Castlevania - Jenlisa

Tyranny

Narrador P.o.v

1610

Jennie caminhava pelos corredores do castelo naquela tarde, conversou com Marie a nova empregada por horas, usava um lindo vestido cor vinho e pastel, os tempos de guerra e conflitos haviam dado algumas pausas, a pequena mulher havia convencido seu pai em meio a tanta dor, de parar com aquela maluquice ou eles ficariam sem o que se alimentar por dizimar todos os humanos. Não havia uma noite que as malditas lágrimas de sangue não caísse pelo rosto de seu pai, Yoon fazia tanta falta a aquele velho vampiro assim como fazia para a doce menina que todos os dias ia no túmulo de sua mãe.

- Ora ora, se não é a doce Jennie. Como vai pirralha? - A voz de Godbrand se fez em sua direção e seu olhar caiu no impiedoso vampiro viking, um bárbaro que quando humano passava mais tempo embriagado do que sóbrio, que vivia por se alimentar de prostitutas e extorquir moças ricas da alta sociedade que por enquanto ainda estavam vivas, ele era um homem bruto, o tipo machista que amavam colocar coleiras em mulheres como se fossem cachorras na quais ele tinha o poder de adestrar e matar quando quisesse. Ele causava nojo em Jennie, nunca conseguiu o tão precioso lacre da filha do patrão pois da primeira e última vez que tentou, quase perdeu a vida, hoje ele viva com um gancho na mão, já que a mais nova fez questão de quase arrancar seu braço inteiro.

- Eu estava bem melhor, antes de você chegar, Godbrand. - Ela sorrio sarcástica, aquilo fez o homem de cabelos vermelhos rir.

- Quanta recepção, bela dama. Puxou isso de sua mãe Yoon é claro.

- Volte a tocar no nome de minha mãe e faço questão de por um gancho no lugar de sua cabeça. - Foi um olhar mortal, o velho barbudo percebeu o tamanho peso de suas palavras e a seriedade que Jennie colocou nelas, logo o mesmo baixou a cabeça, sabendo que não seria pário para a força da vampira.

- Desculpe, alteza.

- Sorte que trabalha para o meu pai, porque eu não vejo a hora de que seja escurraçado daqui com aquele monte de nojentos para que possa arrancar sua cabeça fora. - Ela cuspiu as palavras passando pelo velho que fechou as mãos de ódio e resmungo baixo um " vadia ". - Se resmungar de novo para mim, esquecerei das minhas boas maneiras de dama e usarei contra você o meu método mais doloroso e primitivo de se ensinar respeito aos seus superiores, caro Godbrand.

E ela se foi diante a escuridão ao fundo do corredor, ela andava em passos lentos até chegar no jardim fora dos castelos, ouviu um pequeno gemido de desespero aos fundos dos arbustos e estreitou os olhos.

- Quem está aí? - A pequena perguntou e logo uma das empregadas correu, com os cabelos bagunçados e os olhos cheios de lágrimas, Jennie rapidamente a segurou e encarou seus olhos... Era Momo. - O que aconteceu?

- N-nada, eu só...

- Saia daí agora, Kai! - A voz alta e autoritária de Jennie se fez presente e assustou a pobre garota. Kai saiu dali com a roupa desarrumada e com um sorriso presunçoso nos lábios.

- Mais uma vez estragando a diversão. Você não se cansa? - Ele pergunta ajeitando os cabelos lisos.

- O que ele fez com você?

- N-nada, alteza...

- Não fiz nada porque não tive tempo, você chegou e estragou meus planos... - Jennie o olhou com nojo e depois encarou a menina em seus braços.

- Suba e se limpe, irei lhe examinar daqui a pouco. - Ela disse soltando a empregada.

- Não é precisa, Alteza eu...