Cap 3

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A manhã seguinte havia demorado para chegar, ainda era cedo, mais ou menos 5 horas, o sol nem havia dado sinal no céu nublado, Taeyang havia passado mais uma de suas noites em claro, mas desta vez com pensamentos diferentes dos anteriores, o maior estava na sacada de seu quarto, mais uma vez com aquele típico copo de whisky e um cigarro na outra mão, o mesmo nunca fora de fumar e beber tanto, mas se fosse para retirar o estresse que tem todos os dias com seu pai, preferia isso, jogara o cigarro e deixou o copo vazio na mesinha, saindo em seguida do quarto, já do lado de fora seu irmão o aguardava, o que achou estranho.

— O que aconteceu? — perguntou arqueando a sobrancelha.

— O Papai descobriu — falou — Não sei, acho que alguém ouviu, ele ta enfurecido — disse já com sua vontade de chorar, Taeyang odiava ver Hweseung assim, por mais que fosse rigoroso com certas pessoas, para si, aquele Ômega é a única parte boa que sobrou da família.

— Não chore Hwe...

— É que ta doendo — disse choramingando, o Yoo mais uma vez manteve sua sobrancelha erguida, até o menor levantar a manga da camisa e mostrar os machucados.

— Que droga! — esbravejou — Fica aqui — pediu e seguiu caminho até o escritório do anfitrião, e lá estava ele, conversando com o seu "prometido" — Você é um filho da puta mesmo — disse ríspido.

— Com que direito tem de falar assim comigo? Temos muito o que tratar, como sabe, seu casamento já está agendado para... — fora interrompido.

— Ahhg SAIAM DAQUI!! — gritou e logo todos que estavam ali, menos uma pessoa, saíram — Agora eu pergunto, com que direito você teve de fazer aquilo com Hweseung?! Você é o caralho de um cara egocêntrico e sem sentimentos!! A Ponto de ferir o próprio filho!!

— Eu apenas mostrei a ele o que acontece quando se tenta trair a própria família.

— A palavra família saindo dessa sua boca é até irônico, não importa o que vai fazer, não vai mudar a minha opinião de sair daqui com aquele garoto.

— Ah fala de Youngkyun? A essa hora deve estar bem longe daqui — disse sorrindo mínimo.

Palavras o suficiente para que Taeyang saísse daquele escritório e voltasse para seu quarto para pegar sua arma e algumas munições, não teve tempo de se despedir do mais novo, devia sair dali o mais rápido possível, sabia como era DongWook, adentrou no veículo e saiu, pegara o celular ligando para Rowoon.

~ Senhor Yoo?

— Não.

~ Taeyang... Quer saber onde levaram aquele garoto? — nada ouviu apenas o som da velocidade em que o Yoo dirigia — Eu não sei...

— Como não sabe? Eu te confiei pra uma coisa Rowoon.

~ Perdão, Seu pai sabe da nossa proximidade e não me falou nada, mas darei meu jeito...

— Esquece — desligou e freou em um sinal vermelho, o mesmo respirou fundo, não tinha seu cigarro e bebida ali consigo para se acalmar, pelo espelho retrovisor do carro ele viu uma movimentação se aproximando, não tinha tempo para pensar, apenas passou o sinal que ainda estava vermelho, pisando fundo no acelerador, e agora alguém o ligava, por sorte apenas um botão era o suficiente — Hweseung!

~ Pedi ajuda a Seunghyub, então para de acelerar por favor — explicou o menor, e Taeyang parou, logo ao seu lado outro carro se aproximou, Hweseung encerrou logo a ligação.

— É difícil te acompanhar Taeyang — disse Seunghyub com um sorriso soprado.

— Nunca se sabe — respondeu — sabe quem eu quero encontrar...

— Já encontramos, seu pai quer levá-lo para o outro lado do oceano sem você por perto, ele é esperto.

— Não por muito tempo.


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Youngkyun estava tonto, sentia-se enjoado, to tanto que havia apanhado pela madrugada, ouvia perfeitamente o barulho do mar... espera... o mar?

— Que merda...ouch... — grunhiu de dor — Vocês não ouviram o dono de vocês não, se querem que eu seja da gangue, não deveria ser assim... me matando.

— Cala a boca — tapou a boca do mesmo com um pano sujo por sinal, o kim chutou a perna do cara, e conseguiu se levantar, afinal, apenas seus braços estavam imobilizados, quando finalmente conseguiu ver a claridade ele estava em um barco... Iate pra falar a verdade.

— A que ponto ele tem de paranóia de acordo com Taeyang? — perguntou a si mesmo, arregalou os olhos ao ver dois carros se aproximarem, porém, sentiu-se aliviado ao ver que era Taeyang?

O Yoo correra até o mesmo, sua feição não era uma das melhores, havia mais alguém o acompanhando.

— Taeyang, tem um iate a espera de vocês, terão que sair da cidade, aqui, dois amigos meu cederão a casa a vocês, boa sorte — o kim viu o cara entregar ao Yoo um papel.

— Certo... — ele assentiu e se virou para Youngkyun, e tirou um canivete de seu bolso retirando a corda que o amarrava e o pano da boca alheia adentrando no iate.

— O que... espera! Mas o que vão fazer?

— Te tirar daqui — respondeu Taeyang, sem muita demora apenas despejou os corpos dos capangas da gangue na água, tomou o controle do barco e se distanciaram dali.

— Olha... Eu prefiro muito mesmo a morte — disse o kim e Tae riu soprado.

— É o que muitos falam sabe, mas na hora que estão perto da morte, querem viver — disse simplista — Então para de dizer isso — kyun se conteve em xingar o outro alfa.

— Por que seu pai quer justamente a mim? — perguntou

— Pelo visto e sem eu saber, ele ficou um bom tempo te observando, viu que é inteligente e pensa rápido, de modo calculista — respondeu focado para onde iria.

— E para onde vai?

— Iremos para o aeroporto — disse, o kim demorou um pouco para processar o que ele disse.

— Espera... ah não, esquece, não seria mais fácil ir de carro? — perguntou.

— Na verdade sim, mas seria mais perigoso, meu pai não se importaria em acabar com tudo em volta para te encontrar, mas ele não sairia assim — disse, ao chegar próximo a outro iate, logo trataram de embarcar no mesmo, sem antes o Yoo espalhar gasolina e tacar fogo — Encontra isso, idiota — disse sorrindo soprado.

Youngkyun estava sentado, com as mão na cabeça bagunçando um pouco de seus fios pretos e curtos, nada falara depois de então, até a chegada deles ao aeroporto, aqueles que estavam presentes ali sussurravam entre si, sobrevoaram em um avião particular, seria uma viagem um tanto longa.

— Você é calmo — disse o Yoo tomando o líquido amargo que tinha em seu copo.

— Isso é estranho, tipo... nossa, é uma gangue, e você é o filho do dono dela, parece até uma história fictícia... E com certeza, não só seu pai virá atrás de você.

— Ah, sobre isso, não mesmo... isso que me irrita, descanse Youngkyun, a viagem vai ser longa.

The Gangster- HwiTaeOnde histórias criam vida. Descubra agora