso em tirar a esposa da mente.

...

O Conde e a Condessa de Devon haviam sido os primeiros à chegar àquele dia, e Charlotte os recebera e os enviara, ao cuidados de Lionel, para seus respectivos quartos.

Ela estava voltando para o hall de entrada, passando à frente da escadaria, quando olhou para cima e viu o duque descer, apressado.

Franzindo o cenho e encaminhando-se para a base da escada, ela o esperou.

– Você deveria estar no quarto, descansando – alertou, mesmo depois dos avisos do doutor Ronald de que o duque jamais convalesceria enfurnado no quarto, mesmo que estivesse com um ferimento muito mais grave.

Sebastian sobressaltou-se ao vê-la.

– Estou bem – ele disse, e passou por ela, ignorando seu cheiro.

Seguindo-o até o hall de entrada e postando-se ao lado dele para receber os outros convidados, Charlotte tentou mais uma vez:

– Fique descansando apenas esta manhã. Algumas horas. À tarde poderá se juntar aos convidados.

Casamento com o Duque (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora